Imagem de Grounded
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Grounded

Nota do Voxel
85

Grounded prova que tamanho não é documento na hora da diversão

Lançado em julho de 2020 como early access, Grounded – a aventura de sobrevivência com uma dose caprichada de ficção científica da Obsidian Entertainment (Fallout New Vegas) – foi revelando gradualmente os mistérios e dificuldades de ser literalmente um pequeno humano em um grande quintal, dando uma nova perspectiva sobre criaturas que muitas vezes parecem completamente inofensivas.

E agora, o jogo finalmente está chegando em sua versão completa, e é aqui que perguntas básicas e muito importantes podem surgir para aqueles que decidiram esperar esse momento: essa aventura realmente entrega tudo que prometeu? Vale a pena curtir esse game sozinho ou com os amigos? Bem, confiram a nossa análise para descobrir!

Querida, encolhi as crianças!

Na gloriosa década de 90, vários jovens estão desaparecendo sem explicação, deixando pais extremamente preocupados esperando ansiosamente seu retorno. E é aqui que a história começa para os jogadores, que podem assumir o papel de um pré-adolescente que acaba caindo sem memórias em um quintal estranho e precisa achar um jeito de voltar para casa.

Fonte:  Stella/Voxel 

Porém, essa meta é muito mais difícil do que o esperado devido a um pequeno fato: no momento, nosso protagonista não está muito maior do que uma simples formiga!

Preso em um ambiente antes comum e agora extremamente hostil, é necessário encontrar formas de se alimentar, hidratar e se proteger de insetos violentos como aranhas do tamanho de um tanque e mosquitos que mais parecem helicópteros com lanças, tudo isso enquanto busca uma forma de voltar ao normal utilizando uma estranha máquina que, obviamente, não está funcionando direito.

Fonte:  Stella/Voxel 

Para nossa sorte, um acidente com o tal aparelho nos leva a encontrar o simpático BURG.L., um robô bigodudo que afirma trabalhar para o cientista criador da técnica de encolhimento.

Infelizmente, nosso companheiro de lata encontra-se desmemoriado no momento e cabe ao jogador encontrar seus chips espalhados por quatro laboratórios no quintal para ajudá-lo a recobrar seus conhecimentos e então revelar o caminho de volta.

Fonte:  Stella/Voxel 

Com essa premissa simples, Grounded nos joga em missões através de mapas com perigos diferentes, como áreas tomadas por gases venenosos, subaquáticas ou cheias de inimigos e poucos recursos ao redor, exigindo sempre muita preparação para garantir que você não vai morrer de sede, fome ou sem ar no meio de alguma tarefa.

Avançar pela narrativa acaba se tornando um ponto secundário em muitos momentos, afinal, do que adianta chegar ao laboratório no alto de uma árvore se você não terá nada para beber enquanto explora? Ou como atingir o fundo do lago sem as ferramentas necessárias para conseguir segurar sua respiração por mais tempo, nadar rapidamente e até mesmo enxergar nas escuras profundezas?

Fonte:  Stella/Voxel 

Não se trata apenas de sobreviver, mas sim como se adaptar da melhor forma possível. Alguns dias acabam voltados só para coletar e montar coisas importantes: como um cantil para não precisar apelar para água suja, caçar insetos para refeições mais nutritivas e novas armas e armaduras, além de juntar recursos para criar uma base segura para dormir – torcendo sempre para que criaturas imensas e raivosas não decidam destruí-la enquanto você estiver fora.

Morrer para um ácaro irritado pode ser a maior humilhação do mundo no começo, mas conforme vamos fortalecendo o protagonista, as coisas ficam cada vez mais interessantes, chegando ao ponto onde grandes aracnídeos irritados não parecem tanto uma ameaça pavorosa e sim uma presa digna de ser enfrentada.

Fonte:  Stella/Voxel 

Um ponto interessante é que o jogo permite modificar diversas características para que os jogadores possam aproveitá-lo da forma que quiserem, como não serem perseguidos pelos insetos, não ter que se preocupar com os medidores de fome ou sede e até mesmo um filtro para aqueles que tem pavor de aranhas, que por sinal, não te dão paz nem quando você está embaixo d’água.

Fonte:  Stella/Voxel 

Tudo isso torna Grounded um daqueles títulos divertidos de explorar, onde é fácil perder várias e várias horas jogando, com suas novas aquisições e descobertas tornando a jornada empolgante e até levando a considerar: será que essa vida pequenina, mesmo que extremamente perigosa, é tão ruim assim?

A sobrevivência do mais forte

O início da nossa vida nessa aventura é basicamente rudimentar, mas logo de cara já somos apresentados às mecânicas básicas de coleta e construção que vão nos ajudar a enfrentar os dias.

Um dos recursos principais do game é um dispositivo que nos permite analisar diversos materiais diferentes para desbloquear novas receitas para armas, armaduras, itens de cura e construção, entre outros.

Fonte:  Stella/Voxel 

A partir daí, conseguimos construir gradualmente equipamentos que ajudam na nossa sobrevivência, como uma bancada para criar artigos mais complexos, adicionando paredes e portas para construir uma base, cozinha para evitar que as carnes estraguem, um cantil para carregar líquido, uma área para melhorar armas e armaduras, etc.

Fonte:  Stella/Voxel 

Tudo isso torna nossa sobrevivência muito mais manejável, dando espaço para explorar com mais tempo e confiança todas as regiões do título e ir adquirindo novos modos de viver com mais conforto e proteção.

Um ponto legal é que existem várias armas e armaduras diferentes para se adequar ao seu estilo de jogo, com artigos mais leves voltados para agilidade e outros mais pesados para quem ama muita força bruta.

Além disso, temos as mutações, aprimoramentos desbloqueados ao longo do gameplay e relacionados a determinadas ações. Por exemplo, correr muito pode liberar uma que aumenta sua estamina, outra dá mais vantagem para os combates após você matar vários insetos do mesmo tipo.

Fonte:  Stella/Voxel 

Outro detalhe interessante é a lojinha desbloqueada ao falar com BURG.L., trazendo novidades a cada chip coletado. Ela oferece desde mutações a plantas para itens em troca de Ciência Pura, uma espécie de moeda do título que pode ser encontrada pelos mapas, realizando tarefas para o robô, ou progredindo através da história.

Fonte:  Stella/Voxel 

No geral, todos os recursos de jogabilidade são basicamente intuitivos e interessantes, mas é preciso prestar muita atenção e explorar bem os ambientes de dia e até mesmo durante os perigos da noite, para não deixar de coletar nenhum item e depois analisá-lo para conseguir receitas que vão facilitar (e muito) sua sobrevivência nesse quintal.

Os riscos da ciência

Como qualquer experiência, Grounded tem seus acertos e, é claro, erros. Um dos principais problemas é que ele parece ter sido concebido para ser jogado com teclado e mouse, com alguns pontos básicos do gameplay ficando um pouco mais travados no controle.

Fonte:  Stella/Voxel 

Os ângulos de câmera também acabam esquisitos em certas partes, principalmente quando o personagem está nadando. Além disso, o início pode ser um pouco frustrante no modo solo, mas isso é algo que vai melhorando conforme aprimoramos nossos itens e nos preparamos melhor para enfrentar as missões e os perigos pelo caminho.

Vale a pena?

Fonte:  Stella/Voxel 

Mesmo com seus deslizes, Grounded com certeza não deixa de ser uma opção extremamente interessante. Suas mecânicas de sobrevivência combinadas com a temática de ficção científica meio retrô dos anos 90 deu super certo, e seu estilo visual com lindas paisagens coloridas realmente une tudo com perfeição.

É realmente um jogo para passar muitas horas explorando e construindo, com a trama – mesmo que em segundo plano em alguns pontos – transformando essa experiência em algo que merece ser aproveitado tanto no modo solo ou com um grupo de amigos.

Grounded foi gentilmente cedido pela Xbox para a realização desta análise.

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Pontos Positivos
  • Mecânicas interessantes
  • Belos visuais
  • Muito divertido
  • Ótimo para co-op
Pontos Negativos
  • Problemas com a câmera
  • Um pouco travado no controle