Após risco de acidente nuclear, maior usina da Ucrânia é desligada

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*Este texto foi atualizado às 11:42 do dia 04 de março.

Na madrugada desta sexta-feira (4), o governo ucraniano foi pego de surpresa quando a Rússia atacou Zaporizhzhia, maior usina nuclear do continente europeu. O ataque das tropas russas gerou um incêndio nos reatores e deixou o mundo em estado de alerta. Se explodisse, o impacto seria até dez vezes maior que de Chernobyl, segundo o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba.

Apesar do susto, as equipes de bombeiros conseguiram apagar o fogo rapidamente. "Às 6h20 (1h20 em Brasília) o incêndio na usina nuclear Zaporizhzhia em Energodar foi extinto. Não há vítimas", informou o serviço de emergências da Ucrânia, em comunicado.

Além disso, o Ministério de Energia ucraniano informou à Agência Internacional de Energia Atômica que não foram detectados níveis de radiação no local, mas apenas uma unidade — entre seis — de geração de energia está funcionando.

Em texto publicado nesta sexta-feira (4) no site The Conversation, o engenheiro especializado em reatores nucleares Tony Irwin, ligado à Universidade Nacional Australiana, afirma que a usina Zaporizhzhia possui vários níveis de segurança e sistemas muito diferentes e mais seguros que os da antiga usina de Chernobyl.

"Apesar do descuido de lutar perto de uma usina nuclear, não estaria nos interesses russos causar uma liberação radioativa que poderia afetar imediatamente seu exército, e potencialmente liberar radiação sobre o oeste da Rússia, particularmente sobre a região anexada da Crimeia", escreve Irwin.

"Zaporizhzhia é responsável por 25% da eletricidade da Ucrânia, e a Rússia presumivelmente queria ganhar controle sobre o fornecimento de energia", diz o especialista.

Ocupação russa

Após o ataque, no entanto, as tropas russas assumiram controle do local na manhã desta sexta (04). A informação foi confirmada pela agência estatal ucraniana, que afirmou que os "funcionários operacionais estão controlando os blocos de energia para garantir seu funcionamento de acordo com as exigências das regulamentações técnicas e de segurança."

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