Como se prevenir da varíola de macacos?

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*Este texto foi escrito com base em informações de agências e autoridades sanitárias, hospitais e especialistas em saúde. Se você ou alguém que você conhece possui algum dos sintomas descritos aqui, nossa sugestão é que um médico seja procurado o quanto antes.

Desde janeiro de 2022, casos de varíola de macacos têm sido notificados ao redor do mundo. A doença tem apresentado algumas peculiaridades em sua forma de transmissão, que ainda estão sendo investigadas. Mas a prevenção é possível.

Apesar do nome varíola de macacos, a transmissão para o ser humano é realizada por animais roedores, principalmente. A origem no nome remonta ao achado realizado em macacos utilizados em pesquisas em 1958.

Endêmica na África, a doença tem se manifestado em outros países, principalmente na Europa. Causada pelo vírus monkeypox, da família dos orthopoxvírus, a cepa que tem se espalhado é originária da África Ocidental, uma linhagem menos letal que a cepa originária da África Central.

Os roedores são os principais transmissores da varíola de macacos para os humanos, que podem transmitir a doença entre siOs roedores são os principais transmissores da varíola de macacos para os humanos, que podem transmitir a doença entre siFonte:  Shutterstock 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), já são 48 os países que notificaram casos de varíolas de macacos. Ao todo são mais de 2.103 pessoas contaminadas com a doença ao redor do globo. No Brasil, já foram confirmados 8 casos positivos até esta terça-feira (21).

Quais são os sintomas da Varíola de Macacos?

A doença inicialmente apresenta sintomas semelhantes com os da gripe: febre, dor muscular, fadiga e calafrios. Há sintomas específicos, como inchaço dos linfonodos e o aparecimento de pústulas após alguns dias do início dos primeiros sinais.

Essas bolhas se transformam em crostas, que tendem a desaparecer sozinhas entre duas e quatro semanas, mesmo período da doença. Mas o novo surto tem se mostrado diferente em relação aos sinais e sintomas.

Observações apontaram que nos casos recentes, os sintomas como febre, dor no corpo, ou mesmo as lesões de pele, podem não estar presentes. Notou-se também o aparecimento mais comum na região genital, com poucas lesões, ou apenas lesão única.

Os novos achados demonstram que assim como nem todos os marcadores da doença estão presentes, durante a infecção por varíola de macacos, existe a possibilidade da transmissão da doença por via sexual.

Como posso contrair varíola de macacos?

Apesar do número de casos crescentes, a varíola de macacos não tem fácil disseminação. O contágio ocorre através de contato direto, sem uso de equipamentos de proteção individual (EPI), com pessoas, pertences, ou superfícies contaminadas.

Também é possível ser infectado pelo contato com animais (mortos ou vivos), que estejam infectados pelo vírus, e pela alimentação com carnes mal preparadas, de animais contaminados. Por isso é de suma importância a preparação correta dos alimentos, evitando o consumo de carnes cruas.

Outra forma de transmissão que tem sido estudada, é através do contato sexual. Os pesquisadores têm se debruçado sobre a questão para entender como o contato sexual e a troca de fluidos tem auxiliado na cadeia de transmissão.

Medidas de sexo seguro podem prevenir a transmissão da varíola de macacosMedidas de sexo seguro podem prevenir a transmissão da varíola de macacosFonte:  Shutterstock 

Dados apontaram que a transmissão tem sido mais comum entre homens que fazem sexo com outros homens. Mas isso não significa que apenas a população homossexual ou bissexual possa ser afetada, pelo contrário, todas as pessoas estão predispostas à contaminação, independentemente da idade, sexo ou orientação sexual.

Como posso me prevenir contra a varíola de macacos?

A prevenção contra a varíola de macacos é simples, e necessita de cuidados básicos de higiene. Veja como se precaver:

  • Sempre higienize as mãos com água e sabão;
  • Higienize bancadas e equipamentos de uso comum;
  • Pratique sexo seguro, use proteção;
  • Evite contato com animais doentes, mortos, ou que possam estar infectados;
  • Caso necessite lidar com animais, utilize EPI, e higienize suas mãos e os equipamentos.

Em casos onde há convívio com pessoas contaminadas:

  • Não se deite na cama onde a pessoa estava;
  • Sempre lave os lençóis, cobertores, mantas, roupas, e demais pertences da pessoa infectada;
  • Não compartilhe objetos e utensílios;
  • Mantenha o ambiente arejado;
  • Não toque diretamente nas feridas, use de luvas;
  • Descarte o lixo em local adequado, sinalizando o potencial risco de infecção.

A prevenção também pode ser realizada através da vacina, no entanto, ela não está disponível para toda a população. Atualmente a vacina tem sido ofertada apenas para profissionais da saúde e pessoas que tenham contato direto com pacientes e pessoas infectadas.

Mesmo com o aumento dos casos, a OMS avalia o cenário de risco global com moderado, e não vê necessidade de campanhas de vacinação em massa.

O que fazer caso eu seja contaminado?

Em caso de contaminação contate o órgão de saúde responsável da sua região, e faça isolamento. Não existe um tratamento específico para combate ao vírus, apenas tratamentos para amenizar os sintomas.

Lembre-se, de seguir as dicas: Faça sexo apenas com proteção, principalmente caso haja troca com regularidade de parceiros sexuais, mantenha a higiene, e contate os serviços de saúde caso você tenha algum sintoma. Fique seguro!

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