Saturno: conheça as 7 luas mais intrigantes do gigante gasoso do Sistema Solar

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A Lua é o satélite natural da Terra e, apesar de parecer, não é um objeto cósmico único do nosso planeta. Na realidade, diversos planetas possuem suas próprias luas, como é o caso de Júpiter com Europa, uma das luas que pode oferecer respostas sobre a possibilidade de vida fora da Terra.

Há também Saturno, o planeta do Sistema Solar com o maior número de luas: ao todo, são 146 satélites naturais na mesma região — até pouco tempo atrás, Júpiter possuía o maior número de luas.

Assim como Saturno, que foi nomeado em homenagem ao deus romano da agricultura e do tempo, as luas do mundo cósmico receberam nomes inspirados nas mitologias grega e romana. Alguns desses satélites naturais são mais conhecidos que outras, mas todos têm a sua própria importância; inclusive, o número de luas em Saturno está aumentando ao decorrer das novas descobertas da astronomia — não é à toa que já existem outras candidatas que podem ser confirmadas como ‘luas’ nos próximos anos.

As luas de Saturno tem diferentes origens, enquanto algumas podem ter se formado durante o desenvolvimento do planeta, outras podem ter se originado em regiões distintas do Sistema Solar.

A realidade é que a região habita um complexo e diverso sistema de luas que, continuamente, oferecem a oportunidade dos cientistas compreenderem um pouco mais sobre os processos únicos dos corpos celestes do universo.

Para explicar um pouco mais sobre o assunto, o TecMundo reuniu alguns fatos interessantes sobre as 7 luas mais intrigantes do gigante gasoso. Confira!

Conheça as 7 mais impressionantes luas de Saturno

Até meados de 2015, os cientistas haviam confirmado a existência de aproximadamente 56 luas em Saturno; em 2023, o número já chegou a impressionante contagem de 146 satélites naturais. Apesar de parecer um número expressivo, os astrônomos acreditam que podem existir outros corpos celestes no sistema de luas do gigante gasoso.

“Cada uma das luas de Saturno guarda uma história única. Duas das luas orbitam dentro de lacunas nos anéis principais. Algumas, como Prometeu e Pandora, interagem com o material do anel, conduzindo o anel sua órbita. Algumas pequenas luas estão presas nas mesmas órbitas que Tétis ou Dione. Janus e Epimeteu ocasionalmente passam perto entre si, fazendo com que troquem órbitas periodicamente”, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) descreve em uma publicação oficial.

Encélado

Foi descoberto que Encélado possui gêiseres de água e partículas de gelo em sua superfície, por isso, é um forte candidato para abrigar a vida extraterrestre.Foi descoberto que Encélado possui gêiseres de água e partículas de gelo em sua superfície, por isso, é um forte candidato para abrigar a vida extraterrestre.Fonte:  NASA / JPL-Caltech 

Encélado é talvez a Lua mais comentada sobre os especialistas da área, por ter potencial de ser um satélite com algum tipo de vida extraterrestre, como a vida bacteriana — assim como a lua Europa de Júpiter.

Além de oferecer água e gelo, Encélado é formada por um núcleo de silicato que mantém sua atividade geológica por meio do aquecimento radioativo e das marés de um oceano de água subterrâneo.

Prometeu

Prometeu funciona como um satélite pastor do 'Anel F' de Saturno, causando influência na estrutura e nós do anel.Prometeu funciona como um satélite pastor do 'Anel F' de Saturno, causando influência na estrutura e nós do anel.Fonte:  NASA 

A missão Voyager 1 descobriu a lua Prometeu (Prometheus) em outubro de 1980; trata-se de um satélite natural com crateras visíveis, contudo, com um número de 'buracos' muito menor que algumas das luas vizinhas, como Pandora, Janus e Epimeteu. O número reduzido de crateras pode ter relação com a composição gelada e porosa do satélite natural.

Titã

A lua Titã possui nuvens, lagos e mares de hidrocarbonetos líquidos, como metano e etano. Sua atmosfera tem pressão até 50% maior que a da Terra e é composta majoritariamente por nitrogênio.A lua Titã possui nuvens, lagos e mares de hidrocarbonetos líquidos, como metano e etano. Sua atmosfera tem pressão até 50% maior que a da Terra e é composta majoritariamente por nitrogênio.Fonte:  NASA 

Titã é considerada a maior lua de Saturno e a segunda maior do Sistema Solar; além disso, é a única com uma atmosfera substancial — suas dimensões são superiores às do planeta Mercúrio. Os cientistas também descobriram que o satélite natural oferece rios líquidos em sua superfície, uma característica que possibilita lagos e marés.

Mimas

A cratera Herschel da lua Mimas possui 139 quilômetros de largura, oferecendo a aparência semelhante à estação espacial Estrela da Morte, da franquia Star Wars.A cratera Herschel da lua Mimas possui 139 quilômetros de largura, oferecendo a aparência semelhante à estação espacial Estrela da Morte, da franquia Star Wars.Fonte:  NASA 

Descoberta pelo astrônomo William Herschel em setembro de 1789 por meio de um telescópio refletor, a lua Mimas só foi fotografada pela primeira vez na década de 1980, durante as missões Voyagers I e II.

Ela é considerada o menor e mais interno dos satélites naturais de Saturno, caracterizada por suas enormes crateras — uma das crateras é tão grande que a aparência da lua é comparada com a estação espacial Estrela da Morte, da franquia Star Wars. O objeto cósmico é formado principalmente por gelo de água e rocha, além disso, pode abrigar um oceano interno.


Jápeto

A NASA afirma que Jápeto é o satélite natural com uma um dos melhores pontos para visualizar os anéis de Saturno, por conta da sua órbita distante e inclinada.A NASA afirma que Jápeto é o satélite natural com uma um dos melhores pontos para visualizar os anéis de Saturno, por conta da sua órbita distante e inclinada.Fonte:  NASA 

O astrônomo Giovani Cassini descobriu a lua Jápeto em outubro de 1671. Durante as missões da Voyager 1 e Voyager 2, os cientistas validaram a descoberta e perceberam algumas características interessantes.

Além de ser considerada a terceira maior lua de Saturno, com um raio médio de 736 quilômetros, os cientistas a chamavam de 'yin yang' por conta do hemisfério principal escuro e hemisfério posterior brilhante.

Reia

Segundo dados da sonda Voyager, Reia pode ser divida em duas regiões principais: uma com diversas crateras com mais de 40 quilômetros de diâmetro; e outra em um local polar com crateras menores que 40 quilômetros.Segundo dados da sonda Voyager, Reia pode ser divida em duas regiões principais: uma com diversas crateras com mais de 40 quilômetros de diâmetro; e outra em um local polar com crateras menores que 40 quilômetros.Fonte:  NASA 

Apesar de possuir uma estrutura pequena, Reia é a segunda maior lua de Saturno, com um raio de aproximadamente 764 quilômetros. Semelhante às luas Dione e Tétis do gigante gasoso, sua atmosfera é fria e sem ar, com temperaturas que variam entre -174 graus e -220 graus Celsius a depender da região.

Os cientistas acreditam que cerca de três quartos do satélite natural é composto por gelo e apenas um quarto por rocha.

Dione

O 'Anel E' de Saturno envia constantemente 'fumaça de gelo' para Dione, que permanece em ressonância com as luas Mimas e Encélado.O 'Anel E' de Saturno envia constantemente 'fumaça de gelo' para Dione, que permanece em ressonância com as luas Mimas e Encélado.Fonte:  NASA 

Conforme os cientistas explicam, Dione tem uma densidade cerca de 1,48 vezes maior que a da água líquida, com temperatura média de -186 graus Celsius; um terço do satélite é composto por seu núcleo denso, provavelmente de rocha de silicato, e o resto é formado por gelo.

As crateras de Dione possuem até 100 quilômetros de diâmetro e são mais comuns no hemisfério posterior do objeto.

Gostou do conteúdo? Então, fique por dentro de mais curiosidades astronômicas como essa aqui no TecMundo e aproveite para saber mais sobre os anéis de Saturno desaparecerão de vista em 2025.

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