Conheça os planetas com chuvas de rubis, safiras e diamantes

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Imagem: Getty Images

A NASA e a SpaceX vão participar de uma das missões mais desafiadoras e emocionantes do espaço. A missão é explorar Psyche 16, um asteroide misterioso situado entre Marte e Júpiter, para investigar a existência de metais valiosos.

A ciência já nos revelou fenômenos surpreendentes no universo. Há algum tempo, cientistas descobriram que, em Urano e Netuno, por exemplo, há chuvas de diamante devido às condições atmosféricas. Naomi Rowe-Gurney, astrofísica, abordou este tema em 2022 no podcast Gravity Assist da NASA, onde expressou seu interesse especial por esses dois planetas.

Ela explicou o fenômeno que está por trás das chuvas de diamantes. "O metano, substância altamente poluente composta por carbono, pode ser encontrado em sua forma pura e está sujeito a grandes pressões nas profundezas da atmosfera, muito além do que podemos observar. Ele é um elemento vital na atmosfera de Urano e Netuno, sendo responsável pela sua coloração azul devido à sua elevada concentração."

Netuno e Urano já tiveram 'chuvas' de diamante.Netuno e Urano já tiveram 'chuvas' de diamante.Fonte:  University of Oxford 

"Nas regiões internas do planeta, onde as temperaturas e a densidade são extremas, são formados diamantes. Quando ganham mais peso, caem como chuva na atmosfera." Mas, infelizmente, não poderíamos realizar uma missão para coletar esses diamantes. “As condições extremas impossibilitam a chegada de um ser humano. Portanto, mesmo que estes diamantes sejam uma realidade, nunca seremos capazes de extraí-los”, lamentou Rowe-Gurney.

Entretanto esses fenômenos não acontecem somente em Urano e Netuno. Longe do nosso sistema solar, a mais de 1.100 anos-luz de distância, fica o HAT-P-7b, um planeta colossal, medindo 40% maior que o nosso Júpiter, que gira em torno de uma estrela que é surpreendentemente 50% mais pesada que o Sol.

De acordo com pesquisas, o HAT-P-7b tem condições meteorológicas que permitem a chuva de safiras e rubis. Sua atmosfera é dominada por óxido de alumínio e as temperaturas podem subir até 2.000°C. Segundo o astrofísico David Armstrong, esses ventos intensos são a chave para a formação dessas gemas. Durante um período de quatro anos, Armstrong e sua equipe de cientistas empregaram o telescópio espacial Kepler para observar meticulosamente o exoplaneta.

Este exaustivo estudo permitiu uma profunda compreensão das flutuações de luminosidade, nuances no espectro luminoso e demais peculiaridades desse majestoso corpo celeste gasoso. Porém assim como com Urano e Netuno, as chances de chegar ao HAT-P-7b são mínimas com a tecnologia atual.

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