NASA e JAXA anunciam satélite de raio-x para buscar 'mistérios energéticos'

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Imagem: Getty Images

A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) anunciou uma parceria com a Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), a fim de enviar uma nova missão ao espaço. Nomeada de XRISM (X-ray Imaging and Spectroscopy Mission), o objetivo da missão será observar e coletar dados de 'mistérios energéticos' espalhados pelo universo.

A agência espacial anunciou que o satélite XRISM está programado para ser lançado no dia 25 de agosto de 2023, do Centro Espacial de Tanegashima, no Japão. Um dos principais instrumentos do satélite foi nomeado de Resolve, um espectrômetro de microcalorímetro de raios-x desenvolvido em uma colaboração entre cientistas da NASA e da JAXA.

O Resolve mede pequenas mudanças de temperatura quando um raio-x é detectado. Inclusive, para compreender a energia do raio-x, o detector realizará um processo de resfriamento mecânico que passa por diversos estágios e resfria o equipamento para uma temperatura de 270 graus negativos, a partir de um combustível de hélio líquido.

A NASA afirma que o XRISM voará em uma órbita baixa da Terra, a cerca de 550 quilômetros de altura. A missão deve durar três anos, a depender do estoque de hélio líquido.A NASA afirma que o XRISM voará em uma órbita baixa da Terra, a cerca de 550 quilômetros de altura. A missão deve durar três anos, a depender do estoque de hélio líquido.Fonte:  NASA's Goddard Space Flight Center Conceptual Image Lab 

“O Resolve nos dará uma nova visão de alguns dos objetos mais energéticos do universo, incluindo buracos negros, aglomerados de galáxias e as consequências de explosões estelares. Aprenderemos mais sobre como eles se comportam e do que são feitos usando os dados que a missão coleta após o lançamento”, disse o investigador principal do XRISM, Richard Kelley.

NASA, JAXA e raio-x

A partir dos raios-x coletados, o Resolve é capaz de medir espectros de alta resolução de um objeto cósmico com energias variando de 400 a 12.000 elétron-volts — em comparação, as energias de luz visível costumam variar entre 2 e 3 elétron-volts. Os dados poderão ajudar a desvendar mistérios de buracos negros, supernovas, aglomerados de galáxias, entre outros eventos cósmicos que emitem grandes quantidades de energia.

O Xtend é outro instrumento que reforçará o poder de detecção de raio-x do XRISM, observando uma área aproximadamente 60% maior que o tamanho médio da Lua cheia. Ambos os instrumentos foram construídos com dois conjuntos de espelhos de raios-x, desenvolvidos no Centro de Voos Espaciais Goddard, nos Estados Unidos.

Com os dois instrumentos, o satélite também medirá composições químicas de objetos cósmicos e gerar observações de alta resolução. Além da NASA e JAXA, a missão tem colaboração da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Canadense (CSA).

“Os espectros coletados pelo XRISM serão os mais detalhados que já vimos para alguns dos fenômenos que observaremos. A missão nos fornecerá informações sobre alguns dos lugares mais difíceis de estudar, como as estruturas internas de estrelas de nêutrons e jatos de partículas quase na velocidade da luz alimentados por buracos negros em galáxias ativas”, disse o cientista do projeto XRISM, Brian Williams.

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