Análise: LG Optimus 3D Max [vídeo]

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O Tecmundo fez a análise do LG Optimus 3D Max, sucessor do LG Optimus 3D. Ele traz melhorias de hardware e um design mais elegante. O novo aparelho também está equipado com sistema operacional Android e tem processador dual-core 1,2 GHz e 1 GB de RAM — enquanto seu antecessor apresenta CPU de 1,0 GHz e 512 MB de RAM.

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Mas o grande destaque desse aparelho é, sem dúvidas, a experiência 3D. Você pode capturar imagens em três dimensões com a ajuda das duas lentes que a câmera do aparelho oferece. É possível tirar fotos e fazer vídeos, e não há necessidade de usar óculos especiais para visualizar o resultado final.

(Fonte da imagem: LG/Divulgação)

Mas será que vale a pena investir nesse smartphone? Confira a análise completa logo abaixo para saber os pontos positivos e negativos desse gadget.

APROVAMOS

Efeito 3D sem uso de óculos

O 3D é a tecnologia do momento. Fabricantes de smartphones, tablets, televisões e consoles estão preocupados em incorporar a visualização de imagens em três dimensões no dia a dia dos consumidores, mas poucos conseguem fazer isso com sucesso.

A LG está longe da perfeição, mas não há como não se divertir com os resultados obtidos pela câmera de duas lentes e 5 megapixels de resolução do LG Optimus 3D Max. Você consegue captar vídeos e fotografias com efeito 3D e não precisa de óculos especiais para  visualizar a imagem.

(Fonte da imagem: LG/Divulgação)

O resultado é curioso e interessante, e você pode produzir imagens muito legais, usando e abusando dessa característica do gadget. Mas a principal especificação do aparelho também traz alguns aspectos negativos que vamos abordar nos itens reprovados.

Design: mais moderno que seu antecessor

O LG Optimus 3D Max recebeu muitas críticas por se parecer demais com o Galaxy S2, da Samsung. Seu desenho quadrado com uma leve saliência na parte traseira, onde fica o alto-falante, coloca os dois gadgets em uma comparação inevitável.

Mas o aparelho da LG tem alguns pontos positivos em seu design, e o principal deles é a textura escolhida para a parte traseira do aparelho, que garante mais firmeza na hora de segurar seu Android, além de dar um aspecto de maior resistência a quedas.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

A LG também acertou ao optar pelo display com Gorilla Glass 2. Essa tecnologia é capaz de diminuir consideravelmente a possibilidade de riscar e até mesmo de quebrar a tela generosa de 4,3”.

Tecnologia MHL

O LG Optimus 3D vinha com uma entrada HDMI para exibir conteúdo em televisores em alta definição através de um cabo exclusivo. Já o LG Optimus 3D Max traz a tecnologia MHL, que consiste em realizar a mesma transmissão de conteúdo através de uma saída microUSB.

Dessa forma, a fabricante conseguiu eliminar uma saída do aparelho, mantendo apenas uma, que serve também para se conectar ao computador e ao carregador de bateria. A ideia é excelente e muito funcional, mas é impossível não lamentar a ausência do cabo microUSB-HDMI no pacote. Quem deseja exibir o conteúdo precisa comprar o acessório separadamente.

REPROVAMOS

Cadê o Ice Cream Sandwich?

O LG Optimus 3D Max saiu em maio de 2012 e, para decepção geral, chegou às lojas com Android 2.3. A questão é que o anúncio oficial do Ice Cream Sandwich 4.0 foi feito em novembro de 2011, meio ano antes. Por esse motivo, não há nenhum tipo de explicação que justifique a escolha da LG em lançar o aparelho já defasado.

E o pior de tudo é que a fabricante coreana prometeu uma atualização para 4.0 já no lançamento do aparelho, o que não aconteceu até agora. Ou seja, já deu tempo de criar até mesmo uma atualização para o Jelly Bean, e não há nenhum sinal de que isso vai acontecer em um futuro próximo — quando já estamos à espera do Android 4.2.

Interface x elegância

Se você é daqueles que se encantaram pela simplicidade e elegância do Android 4.0, é melhor optar por uma interface alternativa para seu LG Optimus 3D Max. O visual é extremamente poluído e você pode até pensar que está utilizando uma versão 1.5 ou 1.6 do sistema operacional, pois tudo é muito antiquado.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

A LG optou por um menu de aplicativos dividido em categorias que deixam tudo menos acessível e transformou os ícones de todos os aplicativos, inserindo um cubo colorido por trás de cada um deles. Isso deixou a interface colorida, com informações demais, oferecendo uma péssima experiência visual em vez de trazer a uniformidade que parece ter sido desejada.

Display LCD

Em um mundo de telas Super AMOLED, Super AMOLED Plus e Retina Display, é verdadeiramente decepcionante visualizar a tela do LG Optimus 3D Max. Perto de aparelhos como Galaxy S3 e iPhone 5, não há nem como comparar a qualidade.

Mas até mesmo gadgets mais antigos, como o Galaxy S, trazem maior qualidade de imagem, com cores mais fortes e, principalmente, melhor definição. Você até pode acessar jogos e vídeos em Full HD, mas a nitidez obtida pelo aparelho certamente vai deixar a desejar.

Outro aspecto negativo que encontramos em nossos testes foi a resposta ao toque. Em vários casos, foi necessário selecionar um ícone mais de uma vez para que ele respondesse. O mesmo vale para gesto, como o desbloqueio da imagem. Nada foi tão instantâneo quanto gostaríamos.

Design: fragilidade e pouca praticidade

No começo de nossa análise, citamos aspectos positivos do design do aparelho, que, mesmo sendo muito semelhante ao Galaxy S2, da Samsung, traz um visual muito mais moderno do que seu antecessor, o LG Optimus 3D.

No entanto, existem pontos negativos que não podem ser ignorados. O primeiro deles é o acabamento. Ao observar as bordas do LG Optimus 3D Max você vai encontrar uma sobreposição de várias texturas, e o resultado é pouco elegante.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Outro aspecto negativo é o material usado para a parte traseira do aparelho. Se visualmente ele é mais bonito e resistente, na prática você tem uma capinha de plástico muito fina. Para piorar, a maneira de removê-la — para acessar a bateria, cartão SIM e microSD — não é nada prática, e parece que ela vai quebrar a qualquer momento.

Também sentimos falta de um botão central, a exemplo do que encontramos na série Galaxy e no iPhone, que seria uma forma mais prática de acessar a tela de desbloqueio do telefone. No LG Optimus 3D Max, você precisa apertar o botão na parte superior do aparelho para que isso aconteça.

(Fonte da imagem: Tecmundo)

Além disso, a lista de botões virtuais na parte inferior do gadget conta com um exclusivo para busca, algo que já se provou realmente desnecessário no Android — aparecendo nos primeiros aparelhos da Motorola e da HTC com esse sistema operacional e sumindo em seguida.

Experiência 3D é limitada

Sim, a experiência 3D é, sem dúvidas, o principal aspecto desse aparelho. Mas será que vale a pena investir em um Android por causa disso? Por mais que as empresas tentem colocar a tridimensionalidade em nosso dia a dia, ainda não surgiu nenhum modo realmente efetivo para isso.

No LG Optimus 3D Max, sua experiência está limitada ao aparelho. Isso porque é necessário baixar programas especiais em seu computador para poder reproduzir os arquivos que ele produz.

(Fonte da imagem: LG/Divulgação)

Seus amigos só podem observar o efeito em seu gadget, pois seus aparelhos não são compatíveis com os formatos JPS que o aparelho da LG utiliza para reproduzir as imagens. Além disso, é preciso segurar o aparelho a uma distância determinada para poder observar o efeito, o que significa que apenas uma pessoa pode ver o resultado de cada vez.

VALE A PENA?

Se você chegou até aqui pode achar que nossa análise foi extremamente rígida. A verdade é que poderíamos ter sido ainda mais exigentes, pois o LG Optimus 3D Max realmente decepcionou em vários aspectos.

O aparelho pode ser encontrado por preços que variam entre R$ 1 mil e R$ 1.800, e, mesmo tomando como base o valor mais baixo, não vale a pena o investimento. O problema é que a fabricante se concentrou demais na tecnologia 3D, deixando de lado aspectos mais importantes para a usabilidade do gadget.

Além disso, em relação ao antecessor Optimus 3D, a LG fez muito pouco para justificar uma troca para o 3D Max — nem mesmo a câmera, principal característica do aparelho, foi melhorada. De forma geral, temos um aparelho já ultrapassado e com um preço elevado por conta da tecnologia 3D.

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