5G não causa danos à saúde, afirmam novas evidências científicas
O desafio, agora, é convencer os ativistas anti-5G, que parecem acreditar somente em suas próprias teorias

Por Ramalho Lima
12/03/2020, às 13:31
Após sete anos de pesquisas, a Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não-Ionizante (ICNIRP, na sigla em inglês) afirmou que as novas recomendações sobre a exposição de seres humanos a campos eletromagnéticos fornecem proteção elevada para os cidadãos. Em outras palavras, o órgão reafirma que as redes 5G são inofensivas à nossa saúde.
Diretrizes de 1998 já cobriam o 5G
Segundo o ICNIRP, as diretrizes “conservadoras” elaboradas em 1998 já davam cobertura para parte das faixas utilizadas no 5G. No entanto, as novas orientações trazem garantias adicionais, atualizadas para as frequências acima dos 6 Hz, que serão usadas em redes 5G de alto desempenho.
De acordo com o presidente do ICNIRP, Eric van Rongen, as novas diretrizes “foram desenvolvidas após uma revisão completa de toda a literatura científica relevante, oficinas científicas e um extenso processo de consulta pública. Eles oferecem proteção contra todos os efeitos adversos cientificamente comprovados à saúde devido à exposição a campos eletromagnéticos na faixa de 100 kHz a 300 GHz”.
No Reino Unido, os testes de espectro realizados pelo órgão regulador, o Ofcom, também indicaram que as redes 5G são inofensivas à saúde pública.
Grupos anti-5G são um problema
As teorias da conspiração estão na moda, e com a nova tecnologia de rede móvel não é diferente.
Enquanto órgãos reguladores realizam e expõem novos estudos que atestam a segurança no uso do 5G, grupos contrários à tecnologia parecem ignorar completamente as evidências científicas, ao apresentar teorias com base em dados aleatórios e, inclusive, disseminar teorias de conspiração.
Em meados do ano passado, a instituição de caridade Electrosensitivity, do Reino Unido, fez uma campanha onde uma família aparece segurando um cartaz com a legenda “Quão seguro é o 5G?”. O cartaz ainda continha citações de profissionais alertando sobre a nova rede causar redução de fertilidade, distúrbios do sono, dores de cabeça, depressão e câncer.
Obviamente, a campanha foi proibida pela Autoridade de Padrões de Publicidade (ASA, na sigla em inglês), devido às alegações não serem baseadas em evidências científicas.

Por Ramalho Lima
Especialista em Redator
Fã de tecnologia desde criança. Ex-early adopter (tá bom, de vez em quando ainda acontece). Curto música, Android e Linux. Um bom aspirador robô pode mudar sua vida.