Imagem de MX vs. ATV Untamed
Imagem de MX vs. ATV Untamed

MX vs. ATV Untamed

Nota do Voxel
37

MX vs. ATV Untamed não passa de um jogo de rally mediano.

Jogos exclusivos de rally não costumam ser lançados em um número muito grande. Com a exceção de títulos como os da série Colin McRae (aqui inclui-se DiRT), existem poucos jogos de rally de sucesso nos dias atuais.

SEGA Rally Revo, por exemplo, serve perfeitamente para demonstrar os diversos motivos que levaram a SEGA à demissão em massa de 400 funcionários no início deste ano, devido à grande perda de capital que obteve no ano fiscal de 2007 (Leia a notícia aqui) . O jogo é simplesmente terrível.

Entretanto, isso tudo começou a mudar no início de 2007, após o sucesso absoluto que Motorstorm representou no PlayStation 3. Com menos de 2 anos desde seu lançamento, o jogo da Sony já é considerado um modelo a ser seguido pelos concorrentes vindouros.

MX vs. ATV Untamed aproveita essa brecha e se insere como o segundo jogo da franquia MX vs. ATV, sendo o primeiro para a nova geração de consoles. Entretanto, o título deixa o jogador se sentindo num game da antiga geração, devido aos gráficos pobres e à jogabilidade parca.

Ah, se o jogo fosse tão emocionante como sua introdução...

É realmente uma pena que o título desenvolvido pela Rainbow Studios e publicado pela THQ não consiga manter o nível de sua introdução. Quando o jogador liga seu console de nova geração e insere pela primeira vez o jogo, a introdução o deixa encantado.

O dono do console se deixa levar pela empolgação apresentada pelos designers da Rainbow Studios e até tenta se enganar de que o jogo terá a mesma qualidade. Então duas motos, um quadriciclo e um gaiola se cruzam simultaneamente no ar, e o espectador anima-se: será que eu também consigo fazer isso?

A resposta é simples: não. Basta o futuro corredor criar seu perfil ou simplesmente começar a correr fora de um campeonato para desiludir-se: A jogabilidade de MX vs. ATV Untamed (apenas MX vs. ATV, daqui para a frente) deixa muito a desejar.

Freios? Mas que bobagem!

É difícil lembrar-se o último jogo de corrida sério que permita ao jogador correr constantemente sem utilizar os freios. Vale frisar o sério, pois se fossemos falar de um jogo qualquer, SEGA Rally Revo estaria na ponta da língua.

É o mesmo caso de MX vs. ATV. O jogo não conta com cálculos físicos de qualidade, o que é considerado pecado mortal para um jogo de corrida da nova geração. Seria compreensível que um jogo no estilo arcade não contasse com tais funções, mas para substituí-las, deveria trazer outras vantagens.

Um bom exemplo disso seria uma utilização adequada para as manobras aéreas, no caso de motocicletas e quadriciclos, como por exemplo encher a barra de turbo, o que seria um adendo bastante interessante num jogo com MX vs. ATV.

Sem esse tipo de adição à jogabilidade, o título fica perdido entre ambos os gêneros (simulador e arcade), criando uma sensação de vazio no jogador, por não possuir traços marcantes de nenhum dos gêneros.

Com exceção de algumas raras curvas em cotovelo, o jogo permite que o jogador corra sem nunca usar o freio e, pior que isso, ainda pune aqueles que freiam com uma terrível derrapada que os faz perder o controle do veículo.

Gráficos emporcalhados e muita poluição sonora

E, infelizmente, não é somente devido a tanta lama. O título distribuído pela THQ é uma vergonha no que diz respeito à qualidade gráfica. Com exceção de alguns aspectos considerados simples, tais como as texturas do chão e a iluminação do cenário, o resto da arte de MX vs. ATV deixa muito a desejar.

Desde a movimentação dos pilotos até a modelagem de todos os objetos do jogo, passando pelas texturas não relacionadas à pista, como de árvores ou mesmo de montanhas do cenário, tudo é característico de jogos da geração anterior de consoles.

Em todos os aspectos do jogo evidencia-se a falta de atenção por parte dos desenvolvedores nos conceitos gráficos, o cuidado com os efeitos sonoros não fica atrás nesse banho de lama.

Se você gosta de esportes radicais, provavelmente já está acostumado a ouvir as músicas disponíveis na trilha sonora do jogo, e mesmo que você não seja fã do ritmo, irá se sentir em casa com ele, afinal tem tudo a ver com o som estridente dos motores offroad e com toda a lama do jogo.

Entretanto, o que deixa a desejar não é isso, mas sim a mescla muito mal concebida entre música, motores e gritos de torcida. Imagine por exemplo uma pista indoor (pista coberta), onde o som da música é alto, mais de dez motores barulhentos e ainda uma multidão enlouquecida.

Agora some a isso um péssimo equilíbrio entre os três aspectos e você não terá nada além de barulhos extremamente irritantes que o farão colocar sua televisão no mudo em poucos instantes.

Na falta de uma opção melhor, MX vs. ATV Untamed satisfaz

Sem dúvida alguma, MX vs. ATV Untamed não é o melhor jogo de rally já desenvolvido para a nova geração de consoles. E justamente por isso, é difícil oferecer ao jogador um motivo palpável para jogá-lo.

Se você é dono de um PlayStation 3, não deve passar nem perto deste título. O jogo é uma versão dezenas de vezes piorada do consagrado Motorstorm, e não deve ser sequer colocado em pauta para substituir o maravilhoso jogo de rally da Sony.

Já se você possui um Xbox 360, a possibilidade de você vir a interessar-se pelo jogo também é pequena: Títulos como DiRT e Pure apresentam inúmeras vantagens com relação a este título.

Mas ainda assim, se você está muito cansado de todos os jogos de rally de qualidade e busca um título alternativo aos grandes nomes, MX vs. ATV Untamed pode ser uma boa opção.

O jogo apresenta uma grande variedade de tipos de veículos e pistas muito longas, além de uma diversidade considerável de modos de jogo. Três aspectos que garantem diversão prolongada.
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