NASA libera acesso a rochas lunares armazenadas há décadas para estudo

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A NASA enviou missões tripuladas à Lua em seis ocasiões e em todas elas os astronautas trouxeram amostras de volta à Terra. Enquanto uma parte do que veio na bagagem foi parar em instituições científicas, exposições, coleções ou simplesmente desapareceu, uma grande quantidade foi cuidadosamente armazenada pela agência espacial norte-americana.

Considerando que a última missão tripulada à Lua (Apollo 17) ocorreu nos anos 1970, isso significa que as amostras coletadas no satélite passaram algumas décadas guardadas e, agora, a NASA decidiu liberar o acesso a alguns dos exemplares. A ideia é permitir que geólogos e outros cientistas (sentimos muito, mas o público em geral não poderá brincar com a coleção) possam analisar os materiais e aplicar as mais avançadas tecnologias em seu exame.

Oportunidade única

O conteúdo que será liberado faz parte dos quase 400 quilos de solo e rochas lunares que se encontram guardados no Centro Espacial Lyndon B. Johnson, localizado em Houston. Nesse local existem 2 cofres que são usados para armazenar itens coletados pelos 12 astronautas norte-americanos que visitaram a Lua entre os anos de 1969 e 1972: um usado para abrigar exemplares que já foram examinados e até emprestados pela agência espacial a alguns cientistas e outro para guardar itens que jamais entraram em contato com a atmosfera terrestre ou foram tocados por mãos humanas desprovidas de proteção.

(Fonte: AP Photo/Michael Wyke)

Essas amostras, que somam cerca de 70% do que foi trazido da Lua à Terra, foram cuidadosamente embaladas em recipientes pressurizados ou congeladas pelos astronautas ainda no satélite, e a equipe da NASA está estudando a melhor maneira de permitir o acesso aos exemplares sem que eles sejam contaminados. Para isso, a agência espacial inclusive vem conduzindo simulações com réplicas das rochas lunares e dos equipamentos que serão usados nas análises.

(Fonte: AP Photo/Michael Wyke)

No total, a NASA selecionou nove times de cientistas que terão acesso a quantidades variadas das amostras. Considerando que, há décadas, as análises de material trazido da Lua permitiram que os pesquisadores determinassem a idade das superfícies de Mercúrio e Marte e que os planetas que hoje se encontram mais distantes do Sol provavelmente se formaram mais próximo da estrela e foram migrando até suas órbitas atuais, pode ser que submeter as rochas lunares a novas tecnologias leve a mais descobertas.

(Fonte: AP Photo/Michael Wyke)

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