O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai participar do processo de aprovação da compra dos estúdios de cinema, games e streaming da Warner Bros. pela Netflix. O político falou sobre o assunto durante um evento no último domingo (07).
Em uma conversa rápida com jornalistas, Trump disse que a aquisição "pode ser um problema". O motivo é a criação de um novo conglomerado de mídia com bastante poder, franquias e quantidade de usuários.
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A aquisição revelada na semana passada envolve um total de US$ 82,7 bilhões (ou R$ 441 bilhões) e inclui as seguintes divisões:
- os estúdios de cinema da Warner Bros;
- o serviço de streaming HBO Max;
- estúdios de games como WB Games, Avalanche e NetherRealm Studios;
- os direitos sobre franquias históricas, como Game of Thrones, O Senhor dos Anéis, Friends e Harry Potter;
"Bom, isso precisa passar por um processo e nós veremos o que vai acontecer. (...) Eles têm uma grande fatia de mercado. Quando eles conseguirem a Warner Bros., essa parcela vai subir bastante", afirmou o presidente dos EUA ao falar da Netflix.
Trump disse que vai consultar "alguns economistas" e que "estará envolvido na decisão também" — algo que não costuma acontecer, já que o órgão encarregado desse tipo de regulamentação nos EUA é a Comissão Federal de Comércio (FTC).
CEO da Netflix e Trump já se encontraram
Uma evidência de que Trump na verdade já está envolvido no processo é uma longa reunião entre o presidente e o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos. A Bloomberg revelou o encontro, depois confirmado pelo próprio político.
A dupla se reuniu em novembro deste ano, quando a Warner Bros. já estava oficialmente à venda e a Netflix surgia como potencial interessada.
Os dois teriam discutido "uma variedade de tópicos", mas Sarandos teria sentido que, ao final do encontro, a Netflix "não encontraria oposição imediata da Casa Branca". Trump disse que se encontrou com Sarandos e que "ele é fantástico", mas reforçou que não foram feitas promessas durante a conversa.
Parte da preocupação do empresário pode ter a ver com uma rival que perdeu a concorrência pelos estúdios. Trata-se da Paramount Skydance, conglomerado que é propriedade da família Ellison — bastante próximos a Trump.
O conglomerado teria contado com a influência do presidente na aprovação da última fusão do grupo, inclusive fazendo algumas concessões como uma doação para a biblioteca presidencial de Trump, redução nas políticas internas de diversidade e o cancelamento do programa do apresentador Stephen Colbert, crítico do presidente.
Políticos do partido Democrata, que é a oposição ao governo Trump, também devem se manifestar contra a aquisição sob o argumento de riscos ao mercado. Um grupo anônimo de produtores enviou uma carta a políticos dos EUA para se manifestar contra a compra.
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