Dupla é condenada por roubar iPhones usando sistema de reparos da Apple; entenda
Os criminosos encaminharam cerca de 5 mil celulares falsos para centros de reparos autorizados da Apple para receber iPhones originais
21/02/2024, às 11:15
Fonte: GettyImages
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Dois homens foram condenados por abusar do sistema de troca da Apple para roubar iPhones autênticos nos Estados Unidos. A dupla cumprirá até 20 anos de prisão, segundo determinação do Tribunal Distrital dos EUA de Columbia.
No esquema, a dupla Haotian Sun e Pengfei Xue, ambos de 33 anos, mandava iPhones falsos comprados em Hong Kong provedores de reparos da Apple que, em troca, devolviam aparelhos autênticos. Cerca de 5 mil celulares foram encaminhados para autorizadas entre maio de 2017 e setembro de 2019.
A dupla enviava celulares falsos para a Apple, que devolvia celulares autênticos.
Segundo um comunicado publicado pelo tribunal, a dupla recebia os celulares falsos de Hong Kong por encomenda internacional da UPS na região metropolitana de Washington. Ao todo, o esquema causou a perda de US$ 3 milhões (R$ 14 milhões, aproximadamente) em produtos da Apple.
Para mascarar a falsificação, os números seriais dos celulares falsos eram modificados e os criminosos usavam vários pseudônimos para cobrir os rastros. A dupla foi presa em dezembro de 2019.
O juri do Tribunal de Columbia, nos EUA, considerou a dupla culpada por cometer fraude postal. O crime implica em pena máxima de até 20 anos de prisão.
Estratégia não é inédita
Esta não foi a primeira vez em que o sistema de reparo e devoluções da Apple foi usada para roubar celulares. Em abril de 2019, outro grupo também aproveitou a brecha para obter dispositivos legítimos.
Da mesma forma, os criminosos enviavam celulares defeituosos para centrais de troca da Apple e recebiam dispositivos novos e autênticos. Neste caso, mais de 3 mil celulares foram encaminhados para substituição.
A dupla foi pega pela própria Apple, que percebeu em junho de 2017 que vários endereços de entrega se repetiam. A empresa então encaminhou ordens judiciais pedindo para que o responsável parasse de enviar aparelhos.
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Redator de tecnologia desde 2019, ex-Canaltech, atualmente TecMundo e um assíduo universitário do curso de Bacharel em Sistemas de Informação. Pai de pet, gamer e amante de músicas desconhecidas.
