A nova biofábrica inaugurada em Curitiba transformou o Brasil no maior produtor mundial de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria wolbachia, uma tecnologia que reduz drasticamente a transmissão de dengue, zika e chikungunya. O método, já testado em diversos países e considerado seguro pela Anvisa e pela Organização Mundial da Saúde, impede que o vírus se replique no organismo do mosquito.
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Dentro da estrutura, larvas são separadas por máquinas que distinguem fêmeas de machos, garantindo controle total do processo de criação. A biofábrica deve produzir cerca de 100 milhões de ovos por semana, superando cinco bilhões ao ano. O Ministério da Saúde define para quais cidades a tecnologia será enviada, priorizando regiões com maior incidência das doenças.
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A primeira etapa de distribuição começa em agosto e envolve seis cidades: Brasília, Valparaíso de Goiás, Luziânia, Joinville, Balneário Camboriú e Blumenau. Os agentes de saúde farão a liberação dos mosquitos diretamente nas ruas, em operações programadas para substituir gradualmente a população transmissora pela variedade com wolbachia.
Pesquisadores reforçam que a estratégia não altera geneticamente os insetos e não envolve produtos químicos. Experiências anteriores no país mostram reduções de até 70% nos casos de dengue, como ocorreu em Niterói. Apesar dos resultados, especialistas destacam que a tecnologia não dispensa o controle doméstico: eliminar criadouros continua essencial para evitar novos surtos.
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