10 jogos controversos que foram banidos das lojas

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Os jogos de video game sempre andaram de mãos dadas com a polêmica. Se hoje existe uma série de critérios pelos quais os games devem passar para ser aprovados, antigamente as restrições eram ainda mais fortes. Nesse contexto, há muitos títulos que foram extremamente criticados e, em alguns casos, até mesmo banidos de várias regiões do mundo por motivos questionáveis e bizarros, como é o caso de GTA e Mortal Kombat.

O grande problema acontece quando os desenvolvedores fazem por merecer a censura ao introduzir temáticas realmente pesadas e desumanas. Por isso, criamos uma lista que reúne dez dos games mais repugnantes da História.

Atenção: Adianto aos leitores de plantão que se preparem para o que está por vir: se você se sensibiliza facilmente, a leitura é por sua conta e risco.

1- Carmaggedon (1997 – PC, Nintendo 64, PlayStation)

Reconhecido como o primeiro jogo de corrida graficamente violento, Carmageddon fez muito sucesso entre os anos 90 e 2000. Produzido pela Stainless Games, o título foi baseado no filme “Death Race 2000” — clássico de 1975 estrelado por Sylvester Stalone — que consistia numa competição automobilística cujo objetivo era atropelar o máximo de pedestres possível. Os carros do game eram equipados com acessórios que facilitavam na pontuação, como lâminas e metralhadoras.

Em muitos países o jogo foi lançado com conteúdo de violência censurado, transformando as vítimas em zumbis ou robôs, por exemplo. No Brasil, foi necessária apenas uma semana de lançamento para que o game fosse proibido, sendo que nesse período em que circulou, o título só poderia ser iniciado com um sistema de senhas. A reação dos brasileiros foi contrária à decisão governamental, o que acarretou em cópias ilícitas de Carmaggedon dentro do país. Atualmente, o jogo foi lançado também para para iOS e Android.

2- Ethnic Cleansing (2002 – PC)

O título promove a “limpeza étnica” em um FPS. Ethnic Cleansing permite a escolha entre ser um membro da Ku Klux Klan (movimento que defende ideologias como a supremacia branca) ou um Skinhead (indivíduo influenciado por neonazistas) e leva o jogador ao extermínio de judeus, afrodescendentes e latinos. Como se não bastasse, o chefão do jogo é Ariel Sharon, o ex-primeiro-ministro de Israel.

A Resistance Records, produtora do jogo, carregou inúmeros processos nas costas, inclusive de empresas como Microsoft e Sony, resultando no banimento mundial do game. A desenvolvedora ainda lançou uma continuação do título. Denominado White Law. O segundo jogo não só foi proibido, como levou ao fechamento da empresa após a descoberta de que seus funcionários eram neonazistas.

3- Harvester (1996 – PC)

Lançado pela DigiFX Interactive e Merit Studios, o game é um point and click (jogos em que a interação é feita apenas em cliques com o mouse) e foi produzido por meio de uma técnica conhecida como Full Motion Video (FMV), que usa filmagens reais para a produção do jogo. A história se passa numa cidade chamada Harvester e tem como protagonista um homem chamado Steve Manson. Após acordar com amnésia, o personagem se depara com eventos bizarros e um culto maligno até descobrir quem realmente é.

Acontece que o game força o jogador a cometer homicídio e envolve temáticas como ocultismo, estupro, demonologia, assassinato e muitos outros, além de exibir imagens explícitas produzidas com filmagens reais.

4- Hatred (2015 – PC)

Esse é o game mais recente da lista. Em Hatred, o jogador controla um assassino em massa que possui um grande ódio pela humanidade, o que o leva a matar grandes quantidades de civis e policiais. Ainda é possível utilizar os corpos humanos como escudo, três armas ao mesmo tempo, um arsenal grande de granadas e conduzir alguns veículos mostrados no mapa.

A produtora Destructive Creations revelou que a ideia por trás de Hatred foi uma contraproposta em relação aos títulos atuais, trazendo poucas cores e temática politicamente incorreta, proporcionando ao jogador o “puro prazer de jogar”. A Steam chegou a retirar o game das vendas e se recusou a distribuir o mesmo, porém, no dia seguinte, o próprio Gabe Newell, cofundador da Valve, pediu desculpas pelo ocorrido e devolveu o jogo para a loja virtual.

5- KZ Manager Millenium (1990 – PC)

A desenvolvedora The Missonoaris colocou o jogador na pele de um administrador de um campo de concentração nazista com KZ Manager. Além de checar e gerenciar o estoque de munições e gás do local, era necessário lidar com os prisioneiros e manter a ordem, sendo inevitável que acontecessem algumas execuções de vez em quando.

O objetivo principal do jogo era agradar a opinião pública e manter a produtividade em alta. KZ Manager Millenium foi banido da Alemanha e posteriormente do mundo.

6- Left Behind: Eternal Forces (2006 – PC)

Promovendo o extermínio de pessoas que não aderirem ao cristianismo, a desenvolvedora Inspired Media Entertainment lançou um jogo que apresenta um mundo pós-arrebatamento (segundo a Bíblia, é o dia em que Jesus voltará e levará todos aqueles que estão salvos para o céu, deixando os maus na Terra), no qual a humanidade recebe uma segunda chance. Nesse caso, o jogador deve tentar converter o máximo de descrentes possível – aqueles que não concordarem devem morrer.

Muitos afirmam que o game insulta a crença cristã, além de promover ódio, intolerância e guerras. Devido à grande polêmica criada, tanto na parte religiosa quanto na política, o game foi banido de todos os países.

7- Manhunt (2003/2004 –PS2, PC, Xbox)

Lançado pela Rockstar Games, o primeiro jogo da saga retrata a história de James Earl Cash, um assassino sentenciado à morte que é sequestrado na noite da sua execução por Lionel Starkweather, um diretor de cinema maníaco. O criminoso precisa sobreviver a um jogo insano e violento com a promessa de sua liberdade.

A polêmica de Manhunt acontece não só pelo fato de o protagonista ser um detento, mas por toda a violência gratuita, levando o jogador a realizar mortes absurdas e promovendo imagens muito fortes. Após o segundo game da franquia, que precisou ter muitas cenas cortadas para poder ser lançado nos Estados Unidos, a Rockstar cancelou a série.

8- Muslim Massacre (2008 – PC)

O game basicamente promove o extermínio de muçulmanos. O jogador entra na pele de um guerrilheiro americano e simplesmente atira em todos os islamitas que aparecem na tela, desviando dos contra-ataques. Ao final, é necessário derrotar Allah (“Deus” em aramaico). Segundo Sigvatar, desenvolvedor do jogo, a produção foi inspirada na batalha contra o terrorismo lançada por George W. Bush. Muslim Massacre foi banido ao redor do mundo.

9- RapeLay (2006 – PC)

Neste título, o jogador precisa perseguir e estuprar mulheres. A história é sobre a família Kiryu e o personagem principal é um homem que pratica relações sexuais com a mãe e suas duas filhas. Dentre as opções de jogo, há um modo multiplayer de até quatro participantes, no qual o homem realiza a ação com as três mulheres ao mesmo tempo. Além disso, o título permite escolher posições sexuais, masturbação grupal, entre outras opções.

O game ainda mostra as mulheres gritando, chorando e sangrando. Existe também a possibilidade de ameaçar as vítimas de morte e forçá-las a abortar seus filhos. Proibido no mundo todo, RapeLay passou a ser vendido apenas no Japão, pois a desenvolvedora Illusion alegava que o game não quebrava nenhuma lei do país, porém a empresa parou de produzir o título.

10- Super Columbine Massacre RPG (2005 – PC)

O game retrata a história de um massacre que aconteceu em 1999. Conhecido como o Massacre de Columbine, a tragédia repercutiu em todo o mundo, quando duas crianças (Eric Harris e Dylan Klebold) dispararam contra diversos alunos e educadores, levando grande parte à morte. O objetivo do jogo é basicamente matar, a tiros, colegas e professores dentro de uma escola e, ao final, incinerar tudo.

O criador do título, Danny Leone, afirma que o desenvolveu com um intuito educativo e informativo, porém, com apenas um minuto de jogabilidade, é possível perceber quão sádico é o game. A defesa do produtor impediu que o jogo ficasse fora do ar, sendo possível baixá-lo até hoje.

Bônus Mystique

Especializada em erotismo, a produtora denominada Mystique desenvolveu games muito polêmicos para o Atari. Veja alguns títulos, todos lançados no ano de 1982 para o Atari 2600:

Beat’em & Eat’em

O game levava o jogador a controlar duas mulheres nuas com o objetivo de engolir o sêmen de um homem. Ao atingir 69 pontos, uma vida era ganha. Além disso, nas instruções do título havia a seguinte recomendação: “não erre a pontaria, pois pode gerar advogados ou médicos de sucesso”, remetendo à gravidez indesejada.

Custer Revenge

Controlando um cowboy, o jogador precisava fugir de flechas atiradas por índios de uma tribo para alcançar uma integrante da população e estuprá-la. Além disso, o game foi criticado por possuir conotação racista.

Philly Flasher

Outra versão do Beat’em & Eat’em, no qual os papéis eram invertidos. Uma bruxa nua expelia líquidos dos seios em cima de um prédio e o jogador controlava dois homens que engoliam as gotas; quando atingiam 69 pontos, uma vida era ganha. Além disso, os personagens iniciavam o jogo fazendo o movimento da masturbação e permaneciam “animados” durante a jogatina.

Esses foram alguns dos jogos mais insanos da História. E você, conhece mais algum game com temáticas tão pesadas? Conte para nós o que achou desses títulos aí nos comentários e fiquem atentos ao TecMundo Games.

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Nota do redator: Ações como essas são realmente repugnantes. Mesmo que sejam apenas pixels e histórias de ficção, por trás de cada obra existe uma ideologia e um propósito de existência. É triste perceber que a nossa geração ainda tenha ideais como esses, mas o pior é saber que, além de simples fantasia, esses games conseguem demonstrar um pouco da nossa realidade. Caros leitores, espero que as ideias apresentadas nesse tipo de entretenimento causem repulsa, mostrando que nosso mundo é capaz de caminhar para frente levando o amor ao próximo como um grande princípio de vida. Um abraço a todos.

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