Ciência

Microscópio inovador com 54 lentes produz imagens em 3D com 5 Gigapixels

Aparelho tem sido utilizado para auxiliar pesquisadores a refinarem suas observações no comportamento animal e no mapeamento de obras de arte

Microscópio inovador com 54 lentes produz imagens em 3D com 5 Gigapixels

Fonte:  GettyImages 

Imagem de Microscópio com 54 lentes produz imagens em 3D com Gigapixels de resolução no tecmundo

Pesquisadores da Universidade Duke (Estados Unidos) desenvolveram um microscópio com 54 câmeras paralelizadas, capaz de captar imagens e vídeos em 3D com resolução em Gigapixels. A pesquisa foi descrita em um artigo publicado na revista Nature Photonics.

Em uma primeira demonstração da tecnologia, os pesquisadores usaram 24 câmeras de celular paralelizadas para captar e identificar imagens. 

Eles observaram que seu aparato não apenas conseguia localizar itens específicos com precisão, mas também produziam imagens em 3D com excelente resolução.

Anos depois, com muita pesquisa e um algoritmo próprio, desenvolvido para compilar o volume gigantesco de dados, na casa de terabytes para poucos minutos de operação, nasce o Multi Camera Array Microscope (MCAM).

O microscópio possui 54 lentes paralelas que captam não apenas imagens estáticas, mas também vídeos. 

Formando imagens 3D dos objetos, o aparelho dá oportunidade para observação de espécies em movimento livre, mantendo a alta qualidade na captura e riqueza de detalhes, mesmo os mais sutis.

No site da Universidade Duke, os pesquisadores explicam que as múltiplas câmeras combinam pontos e formam uma imagem, como a produzida pelo olho humano, com Gigapixels de resolução.

A imagem que vemos, é um processamento cerebral que une as imagens dos olhos, dando altura, profundidade e textura.A imagem que vemos, é um processamento cerebral que une as imagens dos olhos, dando altura, profundidade e textura.

Quais usos essa tecnologia pode ter?

Das ciências às artes, o MCAM tem sido utilizado para auxiliar pesquisadores a refinarem suas observações no comportamento animal, e no mapeamento de obras de arte.

Um estudo realizado na Universidade da Califórnia com peixes-zebra, pesquisadores conseguiram identificar novos comportamentos e até sutis mudanças de coloração dos peixes, ao reagirem a medicamentos.

Em contrapartida, o mapeamento de obras de arte tem garantido a legitimidade das peças, dificultando a venda e reprodução de falsificações.

Além disso, os cientistas afirmam que a potência dessa tecnologia emergente demanda o desenvolvimento de novos softwares para o tratamento de dados.

Compartilhando ciência, o código-fonte é aberto e está disponível gratuitamente no Github.



Estudante da área da saúde e ex-aspirante a Física.