Projeto de útero artificial apresenta um novo conceito de gravidez

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Imagem: Hashem Al-Ghaili

Inspirado em um estudo de 2017, no qual cientistas desenvolveram um útero artificial chamado “BioBag” para gerar um carneiro bebê, o produtor, cineasta e comunicador de ciência iemenita Hashem Al-Ghaili apresentou ao site Science and Stuff a chamada EctoLife Artificial Womb Facility, primeira instalação com úteros artificiais do mundo.

Com base em pesquisas do estado da arte sobre fertilidade humana, Al-Ghaili desenvolveu o que é por enquanto uma proposta conceitual destinada a provocar discussões em torno de um modelo inédito de paternidade. A premissa defendida pelo teórico, que ele acredita ser viável em algumas décadas, é: “a gravidez não é divertida”.

De uma forma terrivelmente concreta para alguns, porém real, a gravidez é apresentada como exaustiva, dolorosa, nauseante, intrusiva, inconveniente e, em alguns casos, perigosa para a mãe. Ou também para o bebê, no caso de mães fumantes, drogaditas, irresponsáveis ou estressadas. Sem contar os níveis altíssimos de ansiedade envolvidos no processo.

Como poderiam funcionar os úteros artificiais?

De acordo com Al-Ghaili a ciência não está longe de conseguir replicar as condições ideais de gestação de um útero convencional em um dispositivo artificial com temperatura controlada, livre de infecções e transparente. Dessa forma, enquanto o pequeno feto flutua em um líquido amniótico sintético – com hormônios, anticorpos e proteínas – um cordão umbilical robótico forneceria oxigênio e nutrição. 

No ambiente interno de cada útero, pequenos alto-falantes podem fornecer playlists com músicas calmantes e gravações das vozes dos pais e familiares em momentos doces e suaves. Da mesma forma que os famosos Tamagotchi, os dados do bebê poderiam ser transmitidos em tempo real para os celulares dos responsáveis com gravação em nuvem da evolução do desenvolvimento corporal.

E, para os que considerarem o processo um tanto frio e impessoal, Al-Ghaili projetou a possibilidade de os pais poderem fazer o leasing de um casulo desses, alimentado a bateria, instalado em casa. A mesma instalação poderia ainda ser aproveitada para gerar mais alguns irmãos.

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