Fóssil de nova espécie de dinossauro carnívoro é encontrado no Egito

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Uma equipe de paleontólogos encontrou, no meio do deserto do Saara, o fóssil de um dinossauro carnívoro. O registro de aproximadamente 98 milhões de anos pertence a uma espécie até então desconhecida.

A descoberta publicada na revista científica Royal Society Open Science trata-se de uma vértebra da base do pescoço. A peça pertence a répteis da família dos abelisaurídeos, a mesma de predadores como o famoso Carnotaurus.

Vértebra de nova espécie de predador é encontrada em sítio paleontológico no Egito (Fonte: Belal Salem, Ohio University/Mansoura University Vertebrate Paleontology Center/reprodução)Vértebra de nova espécie de predador é encontrada em sítio paleontológico no Egito (Fonte: Belal Salem, Ohio University/Mansoura University Vertebrate Paleontology Center/reprodução)Fonte:  Belal Salem, Ohio University/Mansoura University Vertebrate Paleontology Center 

Segundo os pesquisadores, a vértebra está em bom estado de conservação, permitindo sua identificação. Eles compararam o material com outros vestígios fósseis e notaram uma grande semelhança com ossos de outros abelisaurídeos já conhecidos.

A nova vértebra é o fóssil mais antigo de um exemplar dessa família no Egito. Acredita-se que eles possam ter vivido por grande parte do norte da África, chegando até o Marrocos, a oeste, e ao Níger ao sul. Ou até mesmo além.

Esse mesmo sítio paleontológico, o Oásis de Bahariya foi importante na descoberta de várias espécies no século passado e ajudou os especialistas a desenharem o cenário pré-histórico do norte da África.

A nova espécie soma-se a três outros grandes predadores encontrados na região, os Spinosaurus, Carcharodontosaurus e Bahariasaurus. Ainda é um mistério para os especialistas como eles puderam coexistir dessa forma. Uma especulação é que possam ter se adaptado a caçar presas diferentes.

“Em termos de dinossauros egípcios, nós apenas arranhamos a superfície”, afirma em nota o coautor do estudo, Hesham Sallam, professor da Mansoura University, no Egito. “Quem sabe o que mais pode estar lá fora?”

ARTIGO Royal Society Open Science: doi.org/10.1098/rsos.220106

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