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Ciência

Os arredores da Pequena Nuvem de Magalhães e mais imagens da NASA em outubro

A NASA revelou imagens incríveis em outubro, desde aglomerados de estrelas até um sistema estelar binário simbiótico.

Avatar do(a) autor(a): Lucas Vinicius Santos

schedule31/10/2024, às 13:00

Fonte:  ESA / Webb / NASA / CSA / M. Zamani / M. G. Guarcello (INAF-OAPA) / EWOCS team 

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Durante o mês de outubro, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), em parceria com a Agência Espacial Canadense (CSA) e a Agência Espacial Europeia (ESA), divulgou imagens impressionantes produzidas com dados coletados pelos instrumentos do Telescópio Espacial James Webb (JWST) e do Telescópio Espacial Hubble.

Por exemplo, uma das imagens revela um sistema estelar binário composto por uma anã branca e uma gigante vermelha, formando uma paisagem cósmica que parece ter sido retirada de um filme de ficção científica. 

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Confira essa e outras imagens que se destacaram em outubro!

Aglomerado de estrelas NGC 602

O JWST utilizou os instrumentos de infravermelho próximo (NIRCam) e de infravermelho médio (MIRI) para capturar um aglomerado de estrelas próximo da galáxia satélite Pequena Nuvem de Magalhães, a cerca de 200 mil anos-luz de distância. 

Ao redor e dentro da nebulosa de gás, é possível observar estrelas mais próximas e galáxias distantes.Ao redor e dentro da nebulosa de gás, é possível observar estrelas mais próximas e galáxias distantes.

Nomeado de NGC 602, os pesquisadores sugerem que ele é semelhante aos que existiram no Universo primitivo, com nuvens escuras de poeira e gás ionizado. O aglomerado está dentro de uma nebulosa de gás e poeira, apresentada em diferentes cores devido aos filtros do James Webb.

“A existência de nuvens escuras de poeira densa e o fato de que o aglomerado é rico em gás ionizado também sugerem a presença de processos de formação estelar em andamento”, é descrito em um comunicado oficial.

Estrela binária R Aquarii

No meio do mês, a NASA apresentou uma nova imagem da estrela binária simbiótica R Aquarii, capturada pelo Telescópio Espacial Hubble. Aproximadamente a mil anos-luz de distância da Terra, na constelação de Aquário, esse sistema binário é composto por uma anã branca e uma gigante vermelha.

A estrela binária está no centro da imagem, onde há um brilho circular branco.A estrela binária está no centro da imagem, onde há um brilho circular branco.

“R Aquarii sofre erupções violentas que expelem enormes filamentos de gás brilhante. Isso demonstra dramaticamente como o Universo redistribui os produtos da energia nuclear que se formam profundamente dentro das estrelas e são lançados de volta ao espaço”, a ESA explica.

Além disso, ao redor da estrela, há uma nebulosa que se estende em todas as direções na imagem, principalmente nas cores verde e vermelho.

Aglomerado de estrelas Westerlund 1

Em outra captura incrível, o James Webb apresentou o aglomerado estelar Westerlund 1, localizado na constelação do Altar (Ara), a aproximadamente 12 mil anos-luz de distância da Terra. A região foi descoberta originalmente pelo astrônomo sueco Bengt Westerlund, em 1961, e por isso recebeu esse nome.

No aglomerado Westerlund 1, há estrelas de várias classificações, desde estrelas Wolf-Rayet até hipergigantes amarelas.No aglomerado Westerlund 1, há estrelas de várias classificações, desde estrelas Wolf-Rayet até hipergigantes amarelas.

“Westerlund 1 é um exemplo impressionante de um superaglomerado de estrelas: ele contém centenas de estrelas muito massivas, algumas brilhando com um brilho de quase um milhão de sóis e outras duas mil vezes maiores que o Sol (tão grandes quanto a órbita de Saturno)”, a Agência Espacial Europeia afirma.

Em mensagem oficial, a ESA explica que o aglomerado possui uma população de estrelas exóticas, algumas tão massivas que não existem iguais na Via Láctea. Por isso, é uma ótima região para estudar como a física funciona em estrelas tão únicas.

Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais assuntos sobre astronomia aqui no TecMundo. Aproveite para entender como o Telescópio Espacial Euclid está produzindo um atlas cósmico. Até a próxima!