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Funcionário público minerava Bitcoin com eletricidade do trabalho

Ocorrido nos Estados Unidos, caso foi descoberto após colegas notarem aumentos repentinos na temperatura dos escritórios, que possuíam 46 dispositivos de mineração

Avatar do(a) autor(a): Adriano Camacho

13/09/2021, às 07:30

Funcionário público minerava Bitcoin com eletricidade do trabalho

Fonte:  NBC New York 

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Na última quarta-feira (8), o site NBC New York revelou que Christopher Naples, de 42 anos, foi acusado de furtar energia de seu local de trabalho, em Suffolk (Virgínia, EUA), para minerar Bitcoin. Segundo a fonte, o servidor público atuava como supervisor na área de Tecnologia da Informação (TI) do condado há pelo menos 21 anos e teria custado aos cofres públicos pelo menos US$ 6.000 em contas de eletricidade — cerca de R$ 31.600 em conversão direta.

O caso foi descoberto após colegas de trabalho estranharem o repentino aumento da temperatura ambiente de algumas salas, ocasionando uma denúncia às autoridades. Adiante, uma vistoria foi realizada, revelando a presença de 46 dispositivos de mineração espalhados embaixo do assoalho de seis diferentes cômodos do escritório.

Inicialmente, Naples foi afastado de seu cargo e chegou a ser preso, mas logo foi liberado após confessar que o equipamento era seu. Agora, ele responderá pelos crimes de furto, invasão de computador, má conduta oficial e corrupção pública, conforme descreve o The New York Times. Se condenado, ele poderá enfrentar até 15 anos de detenção.

Autoridades norte-americanas e dispositivos de mineração apreendidos. (Fonte: NBC New York / Reprodução)Autoridades norte-americanas e dispositivos de mineração apreendidos. (Fonte: NBC New York/Reprodução)

Segundo o promotor do caso, Timothy D. Sini, os supostos crimes cometidos por Naples não apenas custaram “milhares de dólares do contribuinte”, mas também colocaram a infraestrutura do condado de Suffolk em risco, já que os equipamentos estavam localizados em salas de servidores. 

Nesta situação, o principal problema é a emissão de calor provocada pelo processo de mineração, que poderia superaquecer e prejudicar o funcionamento ideal de equipamentos importantes — além do gasto energético intrínseco. Segundo Sini, a temperatura ambiente chegou a cair 6,6°C em algumas salas logo após o desligamento do maquinário.

Embora a investigação não tenha definido o prejuízo total provocado por Naples, é possível que o valor seja significativamente alto, já que pelo menos 25% dos equipamentos estavam em funcionamento desde fevereiro deste ano. As autoridades não divulgaram os números acerca do rendimento do servidor público.



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Adriano Camacho

Especialista em Produtos, Hardware e Jogos

Adriano Camacho é Editor de Conteúdo no TecMundo e no Voxel, com cinco anos de experiência na área. Pós-graduado em Jornalismo Digital pela FAAP, é especializado na cobertura de assuntos ligados à tecnologia e à cultura gamer contemporânea.