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Ciência

James Webb registra o brilho impressionante de uma 'fábrica de estrelas'

Uma nova imagem fotografada pelos instrumentos do Telescópio Espacial James Webb (JWST) revelou uma região de ‘fábrica de estrelas’ em uma galáxia vizinha da Via Láctea.

Avatar do(a) autor(a): Lucas Vinicius Santos

schedule24/01/2024, às 13:00

James Webb registra o brilho impressionante de uma 'fábrica de estrelas'Fonte:  ESA / Webb / NASA / CSA / O. Nayak / M. Meixner 

Imagem de James Webb registra o brilho impressionante de uma 'fábrica de estrelas' no tecmundo

Recentemente, o Telescópio Espacial James Webb (JWST) coletou dados de uma galáxia vizinha da Via Láctea e revelou uma impressionante 'fábrica de estrelas' repleta de hidrogênio atômico interestelar. O objeto cósmico foi fotografado por meio de dados coletados pelo instrumento de infravermelho médio (MIRI) e apresenta um espetáculo visual cheio de cores.

A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) explica que a 'fábrica de estrelas' está localizada na Grande Nuvem de Magalhães (LMC), uma galáxia anã que orbita a Via Láctea. Trata-se da nebulosa conhecida como N79, um grande complexo de formação de estrelas com uma extensão de aproximadamente 1.630 anos-luz — ela está na região sudoeste da LMC.

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Na imagem, é possível observar uma estrela recém-nascida em meio as nuvens de gás e poeira representadas pela cor laranja.Na imagem, é possível observar uma estrela recém-nascida em meio as nuvens de gás e poeira representadas pela cor laranja.

A análise desses resultados visa auxiliar os pesquisadores a aprender mais sobre a composição das nuvens de gás e poeira cósmica responsável por gerar as estrelas no universo primitivo. Os cientistas explicam que a imagem é centrada em um dos três complexos de nuvens moleculares gigantes, conhecido como N79 South (S1).

“Esta nebulosa, conhecida como N79, é uma região de hidrogênio atômico interestelar ionizado, capturada aqui pelo Instrumento Mid-InfraRed (MIRI) de Webb. N79 é normalmente considerada uma versão mais jovem de 30 Doradus (também conhecida como Nebulosa da Tarântula), outro dos alvos recentes de Webb. A investigação sugere que N79 teve uma eficiência de formação estelar superior a 30 Doradus por um fator de dois nos últimos 500 mil anos”, a NASA descreve em uma publicação oficial.

Fábrica de estrelas: N79

A imagem também revela um padrão distinto de explosão estelar que apresenta uma série de picos de difração. Comumente, padrões semelhantes a esses são detectados em torno de objetos compactos e extremamente brilhantes. 

Os pesquisadores afirmam que essas regiões interessantes para estudar as composições químicas de ambientes de formação estelar que ocorreram quando o universo tinha apenas alguns milhões de anos.

— Kelly Swanson (@kellysswanson) January 23, 2024

Segundo a NASA, as novas observações fazem parte de um programa do James Webb que tem em vista estudar a evolução dos discos e envelopes circunstelares de estrelas em formação em diferentes regiões. Os instrumentos do telescópio auxiliam os cientistas a compreender a vasta gama de massas em diferentes estágios evolutivos desses ambientes em formação de estrelas.

“O Webb está agora proporcionando aos astrônomos a oportunidade de comparar e contrastar as observações da formação estelar em N79 com as observações profundas do telescópio de galáxias distantes no Universo primordial. A sensibilidade de Webb permitirá aos cientistas detectar, pela primeira vez, os discos de poeira que formam planetas em torno de estrelas de massa semelhante à do nosso Sol, à distância da Grande Nuvem de Magalhães”, a NASA conclui.

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