Imagem de F.E.A.R. Perseus Mandate
Imagem de F.E.A.R. Perseus Mandate

F.E.A.R. Perseus Mandate

Nota do Voxel
62

Algumas novidades com muito "mais do mesmo".

FEAR Perseus Mandate é a segunda expansão para FEAR (seguindo Extraction Point ), jogo enfocado nas ações dos agentes da equipe First Encounter Assault Recon, uma milícia especialmente treinada para enfrentar assuntos para-normais. Embora encerre várias das boa qualidades que deram fama ao jogo original, Perseus Mandate não acrescenta nada propriamente novo à franquia e, levando-se em conta que FEAR original é um jogo de 2005, o que se tem como resultado é um jogo com algumas características francamente ultrapassadas (principalmente em comparação com as engines utilizadas em jogos como Call of Duty 4 e Half-Life 2).

Eventos paralelos não muito envolventes

Correndo paralelamente ao caos enfrentado pela primeira equipe, Perseus Mandate aborda a empreitada de uma segunda equipe enviada para recuperar alguns materiais ligados a um projeto chamado Perseus que envolvem diretamente Paxton Fettle e Alma, dois personagens centrais da franquia (que fazem agora apenas algumas aparições um tanto desprovidas de sentido).

Tiroteios ao estilo FEAR; nada realmente novo. Paralelamente — e isso é uma das poucas novidades trazidas pelo jogo — há o aparecimento de uma equipe de mercenários aparentemente interessados nos mesmos materiais. A partida daí, o que se pode constatar é o mesmo clima e mecânica já mostrados no primeiro jogo que, embora possa ter sido original e envolvente naquela época, agora dá apenas a impressão de ser “mais do mesmo”.

Compreendendo-se ou não a história um tanto descartável, ao se embrenhar pelos infindáveis complexos industriais do jogo têm-se, basicamente, os mesmos desafios e truques característicos da franquia; nem mais, nem menos. Seguindo por vários cenários não muito inspirados (salvo alguns cenários subterrâneos, talvez), enfrenta-se infindáveis exércitos de clones, mercenários e alguns agentes corporativos.

Um ponto positivo no desafio do jogo talvez seja a inclusão de um novo grupo de inimigos: os NIghtcrowlers. Movendo-se rapidamente (provavelmente utilizando a mesma técnica de câmera lenta do protagonista), tendo uma alta resistência e armas à alturas, eles acabam mesmo sendo coadjuvantes de alguns dos tiroteios mais ferrenhos do jogo.

É bem verdade que a boa IA de FEAR ainda garante alguns momentos interessantes, mas isso é, absolutamente, algo característico da franquia. Persesus Mandate não acrescenta realmente nada neste quesito (a bem da verdade, acaba até podando em alguns momentos).

Sem momentos assustadores não seria F.E.A.R.

Apesar de tudo, alguns velhos truques ainda funcionam. Sendo FEAR, é natural que se espere alguns momentos assustadores durante a trama. Nesse ponto, a TimeGate Studios também se valeu de vários truques utilizados no primeiro jogo, tais como personagens que atravessam o caminho e somem em um beco, aparições súbitas de figuras fantasmagóricas ou ainda algumas visões interativas um tanto inesperadas.

Para quem ainda não teve muito contato com a série, esses momentos podem mesmo trazer alguma inquietação e até mesmo assustas. Porém, para fãs de longa data que conhecem o jogo original de ponta a ponta, esses efeitos não chegam a ser propriamente envolventes.

As novas armas

Assim como já era esperado, Perseus Mandate traz algumas novas armas ao conhecido arsenal da série. Entre elas está uma excêntrica arma de raios que, embora produza um belo show pirotécnico, não tira uma quantidade muito relevante de energia. Além disso, a pouca munição encontrada nos complexos não justifica que se mantenha a arma à mão.

Também podem ser encontrados agora durante as fases um lançador de granadas, uma nova metralhadora com mira telescópica — que, embora não representa grande coisa nos ambientes essencialmente verticais do jogo, tem seus momentos — e um rifle com visão infra-vermelha (que, de fato, acaba sendo bem útil em alguns momentos).

Perseus Mandate é aquele típico jogo de uma franquia destinado aos fãs mais ferrenhos que querem, de repente, conferir uma história paralela do universo de FEAR com uma ou outra novidade não muito substancial. Para quem quer ter algum conto com jogos do estilo, mais vale jogar um Half-Life 2. Quem quer jogar FEAR online pode fazê-lo sem pagar nenhum tostão através do FEAR Combat. Por fim, uma seqüência que não repete nem de longe o estrondo de FEAR original.

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