Google é multado em US$ 270 milhões por abusos em publicidade

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Imagem: Peoples Gazette

Em uma longa negociação, que se arrasta desde 2019 com a Autoridade de Concorrência da França, o Google se comprometeu a mudar as suas práticas publicitárias, além de pagar uma multa de 220 milhões de euros, o equivalente a R$ 1,4 bilhão. A decisão atende a uma reclamação do grupo de mídia News Corp. e do jornal francês Le Figaro que se sentiram prejudicados.

O pagamento da multa milionária é parte de um acordo com a agência reguladora da França, e representa um dos primeiros casos antitruste contra uma Big Tech no mundo. Na discussão, a chefe da Autorité de la concurrence, Isabelle de Silva, enfatizou que o Google abusou de seu papel de liderança no setor de publicidade digital.

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Para ela, a decisão é importante, por ser o primeiro caso “no mundo a lidar com os complexos processos de leilão algorítmicos usados para anúncios online". Segundo a executiva, a investigação mostrou como o Google usou sua preponderância em serviços de anúncio para se prevalecer sobre os concorrentes em plataformas SSP (Supply Side Platform) que permitem que publishers vendam seus espaços publicitários.

O que diz o Google

Fonte: Wall Street Journal/ReproduçãoFonte: Wall Street Journal/ReproduçãoFonte:  Wall Street Journal 

Em postagem no seu blog, também nesta segunda-feira (7), chamada "algumas mudanças em nossa tecnologia de anúncios", o Google promete oferecer aos editores "maior flexibilidade", melhorando a interoperabilidade entre o seu gerenciador DoubleClick for Publishers e os servidores de anúncios de terceiros.

De acordo com a diretora jurídica do Google na França, Maria Gomri, a empresa está “comprometida em trabalhar em colaboração com os reguladores e investir em novos produtos e tecnologias”. A ideia é tornar a plataforma de anúncios mais transparente, dando aos usuários maior acesso aos dados.

O acordo celebrado hoje é parte de um extenso movimento de fiscalização antitruste contra as grandes corporações de tecnologia no mundo inteiro. Na semana passada, União Europeia e Reino Unido iniciaram investigações formais contra abusos de anúncios classificados no Facebook.

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