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Ciência

Varíola de macacos: quase 100 casos já foram confirmados pela OMS

De acordo com novos dados da OMS, já foram confirmados 92 casos de infecção por varíola dos macacos em países não endêmicos

Avatar do(a) autor(a): Lucas Vinicius Santos

schedule23/05/2022, às 07:50

Varíola de macacos: quase 100 casos já foram confirmados pela OMSFonte:

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No último sábado (21), a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que já foram confirmados 92 casos de varíola dos macacos em diferentes países desde que o vírus começou a se espalhar, além de 28 casos suspeitos. Inclusive, recentemente, um brasileiro foi o primeiro registrado com a doença na Alemanha, após realizar diversas viagens pela Europa.

Segundo as informações, a OMS identificou casos em 12 países não endêmicos, ou seja, onde a espécie do vírus é encontrada fora de sua área — é esperado que novos casos sejam registrados durante as próximas semanas. Por enquanto, nenhuma morte foi associada ao novo problema de saúde.

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Segundo os dados da OMS, a maior parte dos casos foi encontrada em homens que se relacionam sexualmente com outros homens. Os pacientes relataram o problema principalmente em clínicas de saúde sexual e em atendimentos de emergência.

Países onde encontraram pacientes infectados e suspeitos Países onde foram encontrados pacientes infectados e suspeitos (Fonte: OMS)

“Os países endêmicos da varíola de macacos são: Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Gana (identificado apenas em animais), Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa, e Sudão do Sul”, afirma a Organização Mundial de Saúde.

Varíola dos macacos

A varíola foi erradicada em 1980, contudo, a varíola de macacos é uma doença transmitida aos seres humanos a partir de animais, como esquilos, ratos, primatas, entre outros. Até então, a maioria dos casos relatados haviam sido encontrados em 11 países africanos, como um surto que aconteceu em 1996 na República Democrática do Congo. Em 2003, o primeiro surto da doença alcançou os Estados Unidos, mas desde 2018, diversos casos foram registrados em pacientes norte-americanos e europeus que viajaram para áreas endêmicas.

O problema do novo surto é que os pesquisadores não estão encontrando ligações entre os pacientes e a varíola de macacos, já que muitos deles não viajaram para as áreas endêmicas do vírus. Por isso, estão sendo realizadas investigações para determinar a provável fonte de infecção e, assim, limitar a disseminação.