Butanvac: estudos clínicos em humanos devem começar já em abril

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Nesta sexta-feira (26), o Instituto Butantan anunciou que os testes clínicos em humanos da Butanvac, vacina 100% nacional contra a covid-19, devem começar ainda em abril. Para isso, buscará as autorizações necessárias junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), afirmou em coletiva de imprensa.

Marcos Pontes, ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, confirmou o recebimento do pedido de liberação, e, acordo com Dimas Covas, diretor da entidade, já houve submissão de documentos à Organização Mundial da Saúde (OMS) para que tudo ocorra "o mais rápido possível".

Além disso, complementa o executivo, não haverá dependência de insumos vindos do exterior para a produção da substância, programada, segundo o governador de São Paulo, João Doria, para maio.

Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.Fonte:  Reprodução 

Promessas e experiência

Nas fases 1 e 2, a meta é que 1,8 mil voluntários recebam as doses, que são únicas, seguidos de outros 9 mil na terceira etapa. Enquanto a primeira avalia a segurança da vacina, a segunda analisa a produção de anticorpos que atuam contra o Sars-CoV-2, microrganismo que já causou mais de 303 mil mortes no Brasil até a última quinta-feira (25). Por sua vez, a terceira investiga a eficácia.

"O perfil de segurança é excelente. Estamos falando de uma segunda geração de vacinas, é uma geração 2.0. Nós aprendemos com as vacinas anteriores e agora nós já sabemos o que funciona contra a covid-19", defende João Doria, explicando que a novidade é produzida a partir de ovos, sendo a primeira do mundo a se valer da técnica – mais eficiente, barata e segura, destaca Covas.

Por fim, com capacidade de produção de 100 milhões de doses anuais, o Instituto prevê 40 milhões até o fim de 2021 e campanhas de aplicação já a partir de julho, caso os procedimentos sigam conforme o esperado.

"O que leva a esse cronograma é a experiência adquirida, inclusive com estudo clínico da Coronavac. Nós ganhamos muita experiência nesse período e o estudo pode ser encurtado. Não é um estudo de uma nova vacina de que não se conhece nada a respeito do assunto. Pode ser feito de forma comparativa com as demais vacinas que estão sendo usadas do ponto de vista de resposta imunológica", enfatiza o diretor.

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