Marissa Mayer, ex-CEO do Yahoo!, falou na quarta-feira (09) sobre o caso do vazamento de bilhões de usuários em 2013 junto ao Comitê de Comércio do Senado estadunidense, em Washington. A executiva pediu desculpas sobre o incidentes, disse que “nenhuma companhia, indivíduo ou mesmo o governo está imune a esse tipo de ameaça” e acusou hackers russos por um dos dois ataques sofridos em sua gestão.
Ex-CEO do Yahoo disse que a companhia só teve noção real do estrago do vazamento de 2013 em 2016
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"Como isso ocorreu durante meu mandato, quero me desculpar sinceramente por todos (da empresa) e a cada um de nossos usuários. Infelizmente, enquanto nossas medidas ajudaram o Yahoo! a se defender com sucesso contra ameaças de hackers privados e patrocinados pelo Estado (russo), agentes russos invadiram nossos sistemas e roubaram os dados de nossos usuários”, afirmou.
Perguntada qual seria a razão da demora para a identificação dos responsáveis por algo tão escandaloso, Marissa não soube explicar e comentou que só teve noção de todo o estrago quando o governo norte-americano apresentou todas as informações, em 2016.
A ex-CEO Marissa Mayer, na época que ainda fazia parte do Yahoo!
A Verizon, a maior operadora de telefonia dos Estados Unidos, comprou os ativos do Yahoo! em junho, no mesmo mês em que Marissa deixou o cargo. Em outubro, a companhia revelou que a estimativa de 1 bilhão de afetados seria bem maior, de 3 bilhões.
Episódio deve causar mudanças na legislação
O vazamento do Yahoo!, somado à influência dos hackers russos na eleição de Donald Trump e a crescente tensão na ciberguerra entre Estados Unidos e Rússia vêm mobilizando outros membros do senado e organizações em torno de mudanças na legislação. O serviço de proteção ao crédito Equifax destaca que 145,5 milhões de consumidores estadunidenses foram afetados pelos ataques e cobra medidas do governo.
O senador Bill Nelson prega que “apenas uma aplicação mais rígida e sanções rigorosas podem incentivar as empresas a proteger adequadamente a informação do consumidor”. O senador John Thune, republicano que preside o Comitê de Comércio do Senado, adiantou aos repórteres que a audiência criou “impulso adicional” para a aprovação de leis as quais as corporações sejam mais responsabilizadas por vulnerabilidades e que o relato de Marissa será “importante para moldar nossas reações no futuro”.
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