Remédio para o coração pode tratar consumo excessivo de álcool, diz estudo

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A espironolactona, um conhecido diurético e anti-hipertensivo, pode também ser eficaz no tratamento do transtorno por uso de álcool, de acordo com um estudo liderado por pesquisadores do National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos. Publicado na terça-feira (20) na Molecular Psychiatry, o artigo observou uma redução no consumo de álcool entre os sujeitos do experimento.

A pesquisa combinou três tipos diferentes de estudo. Primeiramente, testaram-se “os efeitos da espironolactona em um modelo de camundongo de alto consumo de álcool e em um modelo de dependência de álcool por exposição ao vapor”, diz a pesquisa.

álcoolEstudo mostrou que remédio para tratar problemas do coração pode ser opção para tratar consumo excessivo de álcool (crédito: Shutterstock)

Finalmente, em estudo paralelo, pesquisadores liderados pela coautora sênior Amy C. Justice, da Faculdade de Medicina de Yale, examinaram registros médicos de uma grande amostra de pacientes vinculados ao sistema de saúde dos Veteranos dos EUA, para avaliar possíveis mudanças no consumo de álcool após a prescrição de espironolactona para quem tinha problemas cardíacos ou pressão alta.

O que os pesquisadores descobriram sobre a espironolactona?

No estudo com veteranos, os pesquisadores encontraram uma associação importante entre o tratamento com espironolactona e a redução no consumo de álcool autorrelatado. Mensurado pela ferramenta de triagem Alcohol Use Disorders Identification Test-Consumption, foi percebida uma redução maior entre os que haviam relatado consumo pesado episódico (consumo de cinco ou mais doses de bebidas alcoólicas em uma única ocasião).

No caso dos experimentos conduzidos com ratos e camundongos por pesquisadores liderados pelo coautor sênior Landro Vendruscolo, do NIH, eles descobriram que doses crescentes de espironolactona reduziram o consumo de álcool em machos e fêmeas, sem causar problema de movimento ou coordenação nem afetar a ingestão de comida e água.

ARTIGO - Nature Molecular Psychiatry - DOI: 10.1038/s41380-022-01736-y.

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