Novo coronavírus estava no esgoto de Florianópolis em novembro

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Imagem: Freepik

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) afirmam ter encontrado partículas do novo coronavírus em amostras de esgoto colhidas em novembro de 2019 na cidade de Florianópolis. A descoberta foi descrita no estudo divulgado nesta quinta-feira (2).

Segundo a instituição, trata-se da amostra de Sars-CoV-2 mais antiga nas Américas. Ela foi coletada no dia 27 de novembro, dois meses antes do primeiro caso de covid-19 no Brasil. Outras pesquisas semelhantes encontraram o vírus nos esgotos de Wuhan, na China, e de cidades italianas, em outubro e dezembro, respectivamente.

Após testes nas amostras colhidas entre outubro de 2019 e março de 2020 para a realização de outros estudo na UFSC, os cientistas não acharam traços do novo coronavírus nas amostras de 30 de outubro e 6 de novembro. Mas na do dia 27 de novembro, eles identificaram uma carga de 100 mil cópias de genoma do vírus por litro.

A pesquisa teve a participação de vários departamentos da UFSC.A pesquisa teve a participação de vários departamentos da UFSC.Fonte:  Unsplash 

O número subiu para doses mais elevadas nas amostras de 11 de dezembro e 20 de fevereiro e chegou a 1 milhão de cópias de genoma por litro de esgoto no material coletado no dia 4 de março.

Perigo de contaminação?

Segundo a doutora em Biotecnologia do Laboratório de Virologia Aplicada da UFSC Gislaine Fongaro, a presença do novo coronavírus no esgoto não deve ser motivo de preocupação para a população.

“As pessoas não precisam ficar apavoradas com contaminação. O esgoto só é uma representatividade do que já tem na população”, comentou a pesquisadora, uma das autoras do estudo. Para ela, as pessoas podem ou não ter ficado doentes no período, atribuindo possíveis sintomas a outras doenças.

É importante ressaltar que o estudo ainda está em versão preliminar, dependendo da revisão para ser publicado em revista científica. Além da UFSC, a pesquisa também teve a participação da Universidade de Burgos, na Espanha, e da startup BiomeHub.

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