O mercado se agitou nesta sexta-feira (5) com o anúncio da compra da Warner Bros pela Netflix, que custará um total de US$ 82,7 bilhões, o equivalente a R$ 441 bilhões pela cotação do dia. O negócio gerou diversas dúvidas, e uma das principais é sobre como a gigante do streaming vai pagar pela sua mais recente aquisição.
A resposta está em um empréstimo de US$ 59 bilhões, ou R$ 315 bilhões na conversão direta, de acordo com a Bloomberg. Trata-se de um dos maiores financiamentos do tipo realizados até o momento, opção que já foi utilizada em outros grandes negócios, como a compra do Twitter por Elon Musk em 2022.
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Bancos financiam a compra da Warner Bros pela Netflix
Segundo a reportagem, a modalidade escolhida pela empresa foi o empréstimo ponte, uma solução de crédito de curto prazo utilizada até que uma opção de longo prazo ou com melhores condições de pagamento seja disponibilizada. Posteriormente, ele pode ser substituído por alternativas como títulos corporativos.
- Nesse tipo de financiamento, um banco ou um pequeno grupo de instituições financeiras fornece a quantia inicial necessária para o negócio;
- Depois desse primeiro momento, outros bancos se juntam à operação, o que possibilita distribuir o risco entre eles;
- Geralmente, isso ocorre quando a aquisição é anunciada publicamente, lembrando que o negócio ainda precisa ser aprovado, o que pode demorar meses;
- O empréstimo feito pela Netflix para comprar a Warner Bros foi disponibilizado por um grupo de instituições financeiras que inclui Wells Fargo, BNP Paribas e HSBC.
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Ainda de acordo com a reportagem, o maior empréstimo ponte já registrado foi de US$ 75 bilhões, pouco mais de R$ 400 bilhões pela cotação atual. O financiamento em questão foi obtido pela Anheuser-Busch InBev para a compra da SABMiller, em 2015, se tornando a maior cervejaria do mundo.
No caso do empréstimo concedido a Musk, quando ele comprou o antigo Twitter, um grupo de bancos e investidores disponibilizou US$ 13 bilhões (R$ 69 bilhões). Porém, a transação rendeu problemas para os envolvidos, que a trataram como o pior negócio desde a crise financeira de 2008.
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