Universidade prevê 100 mil mortos por covid no Brasil em abril

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Imagem: Miguel Schincariol/AFP

Depois de viver uma semana caótica, e fechar o mês de março como o mais mortal da pandemia da covid-19, com 66 mil mortes, o Brasil recebeu, no início de abril (1º), um prognóstico sombrio do IHME, sigla em inglês para Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, nos EUA: o país pode registrar 100 mil mortos em abril.

Com base no total de 321 mil vítimas do coronavírus registradas em 31 de março, e na forma como o país vem administrando suas políticas de saúde, o IHME estima que o total de óbitos deverá saltar para 422 mil até o dia 30 de abril. Até a noite de domingo (4), o País acumulava 331.530 brasileiros mortos pela doença, de acordo com o consórcio de veículos de imprensa.

As avaliações da instituição dos EUA, que leva em conta fatores como disseminação de variantes do vírus, uso de máscaras e respeito ao distanciamento social, estima que o número de mortos em 4 maio no Brasil pode chegar a 436 mil nas condições atuais. No entanto, a projeção cai para 429 mil mortes se 95% da população usar máscaras em público.

Dentro dos três cenários projetados pela Universidade de Washington, o pior deles prevê 595 mil mortes até o final do primeiro semestre, número que pode cair para 507 mil se pelo menos 95% da população usar máscaras em público.

O que dizem os jornais pelo mundo?

Fonte: Adriano Machado/Reuters/ReproduçãoFonte: Adriano Machado/Reuters/ReproduçãoFonte:  Adriano Machado/Reuters 

O jornal Washington Post considera a situação brasileira “um dos piores picos de infecções por covid que o mundo já viu”. O jornal norte-americano atribui “à impressionante incompetência do presidente Jair Bolsonaro e seu governo” a taxa de vacinação reduzida, a ausência de medidas de lockdown e o surgimento de novas variantes do vírus.

Também nos EUA, o The New York Times publicou uma manchete autoexplicativa: "Enquanto vírus e problemas econômicos assolam o Brasil, Bolsonaro improvisa e confunde". Conforme este periódico os movimentos do presidente brasileiro “confundiram e irritaram muitos no maior país da América Latina”.

Na Europa, o britânico Financial Times destacou que o presidente Bolsonaro recusou-se a usar máscara durante a maior parte do ano passado, criticou as vacinações e classificou a pandemia como “gripezinha”. “Milhares de mortos e um país em turbulência: a contagem regressiva do Brasil para a catástrofe da covid”, anuncia a manchete do também britânico Telegraph.

O jornal alemão Frankfurter Allgemeine, classifica a gestão atual da pandemia de covid-19 por Bolsonaro como "fatal". E conclui: "O Brasil merece mais".

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