Esqueleto descoberto na Argentina pode revelar origem de cobras e lagartos

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Imagem: Jorge Blanco/Reprodução

Cientistas encontraram na Argentina um fóssil de réptil que fornece mais pistas sobre a origem de cobras e lagartos. O espécime foi classificado como um lepidosauria, que viveu no período Triássico (datado de cerca de 231 milhões de anos) e considerado parte de uma das ordens mais diversas entre os vertebrados, com mais de 10 mil espécies já catalogadas.

O esqueleto descrito pela equipe liderada por Ricardo Martínez, pesquisador do Instituto e Museu de Ciências Naturais da Universidade Nacional de San Juan, é uma importante chave para especialistas conhecerem mais sobre o passado do ancestral extinto, pois registros fósseis previamente identificados contêm poucos exemplares e são altamente fragmentários.

Fóssil encontrado na Argentina fornece mais pistas sobre a origem e evolução de cobras e lagartosFóssil encontrado na Argentina fornece mais pistas sobre a origem e evolução de cobras e lagartosFonte:  Ricardo Martinezl/Reprodução 

O achado pode ser um dos primeiros lepidosauria conhecidos — répteis com escamas — que antecede a divisão entre os Escamados (lagartos e cobras) e esfenodontianos (como o tuatara, espécie comum na Nova Zelândia).

O crânio possui características em comum com os tuataras modernos, sugerindo que alguns aspectos anatômicos podem ter surgido com a evolução do grupo.

Ilustração mostra o processo digital de restauração do réptil ancestralIlustração mostra o processo digital de restauração do réptil ancestralFonte:  Jorge Blanco, Gabriela Sobral e Ricardo Martínez/Reprodução 

Tal registro também revela uma distribuição geográfica muito mais ampla do que anteriormente pensado. Os cientistas apontaram que o esqueleto é cerca de 11 milhões de anos mais novo que o primeiro indivíduo identificado na Europa, espécies que podem ter vivido ao mesmo tempo por pelo menos 10 milhões de anos durante o Triássico.

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