Cigarro eletrônico aumenta risco de desenvolver cáries, sugere estudo

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Um novo estudo publicado na revista científica The Journal of the American Dental Association, na última quarta-feira (23), sugere que existe uma relação entre o uso de vape (cigarro eletrônico) e uma piora da saúde bucal. Além disso, os pesquisadores afirmam que os usuários do dispositivo precisam ir mais frequentemente ao dentista.

Analisando os dados, os professores da Tufts University School of Dental Medicine apontam que os famosos vapes podem criar um risco maior de desenvolvimento de cáries. Eles usaram informações de 13 mil pacientes com mais de 16 anos que frequentaram as clínicas odontológicas da Tufts, entre 2019 e 2022 — contudo, os pesquisadores não os questionaram se eles usavam vaporizadores de nicotina ou THC.

A pesquisa aponta que a maioria dos participantes não usava vape, contudo, aqueles que usavam tinham maior risco de desenvolver cárie dentária. Ao todo, 79% dos pacientes tinham alto risco de aparecimento de cáries. Conforme o estudo, isso acontece porque os vapes usam um líquido viscoso açucarado que, ao ser vaporizado, pode aderir aos dentes.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), 9,1 milhões de adultos e 2 milhões de adolescentes norte-americanos usam vape de nicotina.Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), 9,1 milhões de adultos e 2 milhões de adolescentes norte-americanos usam vape de nicotina.Fonte:  Shutterstock 

Vaporizador e cáries

A professora assistente da Tufts e principal autora do artigo, Karina Irusa, diz que a relação pode servir como uma alerta aos fumantes de vape. Outros estudos apontam sobre os malefícios do produto para a saúde pulmonar, contudo, a autora sugere que saúde bucal também está sendo afetada e que é necessário estudar mais sobre os efeitos do uso.

"A extensão dos efeitos na saúde bucal, especificamente na cárie dentária, ainda é relativamente desconhecida. Neste momento, estou apenas tentando conscientizar [todos]", disse Irusa. "É importante entender que são dados preliminares. Isso não é 100% conclusivo, mas as pessoas precisam estar cientes do que estamos vendo", ela completa.

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