Mutação da varíola de macacos criou vírus mais inteligente e infeccioso

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Imagem: Reprodução/Univesidade de Missouri

Recentemente, em um estudo publicado na revista científica Journal of Autoimmunity, pesquisadores da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos, identificaram algumas mutações específicas da varíola dos macacos. Os resultados trazem um alerta: essas variações podem ajudar a criar uma versão mais forte, inteligente e que pode reduzir o efeito de medicamentos antivirais e vacinas.

Os investigadores analisaram sequências de DNA de mais de 200 variações da varíola dos macacos e, assim, perceberam que as mutações estavam ocorrendo em pontos críticos e impactam até a efetividade de vacinas e anticorpos. Felizmente, as descobertas podem ajudar a desenvolver novos medicamentos e vacinas que respondem melhor ao vírus.

Segundo o professor da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Missouri, Kamlendra Singh, a estrutura da varíola dos macacos é semelhante à do vírus vaccinia. A paridade permitiu que os cientistas criassem um modelo em 3D do vírus, apontando onde as mutações estão localizadas e quais são os diferenciais que tornam o vírus tão infeccioso.

Uma das hipóteses é que o vírus esteja usando as proteínas do corpo humano para se tornar mais infeccioso e patogênico.Uma das hipóteses é que o vírus esteja usando as proteínas do corpo humano para se tornar mais infeccioso e patogênico.Fonte:  Wikimedia Commons 

“Ao fazer uma análise temporal, pudemos ver como o vírus evoluiu ao longo do tempo, e uma descoberta importante foi que o vírus agora está acumulando mutações especificamente onde as drogas e os anticorpos das vacinas devem se ligar. Então, o vírus está ficando mais inteligente, é capaz de evitar ser alvo de drogas ou anticorpos da resposta imune do nosso corpo e continuar a se espalhar para mais pessoas”, disse um dos coautores, Shrikesh Sachdev.

Varíola dos macacos

De qualquer forma, os cientistas continuam tentando entender como o vírus evoluiu nos últimos anos. Uma das hipóteses é que os medicamentos para HIV e Herpes, que também são usados contra a varíola, podem ter ajudado o vírus a ficar mais inteligente e infeccioso, outra hipótese é que ele esteja usando proteínas do corpo humano para se fortalecer.

“Esses fatores certamente estão contribuindo para o aumento da infectividade do vírus. Este trabalho é importante porque o primeiro passo para resolver um problema é identificar onde o problema está ocorrendo especificamente em primeiro lugar, e é um esforço de equipe”, disse Singh.

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