A Barraca do Beijo 3: sequência aborda amadurecimento de Elle (crítica)

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Imagem: Netflix/Reprodução

ATENÇÃO: POSSÍVEIS SPOILERS À FRENTE!

A franquia A Barraca do Beijo (The Kissing Booth, no original) se tornou um grande sucesso com o passar do tempo na Netflix. Em 2018, quando o primeiro filme foi lançado, o público não esperava se contagiar tanto com a saga de Elle Evans (Joey King) e suas desventuras românticas. Por fim, em 2021, uma terceira sequência foi lançada para encerrar a trilogia e fazer alguns encaminhamentos sobre a história de sua protagonista.

Dramaticamente, apesar de constituir uma nova história, contudo, o longa-metragem carece de novidades, mas consegue fornecer um desfecho conclusivo para os personagens, mesmo que o público acredite que muitas pontas soltas tenham sido deixadas pelos produtores. Portanto, saiba mais sobre o filme da Netflix lendo nossa crítica completa!

(Netflix/Reprodução)(Netflix/Reprodução)Fonte:  Netflix 

A Barraca do Beijo 3: o último verão de Elle antes de seguir para a faculdade

Dirigido por Vince Marcello, talvez o maior trunfo de A Barraca do Beijo 3 seja justamente a atuação carismática de sua protagonista que, finalmente, consegue ter efeito em uma trama que não se baseia completamente em um romance qualquer. Dessa vez, os espectadores assistem Ellen visivelmente mais feliz e menos despreocupada, mesmo que algumas decisões difíceis e importantes caiam sobre seus ombros durante a progressão da narrativa.

Apesar da conclusão do filme trazer à tona diversos elementos que ilustram muito bem as consequências das escolhas da personagem principal, muito provavelmente, para fugir dos clichês do gênero, o longa acabou desagradando uma boa parte da audiência. Nesse sentido, o que é visto em tela é algo que realmente poderia acontecer, mas a direção de Marcello não consegue preparar isso de uma maneira satisfatória, soando como algo corrido e sem desenvolvimento.

Enquanto A Barraca do Beijo 2 seguiu com o conflito inicial de Elle — mostrando a personagem encarando dois de seus relacionamentos, tanto romântico, quanto afetivo, com irmãos quase antagônicos —, A Barraca do Beijo 3 quer ser diferente em vários níveis, deixando de lado algumas questões pertinentes que foram abordadas anteriormente.

Dessa maneira, ainda que esses pequenos conflitos tenham sobrevivido até esse ponto, a concepção do filme é outra. Agora, a novidade é a faculdade. Uma nova vida e um novo caminho vão se abrir e, mais uma vez, propostas que se confrontam vão surgir para Elle, mostrando como nossa existência é moldada por esses sentimentos conflituosos.

Portanto, Noah (Jacob Elordi) e Lee (Joel Courtney) dão espaço para a faculdade na mente da protagonista, porém, sem serem necessariamente deixados de lado. E embora esse novo elemento esteja presente na trama, ainda parece que há muitas questões para serem amadurecidas.

(Netflix/Reprodução)(Netflix/Reprodução)Fonte:  Netflix 

Apesar de não querer pensar nisso com tanta recorrência e aproveitar ao máximo o momento, a sensação que fica é que Elle pode sentir certos incômodos a qualquer momento — sobretudo porque ela parece prever que não seria nada ou quase nada sem seus relacionamentos com Noah e Lee. A questão de sua própria identidade a atinge de um jeito inesperado, mostrando como tudo poderia desmoronar sem sua própria percepção.

Talvez essa seja a principal virtude de A Barraca do Beijo 3, que mesmo tentando ser diferente, acaba soando quase igual. A sensação que fica no público é a de que os produtores tentaram ao máximo se descolar daquilo que conceberam inicialmente, mesmo que estivessem, no fundo, repetindo uma fórmula. Mesmo que as atuações tenham evoluído em alguma medida, a trama oferece pouco sobre aquilo que já se conhece.

A Barraca do Beijo 3 é um filme que talvez não agrade totalmente aqueles que estavam ansiosos para saber mais sobre a continuação da vida de Elle, Noah e Lee, mas consegue trazer uma importante reflexão tanto para sua personagem principal, quanto para o público.

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