Check-up #10: como funcionam as doses de reforço da vacina contra covid-19?

3 min de leitura
Imagem de: Check-up #10: como funcionam as doses de reforço da vacina contra covid-19?
Imagem: LookerStudio/Shutterstock
Avatar do autor

Equipe TecMundo

Aos domingos, o TecMundo reúne algumas das principais notícias de saúde da semana em um só lugar. Confira os destaques da última semana abaixo.

O vírus

Notícias da pandemia

Doses de reforço para (quase) todos

Na terça-feira (16), o Ministério da Saúde anunciou a liberação das doses de reforço da vacina contra a covid-19, doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, para todas as pessoas com mais de 18 anos no Brasil.

A dose adicional pode ser recebida em cinco meses após o término do primeiro ciclo vacinal (com a segunda dose de algum imunizante). Até então, somente alguns grupos recebiam o reforço: pessoas mais velhas, pessoas com sistema imune comprometido e profissionais da saúde. O intervalo de cinco meses passa a valer para todos os grupos.

Segundo o ministério, a nova orientação está baseada em pesquisas científicas que apontam uma queda na resposta imune a partir do quinto mês após a segunda dose. O fenômeno era esperado por cientistas, e acontece com outros tipos de vacina também.

Com a dose adicional, mostram estudos, a proteção contra a doença cresce — ficando maior do que a proteção obtida pelas duas doses iniciais.

Alguns estados, como é o caso de São Paulo, já iniciaram a aplicação do reforço.

A dose adicional é vista com animação por alguns especialistas, pois pode aumentar a proteção e evitar uma nova onda de covid-19 no país se for distribuída a tempo. Outros infectologistas, porém, afirmam que os esforços do governo deveriam estar concentrados em ampliar o número de brasileiros completamente vacinados antes de expandir as doses de reforço.

Países da Europa, que vivem um alta nos casos da doença, já apostam no reforço para combater uma nova onda de covid. Os Estados Unidos estenderam o reforço para toda a população adulta na sexta-feira (19).

O Ministério da Saúde também deve publicar orientações sobre o reforço para quem tomou a vacina da Janssen (dose única) nos próximos dias.

Até quando vamos precisar das máscaras? 

Ainda vai levar um tempo até que a população possa ficar segura para frequentar todos os lugares sem máscaras. Medida simples e não invasiva de prevenção, o uso de máscara contra infecções respiratórias tem respaldo em diversos estudos científicos conduzidos ao longo de pelo menos um século. Nesta semana, nosso colunista Bernardo Almeida, médico infectologista e chief medical officer da health tech Hilab, explicou melhor o uso dessa proteção e porque ainda precisamos dela.

Câncer de pênis causa 400 mortes por ano no Brasil

Consulta médicaCancer de pênis: um médico deve ser procurado assim que os primeiros sintomas aparecerem (créditos: BlurryMe/Shutterstock)

Um estudo realizado por pesquisadores do A.C.Camargo Cancer Center mostrou que entre os anos de 2008 e 2018, o câncer de pênis foi responsável por mais de 400 mortes por ano, em média, totalizando 4.191 óbitos — no mesmo período, mais de 5,5 mil cirurgias de penectomia (amputação do pênis) foram realizadas em pessoas com a doença como forma de evitar maiores complicações.

"Este é um tipo de câncer que não deveria existir; ele é totalmente evitável com ações de prevenção", (Éder Silveira Brazão Junior, urologista do A.C.Camargo Cancer Center)

Em entrevista ao TecMundo, o urologista Éder Silveira Brazão Júnior, que participou da pesquisa, falou sobre os riscos da doença e deu orientações para prevenção.

Cura do HIV sem tratamento é extremamente rara, mas possível

Um caso de uma mulher argentina chocou a comunidade médica mundial nesta semana. A paciente, que havia recebido o diagnóstico de infecção pelo HIV (vírus causador da AIDS) se livrou da infecção sem fazer nenhum tratamento.

No artigo que relata o caso, publicado pelos cientistas no periódico científico Annals of Internal Medicine, os autores afirmam que esse tipo de cura é extremamente raro, mas possível. De acordo com o portal americano de notícias de saúde Stat, a paciente argentina é a segunda pessoa na história a ter alcançado tal cura.

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.