A hipnose tem sido vista ao longo dos anos como uma atração em shows onde pessoas são induzidas a comportamentos engraçados e a considerar cebolas iguarias de sabor inigualável.
Mas a técnica de mudança de estado de consciência induzido por sugestionamento, tem sido alvo de estudo para fins terapêuticos, por exemplo, para controle de dores crônicas e como tratamento contra depressão e fobias.
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No entanto, nem todas as pessoas são sugestionáveis, havendo uma parcela significativa de indivíduos não hipnotizáveis. Mas isso poderia ser mudado?
Algumas disciplinas da saúde vem estudando a hipnose como possibilidade de tratamento não farmacológico.
Hipnose e saúde
A hipnose ainda é um mistério em muitos pontos. Um exemplo dessa afirmativa é que nem todas as pessoas são hipnotizáveis. Pesquisadores vem tentando desvendar se existem relações entre o funcionamento cerebral e suas estruturas com a propensão a ser mais receptivo a técnica.
Em estudo ainda não revisado por pares e publicado em pré-print, um grupo de pesquisa encontrou algumas correlações entre ondas de atividade neuronal aperiódicas e aumento da susceptibilidade a hipnose. Para a equipe, as pessoas que são sugestionáveis a hipnose, já possuem essa característica de forma intrínseca.
Em pessoas susceptíveis à hipnose, é possível ver a ativação de ambas as áreas em conjunto.
Sabe-se também que essa capacidade de integrar e alterar estados de consciência desencadeados pela hipnose pode estar ligado a uma região do cérebro conhecida como córtex pré-frontal dorsolateral, quando em atuação conjunta com a rede de saliência cerebral.
Mas se há algo de que nosso cérebro é capaz, é de mudanças. Em estudo com pacientes com fibromialgia, pesquisadores da Universidade de Stanford, Estados Unidos, aliaram duas técnicas.
Com uma amostra de 80 pacientes, a equipe submeteu um grupo, considerado com baixo-médio sugestionamento, a uma rodada de estimulação magnética transcraniana (theta-burst), estimulando a região do córtex pré-frontal dorsolateral. Essa técnica não é invasiva, é indolor, sendo utilizada como método de tratamento em pacientes com depressão ou mesmo na reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
Exemplo da técnica de Theta-Burst.
Os resultados publicados na revista Nature Mental Health, apontaram uma modificação na sensibilidade dos indivíduos, tornando-os mais propensos a serem hipnotizados. No entanto, o efeito não foi permanente, tendo durado aproximadamente uma hora. Para a equipe, o estudo foi esclarecedor e abriu a oportunidade para o conhecimento sobre a possibilidade de modificação, ainda que temporária, na aceitação da técnica de hipnose.
Com foco no controle da dor crônica, causada pela fibromialgia, tornar os pacientes mais sensíveis à técnica, auxiliaria para diminuição do controle medicamentoso e aumento na qualidade de vida desses pacientes.
É importante salientar que a hipnose só deve ser realizada com profissional treinado e capacitado. Sempre busque informações sobre os profissionais e suas qualificações. Não caia em golpes ou se exponha a riscos.
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