Ciência

Fumaça de queimadas na Amazônia chega ao sudeste, dizem cientistas

Em apenas oito dias, foram registrados mais de 20 mil focos de incêndio na Amazônia, muito mais que o número registrado no mesmo período do ano anterior

Avatar do(a) autor(a): Lucas Vinicius Santos

09/09/2022, às 15:00

Fumaça de queimadas na Amazônia chega ao sudeste, dizem cientistas

Fonte:  Shutterstock 

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De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a semana da independência deste ano registrou o maior número de queimadas desde 2007 — superando as ocorrências registradas durante o mesmo período do ano anterior. Ao todo, apenas durante os primeiros oito dias de setembro, já são mais de 20.261 focos de incêndio.

Enquanto em pouco mais de uma semana foram contabilizados mais de 20 mil focos de incêndio, em 2021, durante todo o mês de setembro, foram registrados apenas 16 mil focos. Já o acumulado da área desmatada em agosto registrou 1.661 km² de alertas. Inclusive, a fumaça das queimadas na Amazônia chegou ao sudeste.

"A Amazônia nunca queimou tanto em uma Semana da Pátria quanto agora, com exceção de 2007, que foi um ano muito seco. Os últimos quatro anos foram destruidores para o meio ambiente no Brasil, danos que devem ser urgentemente reparados para que não tenhamos nossa sociobiodiversidade ainda mais destruída”, disse em comunicado a diretora de Ciência no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar.

Além de chegar ao sudeste brasileiro, a fumaça das queimadas também chegou a outros países, como Bolívia e Peru. Além de chegar ao sudeste brasileiro, a fumaça das queimadas também chegou a outros países, como Bolívia e Peru. 

Queimadas na Amazônia

Segundo o IPAM, as queimadas remontam o "Dia do Fogo", que aconteceu entre 10 e 11 de agosto de 2019, um movimento criminoso para atear fogo na Amazônia — durante todo o mês, foram mais de 30,9 mil focos. Infelizmente, o número aumentou em 2022 e, somente em agosto, foram registrados 33,1 mil focos.

De acordo com Alencar, o instituto já estava prevendo o aumento do desmatamento e das queimadas no Brasil, por conta das Eleições 2022. Por isso, ela diz que o meio ambiente precisa estar no centro dos debates, propostas e pautas eleitorais.



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Lucas Vinicius Santos

Especialista em Redator

Lucas Guimarães escreve sobre ciência e tecnologia há mais de dez anos.