Emirados Árabes Unidos darão 'choques' em nuvens para produzirem chuva

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Diversas regiões espalhadas pelo globo já estudam a aplicação de técnicas variadas para contornarem problemas hídricos, inclusive no Brasil, mas os Emirados Árabes Unidos (EAU) estão prestes a revolucionar o controle humano sobre o clima. De acordo com a BBC News, o país asiático testará, em breve, drones desenvolvidos pela Universidade de Reading, Inglaterra, capazes de potencializar a formação de chuva sobre os territórios em que são manuseados.

Alya Al-Mazroui, diretora de um programa de pesquisa dedicado à área, em entrevista ao Arab News, explica como funciona o método. "Equipados com instrumentos de emissão de carga elétrica e sensores personalizados, os dispositivos voarão em baixas altitudes e fornecerão uma carga elétrica às moléculas de ar, o que deve estimular a precipitação."

Alya Al-Mazroui, diretora de um programa de pesquisa dedicado à área.Alya Al-Mazroui, diretora de um programa de pesquisa dedicado à área.Fonte:  Reprodução 

Este é um dos nove projetos contemplados pelo orçamento governamental de US$ 15 milhões voltado, desde 2017, a iniciativas que expandam a média de 100 mm anuais de chuva por lá. Junto à chamada tecnologia de semeadura, utilizada na indução de condensação e criação nuvens, a novidade pode mudar drasticamente o cenário considerado drástico de escassez de água dos EAU.

Dedos cruzados

Maarten Ambaum, um dos cientistas à frente da construção dos drones, explica que, apesar da pouca expressividade do lençol freático dos Emirados Árabes Unidos, cada vez menor, há nuvens de sobra.

Sendo assim, o objetivo da ação é, a exemplo do que a eletricidade estática faz com "cabelo seco e pente", unir gotas a ponto de torná-las grande o suficiente para que caiam.

Região lida com escassez de água e quer reverter situação.Região lida com escassez de água e quer reverter situação.Fonte:  Unsplash 

Por enquanto, existem apenas expectativas de que a abordagem funcione. Ainda assim, dando tudo certo, não está descartado o desenvolvimento de aeronaves maiores. Quem sabe, com ela, grandes cidades desérticas possam se beneficiar e testemunhar a abundância de um recurso precioso e cada vez mais raro na natureza. Apenas o tempo vai dizer.

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