Vacina da Johnson: o que se sabe sobre a interrupção dos testes

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Imagem: Mark Kauzlarich/Bloomberg

A empresa farmacêutica americana Johnson & Johnson anunciou, na segunda-feira (12), a interrupção dos testes clínicos de sua candidata a vacina contra a covid-19, chamada de Ad26.COV2.S, depois que um voluntário contraiu uma “doença inexplicada”. A imunização é uma das quatro autorizadas no Brasil para testes de fase 3, a que antecede a possível comercialização da vacina.

A interrupção dos testes ocorreu, segundo a empresa, de acordo com seus protocolos para estudos clínicos, que determinam que eles sejam pausados em caso de “evento adverso e inesperado”. Durante a pausa, a Johnson & Johnson revisa cuidadosamente as informações médicas e decide se o estudo deve ou não ser reiniciado.

A doença do participante, que não se sabe se foi efeito colateral da vacina, não foi divulgada pela empresa, que afirmou: "devemos respeitar a privacidade desse participante”, ressaltando que “é importante ter todos os fatos antes de compartilhar informações adicionais".

Também não se sabe ainda se a pessoa que teve a doença recebeu a vacina ou um placebo (substância inativa) que é ministrada ao chamado “grupo controle”, que serve para medir os efeitos da imunização no grupo que realmente tomou a vacina. Esses dados estão sendo avaliados por um conselho de monitoramento independente.

Testes no Brasil

Fonte: Mike Blake/ReproduçãoFonte: Mike Blake/ReproduçãoFonte:  Mike Blake 

No Brasil, onde 12 voluntários já receberam a dose da vacina ou um placebo, o composto está sendo testado em dose única, segundo o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra. Ele também esclareceu que o caso do participante doente ocorreu no exterior.

Os testes com a vacina previstos para acontecer no Distrito Federal e em Minas Gerais a partir desta semana só poderão ocorrer após autorização da Anvisa, que analisará os dados da investigação em curso. Só em Minas Gerais, há cerca de 25 mil inscritos para participar.

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