Hidrogênio verde: inovação usa ondas sonoras para multiplicar a produção

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Engenheiros do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, na Austrália, foram capazes de multiplicar a produção de hidrogênio em 14 vezes usando apenas ondas sonoras. A descoberta pode contribuir com o barateamento dessa fonte de energia.

Tido por muitos especialistas como o melhor substituto para os combustíveis a base de carbono, o hidrogênio tem um custo de produção elevado, porque requer o uso de eletrodos caros feitos de platina ou irídio. Aumentar a produtividade dos processos é uma forma de reduzir o custo final.

O hidrogênio verde está na mira dos especialistas como o combustível do futuro (Fonte: Shutterstock)O hidrogênio verde está na mira dos especialistas como o combustível do futuro (Fonte: Shutterstock)Fonte:  Shutterstock 

O uso de hidrogênio pela indústria não é novidade. Normalmente gerado pela queima de gás natural, existe uma forma de produção alternativa que está na mira de especialistas: a eletrólise.

Aplicando uma corrente elétrica sobre a água, é possível reorganizar os átomos de oxigênio e hidrogênio ali presentes e formar o chamado hidrogênio verde. Mas essa técnica exige que sejam usados eletrodos feitos de materiais muito caros, platina ou irídio.

Ondas sonoras usadas a nosso favor

No estudo feito pelos engenheiros da universidade australiana, o uso de ondas sonoras aumentou o rendimento dessas reações físico-químicas. Isso significa que um único eletrodo passa a produzir muito mais hidrogênio, reduzindo o custo final do produto.

Uma das explicações dadas pelos pesquisadores é que as vibrações do som removem as bolhas de gás que se acumulam na superfície do eletrodo, maximizando a atividade dos metais.

"Com nosso método, podemos melhorar potencialmente a eficiência de conversão, levando a uma economia de energia líquida positiva de 27%", diz em nota o professor Leslie Yeo, um dos autores do trabalho.

Além da publicação, os cientistas também fizeram o pedido de patente da tecnologia. Apesar disso, novas pesquisas devem ser feitas para integrar a descoberta com os reatores que são usados atualmente na indústria.

ARTIGO Advanced Energy Materials: doi.org/10.1002/aenm.202203164

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