Empresa testa vestiários virtuais com sucesso no Japão

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Imagem: Business of Fashion

Embora o primeiro vestiário virtual do Japão tenha sido inaugurado no shopping Tokyu Plaza há dois anos, a tecnologia tem engatinhado até agora. Neste mês passado, a “Urban Research”, uma loja de moda que está crescendo rapidamente, lançou um experimento no shopping Tokyo’s Parco Ikebukuro, utilizando tecnologia avançada de vestiário virtual para alimentar uma micro-loja.

Chamado de “Wearable Clothing by Urban Research”, a loja conta com apenas sete metros quadrados e não possui estoque. Em vez disso, ela permite que os clientes simplesmente fiquem em frente de uma das duas telas de 60 polegadas disponíveis, selecionem os itens de vestiário que querem experimentar e se visualizem vestidos com os produtos dentro de alguns segundos.

Além disso, os movimentos dos clientes são mostrados de maneira fluída na tela em 3D e eles também podem usar um iPad integrado para tirar selfies e compartilhá-las com os amigos em redes sociais.

Os vestiários virtuais como estes possuem várias vantagens para os varejistas, pois eles permitem que as empresas vendam os produtos sem controle de inventário, diretamente de lojas de e-commerce existentes.Para comprar um item, os usuários precisam apenas digitalizar um código QR —algo que é relativamente fácil e que economiza tempo. Além disso, ele também diminui a resistência na hora de comprar um item, especialmente entre os homens.

Os clientes também podem experimentar um produto fisicamente e, em seguida, navegar através de uma coleção de itens correspondentes, podendo incentivar uma maior despesa.

Um leque de opções

Caso o serviço caia no gosto do público japonês, ele também poderia permitir que os varejistas abram redes de pequenas lojas em locais com muita movimentação, como em estações de trem e até aeroportos. Cada uma com pouco ou nenhum estoque.

Por enquanto, o serviço ainda está em fase de testes por parte da Urban Research. A loja com vestiário virtual ficou aberta somente até o final do último mês de junho. No entanto, uma loja para testes futuros está sendo planejada para ser instalada em outros locais, como em centros comerciais movimentados.

Estas lojas poderão vender produtos a partir de marcas e fornecedores selecionados pelos compradores. Micro-lojas comerciais também estão previstas para serem instaladas em lojas de departamento e em estações de trem, incluindo em Xangai.

Até o momento, os gerentes da Urban Research parecem ter adorado a ideia. Os testes iniciais da empresa apontaram um volume muito grande de vendas — a métrica fundamental para o desempenho do varejo, normalmente é feita com base nas vendas por metro quadrado. Dado o tamanho reduzido de tais lojas e da velocidade com que elas permitem que os consumidores experimentem as roupas, é possível dizer que o resultado foi um sucesso.

Tamanho da micro-loja impressiona

Trabalho em parceria

Também há conversas para que sejam feitos contratos com patrocinadores de outras categorias, como carros ou turismo. As cabines dos vestiários virtuais podem ser configuradas para se parecerem com o interior de um carro de modelo recente, por exemplo, ou pode-se usar o plano e fundo da Torre Eiffel para atrair os consumidores com links para visualizarem as promoções de férias em Paris.

Os desenvolvedores também veem essas lojas como uma ótima maneira de capturar vendas online dentro de centros comerciais, especialmente se esses vestiários virtuais fossem gerenciados pelos próprios shoppings para várias marcas, por exemplo.

Embora as vendas de roupas através da internet estejam crescendo, o desejo de “experimentar antes de comprar” continua a ser um grande obstáculo para os consumidores. Ao parar em uma cabine em um posto de centro comercial ou de uma estação de trem local, os clientes podem não ser capazes de avaliar as sutilizas de ajustes exatos nas roupas, mas eles podem determinar rapidamente se uma roupa lhes agrada ou não.

A Urban Research é uma das líderes de mercado no Japão em vendas de roupas online, medidas como proporção de volume de negócios. No ano passado, 20% dos US$ 350 milhões em vendas veio de fontes online. Além disso, a empresa está à procura de novas maneiras de fundir espaços físicos com as vendas digitais, em especial através de tecnologias como as cabines de vestiário virtuais que também podem oferecer mais diversão na hora da compra e gerar maiores lucros.

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