Por que minerar asteroides não é uma ideia tão maluca assim

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Telescópios de baixo custo poderão ser utilizados para vasculharmos o espaço em busca de asteroides (Fonte da imagem: Reprodução/POPSCI)
A Planetary Resources — uma empresa encabeçada pelos fundadores do Google, Larry Page e Eric Schmidt, e pelo diretor de cinema James Cameron — chamou a atenção da mídia recentemente,ao anunciar seus planos de explorar o espaço para buscar recursos valiosos. Os alvos para tal empreitada seriam os asteroides, que podem oferecer bilhões de dólares em minerais preciosos, além de serem uma rara fonte de água no espaço.

Assim, a companhia está arquitetando planos para a construção de aeronaves adequadas para a mineração espacial que poderiam entrar em ação daqui até dez anos. Entre as ideias apresentadas até o momento está a criação de aeronaves robóticas para avaliação de baixo custo — já que estes dispositivos devem custar cerca de 10 milhões de dólares cada e seriam lançados juntamente com outros satélites até a órbita baixa da Terra.

Infelizmente, mais detalhes técnicos quanto às naves mineradoras e a forma que elas irão extrair os recursos no espaço ainda não foram divulgados pela Planetary Resources. No entanto, este projeto ousado levantou alguns questionamentos quanto à capacidade que teríamos em explorar ainda mais o espaço. Com os recursos que temos hoje, isso seria realmente possível? E valeria a pena o investimento?

O futuro da exploração espacial

Segundo o que foi reportado pelo site POPSCI, não haveria nenhum grande motivo para duvidarmos da capacidade da Planetary Resources de atingir os objetivos propostos.

Primeiramente, a companhia tem a base que precisa para colocar seus planos em prática: apoio financeiro maciço. Muitos proprietários e empresários que acreditam no futuro da empresa possuem grandes fundos, que podem ser empregados para que as metas saiam do papel
Asteroides precisariam ser colocados em locais mais estáveis para facilitar a mineração (Fonte da imagem: Reprodução/POPSCI)
Além disso, o Instituto para Estudos Espaciais (ou KISS) divulgou um relatório que mostrava as possibilidades de “capturar” um asteroide no espaço profundo e trazê-lo para um local mais acessível, como em zonas nas quais a gravidade entre dois grandes corpos (como a Terra e a Lua) o deixe um pouco mais estável.

A análise apontou que tal método de estabilização de asteroides seria seguro (se algo saísse errado, o corpo seria enviado para a Lua e não para a Terra), e que a tecnologia atual, no ritmo que está sendo aperfeiçoada, nos permitiria ter acesso a um asteroide de 500 toneladas em 2025 pelo preço de 2,6 bilhões — valor que poderia ser facilmente recuperado e excedido pelos recursos que seriam extraídos.

“Ao infinito e além!”

Além dos minerais preciosos, a água presente em alguns asteroides abriria caminho para a expansão da exploração espacial, já que permitiria o acesso a esse elemento vital em outros pontos do universo.

Astronautas treinam no fundo do mar para uma possível missao em um asteroide (Fonte da imagem: Reprodução/NASA)
A NASA também possui interesse em explorar asteroides e, por isso, está treinando astronautas para uma possível missão na década de 2020. A equipe será enviada a uma distância recorde da Terra: mais de 480 milhões de quilômetros. A agência americana tem planos de explorar a superfície de um asteroide, procurar minerais e até mesmo destruí-lo caso seja uma ameaça para o planeta.

Fonte: POPSCI

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