SpaceX: Falcon 9 sobe ao espaço pela centésima vez

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Imagem: SpaceX/Divulgação

O voo do Falcon 9 na última terça (24) seria apenas mais um para lançar mais satélites da constelação Starlink em órbita – se não fosse a centésima vez em que o foguete da SpaceX subiu ao espaço, um marco na história da empresa de Elon Musk (o foguete foi lançado 23 vezes só em 2020, o maior número de voos realizados em um ano).

Depois lançar na órbita da Terra 60 satélites, ele retornou à superfície, pousando seu primeiro estágio no droneship Of Course I Still Love You, no oceano Atlântico. A constelação Starlink agora conta com 830 dispositivos no espaço, transmitindo internet de alta velocidade, de um total final de 42 mil satélites.

Errar até acertar

Se contarmos os três lançamentos do Falcon Heavy, foram 103 vezes que o foguete da SpaceX alçou voo em uma década com um índice de sucesso de 98%. Houve apenas um grande desastre, sem tripulação, quando um foguete e sua carga útil foram destruídos antes do lançamento em um teste de fogo estático na plataforma, e falhas embaraçosas: a SpaceX CRS-1, que entregou sua carga na Estação Espacial Internacional (ISS), mas uma parte se perdeu, e a SpaceX CRS-7, que explodiu em pleno voo.

O Falcon 9 (como tudo o mais na SpaceX) foi construído através de iteração: grosso modo, é a repetição contínua de algo, sempre com alguma mudança. Esse é o processo pelo qual Elon Musk aperfeiçoa o design de suas naves.

O design iterativo envolve testar a espaçonave, reconhecer possíveis falhas, corrigi-las e aprimorar o projeto a partir daí, recomeçando o ciclo vezes sem conta:  é “errar até acertar”.

Família de foguetes Falcon 9 (a partir da esquerda): Falcon 9 v1.0, v1.1, Full Thrust, Block 5 e o Falcon Heavy.Família de foguetes Falcon 9 (a partir da esquerda): Falcon 9 v1.0, v1.1, Full Thrust, Block 5 e o Falcon Heavy.Fonte:  SpaceX/Divulgação 

Esse modelo de trabalho explica o rápido avanço da SpaceX em relação aos seus concorrentes, que só concretiza seus projetos depois de anos refinando-o. Se o primeiro método há mais explosões, o segundo requer muito mais tempo e financiamento.

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