Universidade do Ceará testará vacina contra Covid-19 em humanos

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Imagem: Uece

Em momento desesperado pela busca de imunizantes, uma vacina contra a Covid-19 totalmente brasileira, desenvolvida pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) desde abril do ano passado, chega à sua segunda fase: a realização de testes com humanos. Agora, a instituição entrará com o processo para aprovação pela Anvisa.

Com o nome de HH-120-Defenser, a vacina cearense foi criada por uma equipe de imunologistas do Laboratório de Biotecnologia e Biologia Molecular da Uece (LBBM), liderada pela professora Izabel Florindo Guedes. A primeira fase da pesquisa, com testes em camundongos, foi realizada com sucesso.

Assim que aprovada pela agência reguladora, a fase clínica se dividirá em três etapas. Na primeira, o imunizante será administrado a cerca de 100 voluntários adultos, com idades entre 18 e 60 anos, sem comorbidades. A seguir, serão incluídas pessoas com comorbidades. Finalmente, na Fase 3, os testes incluirão milhares de pessoas, com diversos perfis.

Fonte: Ney Carvalho/Uece/DivulgaçãoFonte: Ney Carvalho/Uece/DivulgaçãoFonte:  Ney Carvalho/Uece 

Baixo custo de produção

A proposta da HH-120-Defenser é o uso inédito de um coronavírus aviário atenuado, já conhecido há década e sem nenhum tipo de risco para humanos. A professora Izabel explica que o principal motivo da escolha dessa cepa de coronavírus é por ser “muito parecida com o SARS-CoV-2, capaz de induzir uma resposta imunológica protetora contra o novo coronavírus”.

O grande diferencial do novo imunizante é o seu baixo custo de produção. Em um comunicado, o pesquisador Ney Carvalho explica que a concentração de vírus vacinal proposta em cada dose é suficiente para que um frasco, comprado a R$ 11 no comércio local, possa conter 250 doses da vacina.

Dessa forma, o preço de cada dose seria R$ 0,044 que, multiplicado por 480 milhões, o necessário para vacinar todos os brasileiros com duas doses, resultaria em um valor de R$ 21,12 milhões. Se utilizada “a dose de vacina mais barata comercializada hoje, a CoronaVac, que custa R$ 16 cada dose”, segundo Carvalho, a conta chegaria a R$ 7,7 bilhões.

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