Consumir cogumelos pode reduzir o risco de depressão, diz estudo

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Imagem: congerdesign/Pixabay

Um extenso estudo observacional realizado nos Estados Unidos entre 2005 a 2016, envolvendo dieta e saúde mental de 24 mil adultos, revelou que pessoas que ingerem cogumelos têm um risco menor de desenvolver depressão. Os dados tiveram como base a Pesquisa Nacional Sobre Saúde e Nutrição daquele país. 

Para avaliar a frequência da ingestão de cogumelos, foram utilizados recordatórios alimentares de 24 horas, ao passo que a depressão foi medida através de um questionário de saúde do paciente. Mesmo após o estudo ter sido publicado na revista científica Journal of Affective Disorders em novembro de 2021, a associação entre as duas variáveis permanece um mistério, e os próprios autores recomendam que os dados sejam avaliados cautelosamente.

O cuidado dos pesquisadores se justifica pelo fato de que existe uma chance de as conclusões serem resultado de uma simples correlação, principalmente porque o aumento no consumo de cogumelos não provou reduzir ainda mais as chances de depressão. Além disso, as descobertas não fazem diferenciação entre os diversos tipos de cogumelos, embora sejam consistentes com pequenos ensaios clínicos feitos com o "crina de leão" (Hericium erinaceus).

Por que consumir cogumelos reduz o risco de depressão?

Fonte: HolgersFotografie/Pixabay/Reprodução.Fonte: HolgersFotografie/Pixabay/Reprodução.Fonte:  HolgersFotografie/Pixabay 

Embora a análise nutricional dos fungos revele uma grande quantidade de potássio (um ansiolítico natural) e neurotróficos ligados à saúde do cérebro, o que mais chamou a atenção dos cientistas foi a presença de um poderoso antioxidante chamado ergotioneína. Presente em grandes concentrações apenas nos cogumelos, essas moléculas atravessam a barreira da corrente sanguínea entre o corpo e o cérebro, o que sugere um efeito na saúde neurológica.

Um dos autores da pesquisa, o epidemiologista Djibril Ba, da Universidade Estadual da Pensilvânia, explica que a ergotioneína é "um anti-inflamatório que não pode ser sintetizado por humanos". Por isso, quem tem níveis altos da substância no organismo pode reduzir o risco do estresse oxidativo, um desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes que pode levar a uma série de doenças, entre elas a depressão.

ARTIGO Journal of Affective Disorders: doi.org/10.1016/j.jad.2021.07.080

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