Cientistas usam ultrassom para tratar diabetes em animais

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Cientistas das universidades americanas de Yale e UCLA e do Instituto Feinstein de Pesquisa Médica conseguiram um feito que pode revolucionar o tratamento do diabetes: controlar com sucesso os níveis de glicose no sangue de animais de laboratório sem o uso de medicamentos. Para isso, eles estimularam o plexo nervoso no fígado dos animais com ultrassom focalizado.

O estudo completo foi publicado na revista Nature Biomedical Engineering e a equipe foi liderada pela GE Research, um braço de inovação da empresa General Electric.

O tratamento, criado para combater o diabetes tipo 2, condição na qual há muito açúcar no sangue e falta o hormônio insulina, já funcionou com ratos, camundongos e porcos e existe a esperança de que possa até mesmo reverter a doença.

A estimulação de ultrassom focalizado periférico (chamada "peripheral focused ultrasound stimulation" - pFUS) direciona pulsos de ultrassom altamente concentrados em áreas específicas do tecido do fígado.

A equipe da pesquisa explicou ao site New Atlas que a região escolhida contém o plexo nervoso hepatoportal, responsável por levar informações sobre a glicose e o status de nutrientes do corpo até o cérebro.

Atividade dísica e uma alimentação saudável são formas de evitar o aparecimento da diabetes tipo 2Atividade dísica e uma alimentação saudável são formas de evitar o aparecimento da diabetes tipo 2Fonte:  Shutterstock 

Apenas três minutos de ultrassom concentrado por dia foram suficientes para manter os níveis de glicose no sangue normais em camundongos diabéticos.

Controle do diabetes em humanos

Agora, os pesquisadores estão realizando testes de viabilidade do tratamento em humanos com um grupo de portadores de diabetes tipo 2 — e os resultados preliminares devem sair ainda este ano.

Caso a estratégia se confirme viável, pode ser o início de uma nova era de controle do diabetes, sem medicamentos, testes de controle de açúcar no sangue ou injeções de insulina.

Mas ainda existem outros desafios: as ferramentas de ultrassom atuais são poucas e requerem técnicos treinados. Mas a equipe afirma possuir a tecnologia para simplificar e automatizar o sistema para que os pacientes possam realizar o tratamento em casa.

Até que o método seja testado e desenvolvido, adotar um estilo de vida saudável é a maneira mais eficaz para evitar o aparecimento do diabetes tipo 2.

Artigo: Nature - https://www.nature.com/articles/s41551-022-00870-w.

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