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Ciência

Cientistas revelam 1ª foto de amostras do asteroide Ryugu

Além disso, é possível que haja gases do corpo celeste nas cápsulas que retornaram à Terra, mas estudos aprofundados ainda não têm data de início; saiba mais

schedule15/12/2020, às 16:12

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Hayabusa2, nave espacial japonesa lançada em 2014 rumo ao asteroide Ryugu, retornou em 5 de dezembro à Terra trazendo amostras do corpo celeste, pousando na Área Proibida de Woomera, na Austrália. Depois de coletarem o equipamento, os cientistas envolvidos na missão deram a primeira olhada no material de uma das cápsulas – e compartilharam uma imagem dele com o resto do mundo.

Grãos negros que supostamente pertencem ao local no qual o dispositivo passou cerca de um ano e meio estavam fora das câmaras principais, mas três delas continham os verdadeiros tesouros, capturados pela própria Hayabusa2 durante as manobras.

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Entre as tentativas, foram agarradas rochas da superfície, assim como disparada uma bala de cobre sobre ela – que abriu uma cratera de 20 metros de largura –, tudo para se descobrir elementos do subsolo do asteroide, o que permitirá entender como o ambiente hostil do espaço afeta a camada externa do viajante.

Por fim, análises que indicam se as cápsulas contêm gases oriundos do Ryugu também estão entre os procedimentos aplicados em sua chegada a nosso planeta; de todo modo, precisamos esperar mais um pouco para sabermos a extensão das descobertas, já que, por enquanto, tudo o que temos é a foto abaixo.

— HAYABUSA2@JAXA (@haya2e_jaxa) December 15, 2020

Eras de conhecimento

A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial ainda não anunciou quando será o início de estudos aprofundados dos fragmentos, já que a ação depende de poderosos equipamentos e da escolha certa daqueles que trarão mais respostas que perguntas. Afinal, tudo, ainda, é totalmente desconhecido pela Ciência terrestre.

Sendo asteroides escombros primordiais da formação do Sistema Solar e, portanto, do início dos tempos, todo cuidado é pouco. Oportunidades como essa não surgem todos os dias, e tais empreitadas nem sempre são sempre bem-sucedidas. Quando a Hayabusa2 chegou a seu destino em 2018, até mesmo a coloração inesperada do local exigiu ajustes do sensor de altitude do dispositivo

"Quando realmente abrimos a cápsula, fiquei sem palavras. Foi mais do que esperávamos e havia tanto material que fiquei realmente impressionado", disse o cientista Hirotaka Sawada. "Não eram partículas finas como o pó, mas havia muitas amostras com vários milímetros de diâmetro" complementa.

Algumas delas, inclusive, parecem conter matéria orgânica, aponta o pesquisador Seiichiro Watanabe. "Espero que possamos descobrir muitas coisas sobre como as substâncias se desenvolveram no Ryugu."

O que será que pode ser revelado nos próximos tempos, escondido do conhecimento humano por eras? Bem, só resta especular.