Um dos principais responsáveis por criar softwares para computadores da empresa, Bill tinha 74 anos e morava nos EUA com a família

O mundo da tecnologia perdeu uma grande referência nesta semana. Trata-se de Bill Atkinson, designer norte-americano que trabalhou por anos na Apple e criou programas importantes para a empresa e todo o mercado da informática.Pouco midiático, porém extremamente respeitado entre programadores, ele faleceu aos 74 anos na última quinta-feira (5). De acordo com uma publicação da família de Atkinson nas redes sociais, ele morreu em decorrência de um câncer no pâncreas e estava em casa, na cidade de Portola Valley — parte da região da baía de San Francisco conhecida como Vale do Silício, onde ele sempre trabalhou.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/405017-wwdc-2025-confira-o-resumao-das-novidades-apresentadas-pela-apple-no-evento.htm">WWDC 2025: Confira o resumão das novidades apresentadas pela Apple no evento</a></li></ul><h2>A carreira de Bill Atkinson</h2>William Dana Atkinson, ou Bill, nasceu em 1951 nos Estados Unidos e foi o funcionário de número 51 na Apple. Ele trabalhou ao lado de Andy Hertzfeld como um dos principais designers de software na empresa, focado na criação de ferramentas e utilitários para serem usados nos computadores da marca.Ele foi especialmente importante no desenvolvimento de recursos e ferramentas para a interface gráfica de navegação desses sistemas, algo pouco comum em eletrônicos da década de 1980.<ul><li>A principal contribuição dele é o QuickDraw, uma biblioteca de gráficos 2D que servia também como a principal API de desenvolvedores parceiros da Apple. Esse pacote era útil para quem desejava criar programas para o Macintosh, além de desenhar recursos na tela como formas geométricas e objetos a partir de pixels;</li><li>Atkinson também é creditado como criador de recursos básicos de navegação no computador, como o duplo clique para abrir algo e os menus suspensos, que expandem novas opções ao serem selecionados;</li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09153721256236.jpg" alt="software-macpaint-desenho-apple" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09153721318240.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09153721256237.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>O software MacPaintl. (Imagem: Divulgação/Apple)</figcaption></figure><ul><li>Tido como programador habilidoso e perfeccionista, ele criou dois serviços adorados pela comunidade: o MacPaint, um programa de desenho digital; e a tecnologia HyperCard, que incorporava informações e ligava conteúdos via hipertexto antes do estabelecimento da World Wide Web;</li><li>Apesar de ser considerado amigo inseparável de Steve Jobs, a relação entre os dois foi abalada <a href="https://www.youtube.com/watch?v=y-wZSrT1H4k">quando o executivo foi forçado a se demitir</a> da companhia, mas Bill decidiu não deixar a companhia junto para focar no HyperCard;&nbsp;</li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09155225325260.jpg"><figcaption>HyperCard, o projeto pré-WWW da Apple. (Imagem: Reprodução/Sprinter)</figcaption></figure><ul><li>Bill saiu da Apple em 1989 para abrir uma startup com outros ex-colegas da Maçã: a General Magic, com financiamento inicial da própria Maçã, que tentou desenvolver um assistente pessoal digital. O produto, porém, não teve sucesso comercial;</li><li>A partir de 1996, ele deixou a companhia e passou a trabalhar de forma independente em outros projetos. Ele também <a href="https://billatkinson.com">mantinha um site em que exibia o seu trabalho</a> como fotógrafo amador;</li></ul><h2>Por que o Macintosh foi tão importante?</h2>Boa parte do trabalho de Bill Atkinson se confunde com o lançamento do Macintosh, hoje chamado apenas de Mac. Esse é o computador lançado em 1984 que ajudou a Apple a se tornar uma referência a nível global em informática.Isso porque os aparelhos anteriores da Maçã, assim como os computadores de praticamente toda a indústria, só rodavam a partir de uma interface totalmente voltada para comandos de texto. Esse é também o caso do MS-DOS, da Microsoft.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/3vq9p00T08I?si=e1UnW88urHAXlCxr" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Bill e Alan ajudaram a criar a versão da Apple para uma interface gráfica com ícones de programas, janelas com pastas de arquivos e o que viríamos a chamar de Área de Trabalho, tudo com suporte do mouse.Na verdade, a ideia não era original da dupla: uma pequena equipe de engenheiros de software da empresa, ao lado de Steve Jobs, foi convidada a visitar o famoso Xerox Palo Alto Research Center, ou PARC, um dos laboratórios de pesquisa em tecnologia mais avançados da época.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09153721334241.jpg" alt="steve-jobs-lado-bill-atkinson-macintosh" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09153721303238.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09153721475243.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09153721412242.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/09/09153721303239.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Steve Jobs e Bill, que está segurando um Macintosh no colo. (Imagem: Reprodução/Bill Atkinson)</figcaption></figure>Lá, o grupo viu pela primeira vez uma interface gráfica para computadores, exibida em um dos modelos experimentais da companhia — que não tinha interesse no desenvolvimento comercial em larga escala do recurso, ao contrário da Apple. Após essa reunião, a Maçã iniciou o projeto de criar a sua própria versão da tecnologia.Tanto a interface gráfica quanto a biblioteca do QuickDraw <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/132821-apple-lisa-nome-homenagem-filha-steve-jobs.htm">foram inicialmente lançadas junto com o Lisa</a>, outro computador da Apple voltado para uso corporativo. O modelo, porém, foi um fiasco comercial mesmo sendo tão pioneiro, com as novidades posteriormente sendo "adotadas" pelo Macintosh. A linha segue até hoje como uma das principais famílias de produtos da marca, viva em produtos como o MacBook e o iMac.<ul><li>Aproveite: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon.htm" target="_blank">Cupom de desconto para comprar um computador novo na Amazon!</a></li><li>Aproveite: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/403037-cupom-extra.htm" target="_blank">Cupom de desconto para comprar um computador novo no Extra!</a></li><li>Aproveite: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402697-cupom-casas-bahia.htm" target="_blank">Cupom de desconto para comprar um computador novo na Casas Bahia!</a></li></ul>Quer saber a história completa do Mac, do primeiro modelo até a evolução como produto? <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/140537-historia-macintosh-1984-dias-video.htm">Confira esse conteúdo especial do TecMundo</a>!&nbsp;

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Morre Bill Atkinson, designer lendário da Apple; saiba como ele mudou os PCs

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A partir de uma análise da arte e da literatura viking, novo estudo discute questões atemporais como gravidez, parentesco, demografia, religião e gênero.

Um dilema atualíssimo quando se discute a gravidez — saber se estamos falando sobre um ou dois corpos — é o tema central de um estudo recente, no qual duas professoras britânicas, propõem que, além de quase não serem estudados na arqueologia, o corpo grávido e o embrião-feto são raramente analisados do ponto de vista da ontologia: quando, afinal, surge uma nova personalidade?Publicado na revista Cambridge Archaeological Journal, o estudo apresenta, de forma criativa, "um estudo de caso para demonstrar como esses conceitos podem funcionar na prática desde a Era Viking". O ponto de partida é uma estatueta sobrevivente daquela época, que representa um corpo grávido usando um capacete marcial.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103940-dna-revela-que-famosa-sepultura-militar-viking-pertencia-a-uma-mulher.htm" target="_blank">DNA revela que famosa sepultura militar viking pertencia a uma mulher</a></li></ul>Além da peça arqueológica — que pode simbolizar força ou poder — a pesquisa também se baseou em informações de várias áreas do conhecimento, como palavras e histórias antigas sobre gravidez nos textos nórdicos antigos e vestígios de sepultamento de mulheres que possivelmente morreram em decorrência do parto.<h2>Analisando a gravidez em fontes nórdicas antigas</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22112546354203.jpg" alt="711d71b933764dfad44bf72c06a51297GKUZMW3E3VySaftt-0.jpeg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22112546947204.jpg 211w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22112547150205.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22112547182206.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22112547400207.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Estatueta Aska que retrata uma suposta guerreira viking grávida. (Fonte: Marianne Hem Eriksen et al., Revista Arqueológica de Cambridge, 2025/Divulgação)</figcaption></figure>Em um comunicado, a coautora Katherine Marie Olley, professora da Universidade de Nottingham, explica: “Usar textos em nórdico antigo para iluminar as crenças da Era Viking é difícil porque os manuscritos sobreviventes datam de bem depois”. Neles, alguns termos como “barriga cheia”, “descarregar” e "não caminhar mais como uma mulher sozinha" são vislumbres que simbolizavam a experiência feminina. &nbsp;As sagas examinadas revelam comportamentos atípicos de mulheres grávidas, que contrastam com estereótipos de passividade. Em um desses relatos, uma mulher chamada Freydis é impedida de fugir dos seus agressores pelo seu estado de gravidez avançada. Assim, resolve enfrentá-los: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112670-pesquisadores-recriam-rosto-de-guerreira-viking.htm" target="_blank">desnuda o próprio peito e o golpeia com uma espada, intimidando seus inimigos</a>.A estatueta de prata da mulher grávida usando capacete e protetor nasal reforça essas representações de mulheres gestantes ativas e combativas. Embora não se queira criar narrativas simplificadas sobre guerreiras grávidas, Olley ressalta que os corpos grávidos daquela época não eram passivos ou pacificados,&nbsp;<h2>Visão filosófica e política da gravidez através dos tempos</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22113456740219.jpg" alt="GettyImages-1418218874.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22113456599218.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22113456818220.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22113456928221.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/22/22113456975222.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Sem corpos grávidos, nenhum de nós estaria aqui. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Na prática, no entanto, as evidências arqueológicas pouco dizem sobre a gravidez. Entre milhares de sepultamentos, há poucos casos de mães e filhos enterrados juntos, apesar da alta mortalidade obstétrica da época. Nos registros funerários vikings, os bebês são noriamente sub-representados, uma ausência que levanta questões sobre práticas funerárias diferenciadas e destinos não desconhecidos dos recém-nascidos mortos.Para a líder da pesquisa, Marianne Hem Eriksen, professora da Universidade de Leicester, a gravidez também expunha mulheres à vulnerabilidade social. As legislações vikings não só consideravam a gestação como um “defeito” em escravas negociadas, como os filhos de povos escravizados eram propriedade dos seus senhores, explica a arqueóloga. &nbsp;Conheça: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121392-6-fatos-surpreendentes-sobre-a-gravidez-que-voce-nao-sabia.htm" target="_blank">Seis fatos surpreendentes sobre a gravidez que você não sabia</a>Segundo o estudo, as questões colocadas não se limitam ao período Viking. O objetivo geral é centrar a gravidez no centro das preocupações filosóficas e políticas da arqueologia contemporânea. “É quase banal dizer isso, mas a gravidez é uma necessidade absoluta para todas as formas de reprodução, demográficas, sociais, econômicas e políticas. Sem corpos grávidos, nenhum de nós estaria aqui”, conclui Eriksen.&nbsp;Para além da arqueologia, repense como encaramos a gravidez na história e na atualidade. Compartilhe este artigo e ajude a ampliar o debate sobre corpos, identidades e direitos invisibilizados ao longo do tempo. Nesse contexto, leia: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404581-dna-do-brasil-revela-exclusao-genetica-e-uma-miscigenacao-violenta-no-pais.htm" target="_blank">DNA do Brasil revela exclusão genética e uma miscigenação violenta no país</a>.

Como era estar grávida na Era Viking? Estudo explica política do útero

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Análise do sequenciamento do material genético de 2.723 pessoas brasileiras mostram uma composição menos europeia e mais violenta do que se pensava.

Um estudo recente, liderado por um consórcio de pesquisadores brasileiros, pretendia, a princípio, mapear variantes genéticas relevantes para o metabolismo de fármacos e, assim, aprimorar a medicina de precisão no Brasil. Para isso, a equipe analisou o genoma completo de 2 723 participantes distribuídos por todas as regiões do país, compondo uma das maiores coortes genômicas latino-americanas já reunidas.No entanto, ao vasculhar o DNA atrás de mutações que ajudam a explicar por que certos remédios funcionam bem para uns e fazem mal para outros, os cientistas acabaram se deparando com um relato triste, e profundamente incômodo, das origens da população brasileira: celebrada como romântica e harmoniosa, a miscigenação do país revela marcas de violência sistemática.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204386-sequenciamento-genetico-usp-mostra-futuro-humano.htm" target="_blank">Sequenciamento genético da USP mostra o futuro do ser humano</a></li></ul>Primeira autora do artigo publicado na revista Science, Lygia da Veiga Pereira, geneticista da Universidade de São Paulo (USP), explica em comunicado que, até uma década atrás, 80% dos dados genéticos humanos vinham só de europeus, reflexo de pesquisas concentradas no Hemisfério Norte e no Sul-Sudeste brasileiros, menos miscigenados. Para corrigir essa lacuna, ela idealizou o projeto DNA do Brasil, apoiado pelo Ministério da Saúde.&nbsp;<h2>Traços de violência no DNA do Brasil</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18154908953010.jpg" alt="GettyImages-1018966390.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18154909047013.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18154909032011.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18154909110014.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18154909032012.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O DNA mitocondrial herdado exclusivamente da mãe trouxe herança 42 % africana e 35 % indígena. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A busca por variantes genéticas novas nos 2.723 genomas completos de alta cobertura da população brasileira superou todas as expectativas, conta a coautora Tábita Hünemeier, da USP. “Detectamos 78 milhões de variantes, um valor muito alto, dos quais quase 9 milhões não tinham registro em nenhum outro banco de dados”, afirmou a geneticista, destacando a inclusão de grupos genomicamente negligenciados.Definindo a colonização da América como o maior deslocamento populacional na história humana, os autores relembram que, no Brasil, 5 milhões de europeus e 5 milhões de africanos escravizados se juntaram aos cerca de 10 milhões de indígenas existentes. Estes povos, que falavam mais de mil idiomas, foram eliminados <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119005-relatorio-figueiredo-o-documento-que-expos-o-genocidio-dos-indios.htm">em um extermínio que chegou a 83% da população no interior do país e 98% no litoral.</a>Os resultados da estrutura genética mostram que a linhagem paterna, expressa no cromossomo Y, é 71% europeia, ao passo que o DNA mitocondrial (herdado exclusivamente da mãe) traz uma herança 42% africana e 35% indígena. Isso revela uma mistura não equilibrada, na qual homens europeus tiveram filhos, muitas vezes à força, com mulheres indígenas ou africanas escravizadas, explica Hünemeier no comunicado.<h2>Impactos da realidade genômica brasileira na saúde pública</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18155925036015.jpg" alt="GettyImages-2170242144.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18155925051016.jpg 222w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18155925223018.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18155925223017.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/18/18155925254019.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A medicina de precisão tem que promover a inclusão dos grupos segregados no passado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Os resultados da pesquisa de larga escala têm implicações éticas e sociais, que vão além do contexto farmacogenômico. Primeiramente, mostram que populações negras e indígenas no Brasil enfrentam, além de desigualdade socioeconômicas, consequência de seus perfis genéticos peculiares, que podem alterar a eficácia ou a toxidade de medicamentos calibrados para populações europeias.&nbsp;Em segundo lugar, os achados evidenciam a necessidade de políticas de reparação que considerem tanto o passado brutal quanto as consequências biomédicas contemporâneas dessa violência. O DNA revelou que a miscigenação brasileira não foi a festa de integração cultural apregoada, mas uma fusão forçada sob violência colonial, reproduzida ao longo de séculos.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121534-o-que-teria-acontecido-se-colombo-nao-tivesse-descoberto-a-america.htm" target="_blank">O que teria acontecido se Colombo não tivesse descoberto a América?</a></li></ul>Reconhecer essa realidade biológica não é mera questão de memória: é pré-requisito para políticas de reparação e para que a medicina de precisão não repita, em escala molecular, as injustiças do passado. “É muito bonito enxergar no DNA o que já sabíamos dos livros de história”, conclui Lygia da Veiga Pereira. Talvez nem tanto.Quer mudar esse retrato triste do Brasil? Compartilhe esta matéria nas redes sociais, cobre mais pesquisa inclusiva e apoie iniciativas que ampliem o acesso de povos indígenas e negros à ciência e à saúde de precisão. Conheça também <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/273036-falta-conectividade-pessoas-pretas-pobres-perifericas-ainda-desafio.htm" target="_blank">o desafio da falta de conectividade para pessoas pretas, pobres e periféricas</a>.

DNA do Brasil revela exclusão genética e uma miscigenação violenta no país

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Palavra em grego que significa “vaso para entornar”, o ríton era um copo muito utilizado em rituais e simpósios (festas com música e consumo de vinho)..

Sonho de qualquer especialista em happy hour, um copo cerimonial grego de 2,3 mil anos, apresenta um design curioso: uma abertura maior e mais larga em cima, por onde a bebida (vinho, água ou mel) é introduzida, e uma abertura menor na ponta afunilada, geralmente em forma de cabeça de um animal, onde o líquido sai, em um jato fino, para a pessoa beber.&nbsp;Chamado de ríton, esse recipiente para líquidos foi largamente utilizado na antiguidade, particularmente nas culturas grega, persa, trácia e outras civilizações mediterrâneas e do Oriente Próximo. O seu design inclinado exige que o líquido seja consumido rapidamente, mas não bebido e sim entornado, tanto em altares durante libações aos deuses, quanto nas bocas sedentas de frequentadores dos simpósios, literalmente “reuniões de bebedores”.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125057-6-deuses-ancestrais-ligados-a-festas-bebidas-e-prazeres-carnais.htm" target="_blank">Seis deuses ancestrais ligados a festas, bebidas e prazeres carnais</a></li></ul>Um dos exemplares mais famosos desse tipo de objeto, o Ríton da Apúlia, exposto na Getty Villa, um museu em Malibu, nos EUA, é um copo de terracota em forma de cabeça de cachorro. Originário da Apúlia (Puglia em italiano), o artefato arqueológico foi esculpido entre 340 e 330 a.C., provavelmente na oficina do chamado pintor de Dário, um artista com obras relacionadas ao famoso imperador persa.&nbsp;<h2>Como é o Ríton da Apúlia?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01155752743005.jpg" alt="GettyImages-2207985577.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01155752899007.jpg 149w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01155753087009.jpg 477w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01155752977008.jpg 715w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01155752868006.jpg 953w," sizes="100vw"><figcaption>Ilustração sobre a forma de beber em um ríton. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>O Ríton da Apúlia mede cerca de 20x10 cm e é revestido por esmalte preto, exceto nas orelhas, narinas e olhos do cão, onde o revestimento é diluído. Na parte de cima, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403698-por-que-as-harpias-eram-as-personagens-mais-fedidas-da-mitologia-grega.htm" target="_blank">um sátiro (figura mitológica meio homem, meio bode) segura um prato e um cajado</a>, entre padrões de folhas e ovos. O rosto do cão, que é a base do ríton, é de uma raça da Lacônia, região de Esparta.A escolha do cão lacônico não foi por acaso. O animal era conhecido por ser um cão de caça veloz, silencioso e muito eficaz, valorizado por não latir à toa, qualidades admiradas no ideal espartano. Como não tinha uma base plana, o ríton não podia ser apoiado em superfícies, indicando um uso dinâmico em festas ou cerimônias. Sua forma é uma evolução dos icônicos chifres da Idade do Bronze.Além de servir bebidas em festas, os rítons eram usados em rituais para derramar oferendas (vinho, óleo ou sangue) aos deuses. Embora cães fossem mais comuns, cabeças de cavalos, veados, leões e criaturas míticas (como grifos) também adornavam esses vasos. Na cultura grega, objetos muitas vezes juntavam sua função prática com significados culturais e religiosos.&nbsp;<h2>Significados do Ríton de Apúlia</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01160141005011.jpg" alt="GettyImages-163977208.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01160140973010.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01160141051013.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01160141051012.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/01/01160141083014.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Esparta era vista como um símbolo de disciplina, coragem e simplicidade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Beber vinho diretamente do focinho de um cão lacônico mostra a forte influência da cultura grega no sudeste da Itália, o “calcanhar da bota”. Essa região fazia parte da chamada Magna Grécia, pois era colonizada por gregos. A cerâmica apúlia, principalmente as figuras vermelhas, eram famosas por sua durabilidade e detalhes artísticos.Apesar de geograficamente distante, Esparta era vista como um símbolo de valores ideais, como disciplina, coragem e simplicidade, características que refletiam além de suas fronteiras. Por isso, representar um cão lacônico em um objeto de luxo, como o ríton, não só elevava o status do dono, como o distinguia nas festas (simpósios), onde os valores gregos eram celebrados.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404177-capital-perdida-de-alexandre-o-grande-pode-ter-sido-achada-por-arqueologos.htm" target="_blank">Capital perdida de Alexandre, o Grande, pode ter sido achada por arqueólogos</a></li></ul>Essa "conexão espartana" eternizada em um ríton apúlio mostra como as colônias gregas reinterpretavam alguns elementos da Grécia continental, misturando identidade local com referências aos centros de poder. Mais do que um motivo estético, o cão lacônico surge como um símbolo de força e sofisticação cultural, integrado à produção cerâmica na Itália.O que você achou de um copo com entrada grande para bebidas e saída estratégica para “entornar"? Comente nas redes sociais e aproveite para compartilhar esta matéria com seus amigos frequentadores de simpósios. Conheça também <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/6-curiosidades-que-desafiam-a-visao-tradicional-sobre-a-historia-de-esparta" target="_blank">seis curiosidades que desafiam a visão tradicional sobre a história de Esparta</a>.

Ríton da Apúlia: por que copo com cara de cão era chique na Grécia Antiga?

Várias televisões de tubo lado a lado com a imagem "50" em vermelho na tela. Acima, a logo da Semp Toshiba

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Empresa criada em parceria de marca japonesa com brasileira foi referência por décadas até ser desfeita em 2016 

O mercado brasileiro de televisores era particularmente bastante disputado entre as décadas de 1980 e 2000. Várias fabricantes nacionais e estrangeiras disputavam espaço, aproveitando a alta demanda e novidades tecnológicas que surgiam rapidamente.Entre esses nomes, um deles era a união entre duas companhias que juntaram forças para se transformar em uma referência não apenas em TVs, mas também em outros eletrônicos e até dispositivos de informática. É a Semp Toshiba, parceria de uma fabricante japonesa com uma brasileira que por décadas foi referência por aqui.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090232930014.jpg" alt="A logo da Semp Toshiba" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090232836010.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090232899013.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090232836012.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090232836011.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Imagem: Divulgação/Semp Toshiba</figcaption></figure><ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/289552-fim-levaram-celulares-sony-ericsson.htm">Que fim levaram os celulares da Sony Ericsson? Famosa nos anos 2000, a marca desapareceu</a></li></ul>Com o passar dos anos, entretanto, esse nome começou a ficar cada vez mais raro — e, há quase dez anos, a Semp agora até aparece associada com outra fabricante. Quer saber o que aconteceu com essa união antes tão marcante? O TecMundo relembra abaixo a origem, o auge e qual o atual paradeiro dessa marca.<h2>As origens da Semp e da Toshiba</h2>A Semp Toshiba foi uma marca que, sob esse nome, existiu apenas no Brasil. Isso porque ela é uma joint-venture (parceria corporativa) entre duas fabricantes: a tradicional companhia japonesa Toshiba e a pioneira brasileira Semp.A Toshiba <a href="https://www.youtube.com/watch?v=KJi2Io_nkJ4">surge em 1939 pela união de dois empreendimentos locais</a>. Um deles era a Tanaka Seisakusho, um laboratório de engenharia e trabalhos mecânicos iniciado em 1875 por Tanaka Hisashige, um inventor de renome na região. Ela foi a primeira a fazer um telégrafo no país. O outro era a Tokyo Denki, uma empresa de lâmpadas elétricas.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090937160025.jpg" alt="notebook-toshiba-1100.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090937207026.jpg 163w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090937223027.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090937426028.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>O T1100 da Toshiba, de 1985, é considerado o primeiro notebook do mundo fabricado em massa. (Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)</figcaption></figure>Apesar de começar a vida fabricando produtos para uso militar, a Tokyo Shibaura Denki, ou Toshiba, logo se destacou nos eletrônicos para casas. Ao longo das décadas, ela se tornou relevante em segmentos como notebooks, televisores e memórias, entre outros.&nbsp;A Semp foi fundada em 1942 por Affonso Brandão Hennel e significa Sociedade Eletromercantil Paulista. Ela foi a primeira a fabricar um rádio e uma televisão no país (tanto em preto e branco quanto a cores), entrando no imaginário do brasileiro por diferentes gerações.&nbsp;<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090233293015.jpg" alt="Um antigo anúncio de revista de um rádio PT-76 da Semp. Ao lado de uma imagem do aparelho, o rosto de uma mulher de batom sorridente." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090233325016.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090233387018.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090233387017.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28090233387019.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O PT-76 ou “capelinha”, um dos rádios mais lembrados da Semp. (Imagem: Reprodução/Rossini Ferreira)</figcaption></figure>Mas em que ponto da história elas se juntam? A Toshiba chegou oficialmente ao Brasil em 1968 para atuar no setor de energia elétrica, mas logo percebeu que poderia crescer em eletrônicos graças a uma parceira local. A união que originou a Semp Toshiba começou em 1977 e, assim, nascia uma amizade que duraria décadas e movimentaria a indústria nacional.<h2>Crescimento e estabilização no Brasil</h2>A partir da década de 1980, a Semp Toshiba se transformou em uma das maiores empresas de eletroeletrônicos do país com a mistura do investimento estrangeiro e o conhecimento do mercado local.&nbsp;Em TVs, além da alta variedade à venda, o grupo foi o pioneiro no país em lançar modelos preparados para transmissão em alta definição e uma linha LCD com conversor de sinal digital embutido.<ul><li>Confira ainda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/celular/403558-marcas-de-celulares-que-fizeram-sucesso-no-brasil-e-nao-existem-mais.htm">Marcas de celulares que fizeram sucesso no Brasil e não existem mais</a></li></ul>Além do seu principal segmento, que era o de televisores, ela fabricou também ao longo dos anos aparelhos de DVD, radio-gravadores, videocassetes, home theaters, telefones sem fio, e muitos outros produtos. Até acessórios como o controle-remoto Lumina, aquele que brilha no escuro, viraram clássicos.Na década de 2000, ela liderou o mercado brasileiro de televisores com modelos de diferentes tamanhos e tecnologias. A marca também chamava atenção pelo marketing: as propagandas com o slogan "Os nossos japoneses são mais criativos que os outros" marcaram época e hoje sobrevivem postados no YouTube.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/DIeGV6SNFcw?si=T8G1z_wgxHR7hOXG" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Ela ainda se arriscou nas áreas de informática e telefonia móvel a partir do selo Semp Toshiba Info, ou STI. Ela foi menos conhecida, mas ajudava em um terço do faturamento do grupo e esteve presente por anos em território nacional.<h2>A separação entre Semp e Toshiba</h2>O casamento duradouro das duas companhias começou a ser abalado por vários motivos, com destaque para dois acontecimentos: o aumento da concorrência no segmento de televisores e as dificuldades encontradas pelo lado japonês da parceria.A fase da marca japonesa não era mesmo das melhores. Ela fez um investimento caro e mal sucedido em energia nuclear no começo que <a href="https://www.tecmundo.com.br/toshiba/92068-crise-toshiba-anuncia-demissao-7-mil-funcionarios.htm">gerou problemas no orçamento e rendeu demissões</a>. Além disso, em 2015 ela se envolveu em um escândalo fiscal que prejudicou a imagem da marca.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/401243-pesando-200-kg-maior-tv-de-tubo-do-mundo-e-salva-da-destruicao-no-japao.htm">Pesando 200 kg, 'maior TV de tubo do mundo' é salva da destruição no Japão</a></li></ul>Com forma de salvar ao menos alguns dos negócios, ela começou a se desfazer de divisões inteiras — como a SanDisk, que foi vendida para Western Digital — e parou de fabricar certos produtos. Foi o caso até do seu segmento mais famoso, o de televisores, que <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/124147-toshiba-vende-divisao-televisores-empresa-chinesa.htm">foi abandonado em 2015 e vendido logo depois</a>.A parceria de quatro décadas entre Semp e Toshiba foi encerrada oficialmente em 2016. Meses depois, a brasileira encontrou uma nova aliada para manter as operações: a TCL, uma das rivais modernas da antiga aliada em TVs e já na época uma das maiores do mundo nesse mercado. Nasceu então a TCL Semp, que segue em atividade até os dias de hoje.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091921968036.jpg" alt="A logo da TCL Semp" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091922015038.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091922030039.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091922062040.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091921968037.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A união entre duas marcas voltou a colocar a Semp em evidência após a primeira parceria acabar. (Imagem: Divulgação/TCL)</figcaption></figure>A Semp manteve a fábrica na Zona Franca de Manaus, agora destinada a fabricar produtos como televisores, monitores, celulares (<a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/120711-semp-tcl-comecara-produzir-smartphones-brasil-2018.htm">também sob o nome Alcatel</a>, outra marca que foi adquirida) e aparelhos de ar-condicionado. Em 2023, o contrato da aliança foi renovado.Alguns dos produtos saem apenas com a marca da TCL, mas a linha de TVs é diferente: aqui, o nome nacional da Semp sempre está presente, em especial para passar ao consumidor o ar de autoridade e experiência dessa empresa veterana. Já a Toshiba até teve um retorno tímido em televisores no Brasil em 2021, agora como uma marca licenciada e em parceria com a Multilaser.<ul><li>Aproveite: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm" target="_blank">Cupom de desconto para comprar uma sua TV da TCL na Amazon!</a></li><li>Aproveite: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402758-cupom-mercado-livre-70-off.htm" target="_blank">Cupom de desconto para comprar uma sua TV da TCL no Mercado Livre!</a></li><li>Aproveite: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402697-cupom-casas-bahia-ate-80-off.htm" target="_blank">Cupom de desconto para comprar uma sua TV da TCL na Casas Bahia!</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091922640041.jpg" alt="Duas televisões lado a lado, uma da Semp e outra da Toshiba." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091922655042.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091922843044.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091922843043.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/28/28091922858045.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Agora separadas, Semp e Toshiba voltaram a disputar o mercado brasileiro de TVs. (Imagem: Divulgação/Toshiba/TCL)</figcaption></figure>Quer saber também o que aconteceu com a lendária TVA, a operadora de TV a cabo que fez sucesso nos anos 1990 no Brasil? Então <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/402184-que-fim-levou-a-tva-operadora-de-tv-a-cabo-que-fez-sucesso-nos-anos-90.htm">não perca esse artigo especial do TecMundo</a> sobre a marca!

Que fim levou a Semp Toshiba, uma das líderes do mercado de televisores no Brasil?

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Corpos de soldados romanos é uma descoberta arqueológica rara.

A descoberta de cerca de 150 soldados enterrados às pressas nos arredores de Viena foi considerada pelos arqueólogos como única para toda a história romana.

Considerada sem precedentes na Europa Central, a descoberta casual de uma vala comum em Viena, na Áustria, com restos mortais de supostos guerreiros do Império Romano do século 1, chamou a atenção da comunidade científica. Os corpos de 129 indivíduos, encontrados em outubro de 2024, demonstram como o passado romano continua emergindo em contextos modernos.Desenterrados por uma equipe de trabalhadores da construção civil que reformavam um campo de futebol, no bairro de Simmering, os restos mortais podem estar ligados a “um evento catastrófico em um contexto militar”, segundo especialistas do Museu de Viena. A análise arqueológica da sepultura coletiva, apresentada publicamente na quarta-feira (2), e é um indício do primeiro combate conhecido naquela região.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/o-que-causou-a-queda-do-imperio-romano" target="_blank">O que causou a queda do Império Romano?</a></li></ul>Encontrados entrelaçados, os esqueletos &nbsp;tinham também vários ossos deslocados, um sinal, segundo os arqueólogos, de que o número final de mortos pode ultrapassar 150. Para a líder da escavação, Michaela Binder, "Existem enormes campos de batalha na Alemanha onde as armas foram encontradas. Mas encontrar os mortos, isso é único para toda a história romana”. Isso porque os seus soldados eram normalmente cremados, prática que durou até o século 3.&nbsp;<h2>Comprovando que a vala comum foi um campo de batalha</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04112400033051.jpg" alt="72121373_905.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04112400204054.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04112400142052.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04112400142053.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04112400220055.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption><span style="-webkit-text-stroke-width:0px;display:inline !important;float:none;font-size:14px;font-style:normal;font-variant-caps:normal;font-variant-ligatures:normal;font-weight:400;letter-spacing:normal;orphans:2;text-align:start;text-decoration-color:initial;text-decoration-style:initial;text-decoration-thickness:initial;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;widows:2;word-spacing:0px;">Pessoas trabalhando na escavação da vala comum romana em Viena. (Fonte: A. Slonek/Novetus/Divulgação)</figcaption></figure>A sepultura onde as ossadas foram depositadas indica um enterramento apressado de vítimas de combate. Os esqueletos examinados revelam lesões no crânio, tórax e pelve. Durante a apresentação, a arqueóloga-chefe de Viena, Kristina Adler-Wölfl, explicou: "São diversos ferimentos de batalha, excluindo execução. É um autêntico campo de batalha. Encontramos marcas de espadas, lanças e traumas contusos".Todos os combatentes eram homens, em sua maioria entre os 20 e 30 anos, com boa saúde bucal. A datação por carbono-14 situou os restos humanos entre 80-130 d.C., o que foi confirmado pelos artefatos encontrados junto aos corpos, como armaduras, peças de capacetes e <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/jardim-de-2-mil-anos-do-imperador-caligula-e-descoberto-perto-do-vaticano" target="_blank">as famosas sandálias militares usadas pelos legionários romanos (caligae)</a>.Mas o indício mais revelador veio de uma antiga adaga enferrujada, cuja tipologia é específica das utilizadas em meados do primeiro século até o início do segundo. Esta prova material, somada aos ferimentos identificados e ao perfil demográfico das vítimas, confirma o contexto de confronto militar entre forças romanas e tribos germânicas naquela região.<h2>A descoberta do assentamento inicial de Viena</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04113334890081.jpg" alt="GettyImages-1780560596.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04113334765078.jpg 209w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04113334905082.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04113334843079.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/04/04113334843080.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A descoberta foi feita na região sudeste de Viena,, na margem direita do rio Danúbio. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Com as pesquisas em andamento, por enquanto, apenas um dos 129 indivíduos teve, até agora, confirmação clara de que era um soldado romano, identificado por seus equipamentos militares característicos. Quanto aos demais corpos, a expectativa dos arqueólogos é que análises de DNA antigo e de isótopos de estrôncio nos dentes e ossos ajudem a revelar origens geográficas e a afiliação militar das vítimas.Para Adler-Wölfl, "A teoria mais provável no momento é que isso está ligado às campanhas do Danúbio do imperador Domiciano - que é de 86 a 96 d.C.". Baseada em artefatos e datações preliminares, a hipótese sugere que os corpos pertenciam a um evento militar entre romanos e germânicos.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401562-contaminacao-por-chumbo-pode-ter-levado-a-queda-do-imperio-romano.htm" target="_blank">Contaminação por chumbo pode ter levado à queda do Império Romano</a></li></ul>Além da vala, foram identificadas estruturas da fundação de Vindobona, o assentamento romano precursor da capital austríaca. Para os arqueólogos, essa descoberta em particular ressalta a ocupação contínua da área, vinculando a presença das legiões romanas a um desenvolvimento urbano inicial.Este provável combate acontecido em Viena aconteceu no auge do Império Romano, um período de relativa paz e estabilidade interna. Para conhecer mais sobre essa era, conheça <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/conheca-5-guerras-que-ameacaram-a-pax-romana" target="_blank">cinco guerras que ameaçaram essa Pax Romana</a>.

Misteriosa vala com soldados romanos é descoberta em campo de futebol de Viena

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O amuleto de escaravelho na mão de sua descobridora.

O que parecia apenas uma pedrinha se revelou um importante amuleto de selo da Idade do Bronze Médio em forma de um escaravelho, com idade estimada em 3,8 mil anos.

Descobertas arqueológicas importantes nem sempre dependem de altos investimentos em radares, drones e magnetômetros. Algumas vezes, basta uma garotinha com sorte. Em anúncio recente, a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) comunicou a descoberta de um antigo amuleto de selo da Idade do Bronze Médio por uma garotinha de 3,5 anos.Segundo o comunicado da IAA, a menina Ziv Nitzan viajava com sua família para Tel Azeka, um sítio arqueológico conhecido por seu significado bíblico. Foi perto dali, no Vale de Elá, que teria ocorrido o épico confronto entre o gigante Golias e Davi, então um adolescente. "Estávamos caminhando pela trilha, quando Ziv se abaixou e, de todas as pedras que estavam ao seu lado, pegou essa", explica Omer, irmã mais velha da garota, no site da IAA.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117004-golias-da-historia-biblica-de-davi-nao-teria-sido-um-gigante.htm" target="_blank">Golias, da história bíblica de Davi, não teria sido um gigante</a></li></ul>Assim que retiraram a areia, as irmãs logo viram que havia alguma coisa diferente na peça. Quando os pais se juntaram às filhas, perceberam que a bela pedra, com a escultura de um escaravelho, era na verdade um achado arqueológico, e comunicaram imediatamente o fato à Autoridade de Antiguidades de Israel.<h2>O que é um amuleto de selo de escaravelho?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103247826077.jpg" alt="1imagem.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103247686076.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103247842079.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103247826078.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103247873080.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Escaravelhos funcionavam como amuletos para proteção e selos autenticadores. (Fonte: Emil Aljem/Autoridade de Antiguidades de Israel/Divulgação)</figcaption></figure>Geralmente pequeno, medindo entre um e três centímetros, os amuletos de selo usados na Idade do Bronze (entre 3300 e 1200 a.C.) eram objetos com múltiplas funções, tanto práticas quanto religiosas. Além da proteção mágica (amulética), ele também servia para autenticar documentos, como um moderno cartão de crédito, além de ser usado como joia ou adorno pessoal, e símbolo de status social do seu dono.&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124159-6-impressionantes-animais-mumificados-do-egito-antigo.htm" target="_blank">No caso específico dos amuletos de escaravelho</a>, eles remontam ao Egito antigo, onde o besouro representava o deus Khepri e simbolizava renascimento e regeneração. No comunicado da IAA, a Dra. Daphna Ben-Tor, especialista na área, explica que escaravelhos “eram encontrados em sepulturas, prédios públicos e casas particulares. Às vezes, carregam símbolos e mensagens que refletem crenças ou status religiosos”.Após examinar o artefato encontrado em Tel Azeka, Ben-Tor confirmou sua afiliação cultural aos cananeus, habitantes de cidades-estado no Levante (hoje Israel, Palestina, Líbano, partes da Síria e Jordânia) antes da chegada dos israelitas a Tel Azeka, mencionado-a na Bíblia como uma cidade fortificada estrategicamente localizada no Vale de Elá.<h2>Qual a importância da descoberta do escaravelho egípcio em Israel?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103415775084.jpg" alt="2imagem.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103415619081.jpg 208w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103415713082.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103416056085.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/03/03103415775083.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Arqueólogos da IAA em torno das irmãs Noga, Ziv e Omer Nitzan, que encontraram o amuleto. (Fonte: Emil Aladjem/Autoridade de Antiguidades de Israel/Divulgação)</figcaption></figure>O local onde Ziv encontrou o amuleto de selo de escaravelho já havia sido escavado, durante 15 anos, por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv. Segundo o diretor de escavação, professor Prof. Oded Lipschits, os resultados “mostram que, durante a Idade do Bronze Médio e o Bronze Tardio [2000-1000 a.C.], aqui em Tel Azeka, prosperou uma das cidades mais importantes das Terras Baixas da Judeia".Para Lipschits, essa descoberta não é somente sobre um artefato, mas também sobre como Canaã era um mosaico de culturas conectadas ao mundo mediterrâneo e egípcio, muito antes dos reinos de Israel e Judá. A presença do objeto na Vale de Elá apenas atesta “os laços estreitos e as influências culturais entre Canaã e Egito durante esse período", explica ele no site da IAA.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115899-fortaleza-egipcia-em-israel-pode-contar-mais-sobre-os-conflitos-em-canaa.htm" target="_blank">Fortaleza egípcia em Israel pode contar mais sobre os conflitos em Canaã</a></li></ul>Quem quiser conhecer o famoso escaravelho de Tel Azeka, poderá vê-lo em uma exposição especial da Páscoa, que será realizada pela IAA em sua sede, no Campus Nacional Jay e Jeanie Schottenstein para a Arqueologia de Israel, em Jerusalém, ao lado de outros itens como “selos dos faraós, estátuas egípcias, vasos rituais e evidências da influência cultural egípcia na Terra de Israel", anuncia o diretor da IAA, Eli Escusido, no comunicado.Curtiu essa descoberta arqueológica feita por acaso? Compartilhe a matéria com seus amigos e seguidores nas redes sociais, e veja mais sobre história egípcia em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403633-nova-tumba-real-e-achada-no-egito-nome-do-farao-estava-apagado-e-ainda-e-desconhecido.htm" target="_blank">Nova tumba real é achada no Egito, mas o nome do faraó estava apagado e ainda é desconhecido</a>. &nbsp;

Menina de três anos acha selo de Canaã no vale onde Davi matou Golias

Uma máquina de fax na cor branca com uma folha na abertura de leitura de documentos, em cima de uma mesa branca de escritório.

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Método de mandar cartas e contratos bombou em casas e escritórios na década de 1980, mas há anos ficou bem menos popular; relembre!

Imagine a seguinte situação: você tem um documento impresso em mãos e precisa enviar para outra pessoa. A solução mais óbvia hoje em dia é tirar uma foto desse pedaço de papel e mandá-lo por canais como email, mensageiros ou via armazenamento na nuvem.Porém, a solução mais usada para esse tipo de situação anos atrás envolvia o aparelho de fax, cujo visual para quem não viveu a época parece um estranho híbrido entre telefone fixo, scanner e impressora.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/401105-que-fim-levou-o-walkman-o-tocador-de-musica-descolado-da-sony.htm">Que fim levou o Walkman, o tocador de música 'descolado' da Sony?</a></li></ul>Por mais que hoje pareça obsoleto, o sistema de fax já foi essencial para áreas inteiras da sociedade. E, assim como outras tecnologias que já pareciam mortas para boa parte do público, ele segue com uma base fiel que ainda confia no formato mesmo com tantas outras opções no mercado. A seguir, veja como foi toda essa transição.<h2>Como funciona um aparelho de fax?</h2>O fax é uma forma de comunicação entre dois aparelhos eletrônicos que envia documentos em papel e usando a linha telefônica. O nome fax é uma redução de facsimile, palavra derivada do latim que significa "fazer algo parecido". Ou seja, um facsímile é uma cópia ou uma reprodução de um documento original em papel, como um livro, um contrato ou uma carta.O funcionamento clássico dele é bastante intuitivo: primeiro, a pessoa que vai enviar um documento coloca a página física na abertura de leitura e digita o número telefônico que corresponde ao destinatário. Ao fazer a chamada, esse documento é puxado e escaneado pelo aparelho para ser convertido em dados.<ul><li>Se modernize: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm" target="_blank">Aproveite cupom de desconto na Amazon para comprar um computador moderno!</a></li></ul><div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Z4I0nwXwI_U?si=vgS1oga3tEDKF7Zl" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>O aparelho de fax do outro lado da linha recebe a solicitação, "atende" a ligação e começa a imprimir o resultado em um papel que fica armazenado no seu interior. Dessa forma, uma cópia muito parecida do documento original agora está em posse de outra pessoa.<h2>A origem e o 'boom' do fax</h2>Apesar do auge da popularidade ser apenas na década de 1980, a tecnologia de replicação de um conteúdo gráfico é bem mais antiga. Os primeiros registros datam de 1843, antes mesmo da invenção do telefone.Foi o escocês Alexander Bain quem recebeu uma patente de um dispositivo formado por duas unidades, ambas com uma caneta especial na ponta de um pêndulo e uma conexão via telégrafo. Em vez de código Morse, o sinal enviado era de "pontos" por linha, que eram impressos em uma chapa.O experimento de Bain não foi lançado, mas acabou aperfeiçoado ao longo dos anos seguintes por inventores como Giovanni Caselli, que construiu o primeiro modelo comercial em 1863, e Arthur Korn, que em 1902 conseguiu realizar a transmissão de fotografias por meios ópticos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903451008.jpg" alt="À direita, o protótipo da patente de Alexander Bain para uma transmissão de imagem via telégrafo. Ao lado, um retrato do inventor." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903451005.jpg 229w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903544011.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903466009.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903544010.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A patente de Alexander Bain, aperfeiçoada por outros inventores. (Imagem: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>O fax começou a ser usado principalmente por jornais, revistas e agências de publicidade, que precisavam imediatamente de imagens enviadas por fotógrafos e repórteres de outras localidades. Aos poucos, ele também passa a ser adotado por governos para a troca de documentos, assim como escritórios dependentes de arquivos em papel.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/videos/wUehtgZon7c-como-assinar-documentos-no-celular-ou-pc-assistencia-039.htm">Como assinar documentos no celular ou pelo PC? [Assistência Tec]</a></li></ul>A Xerox, responsável também pela criação da fotocópia, foi quem ajudou a consolidar o fax no meio corporativo. Ela lançou em 1964 a tecnologia de transmissão otimizada Long Distance Xerograph (LDX), dois anos depois consolidando esse domínio com o aparelho Magnafax Telecopier.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903451007.jpg" alt="Um anúncio de revista de uma máquina de fax da Xerox, com o texto " srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084902888000.jpg 230w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903341003.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903419004.jpg 750w," sizes="100vw" mail="" letters="" over="" the=""><figcaption>O sucesso da Xerox que ajudou a massificar a tecnologia no meio corporativo. (Imagem: Reprodução/Xerox)</figcaption></figure>Na década de 1970, apenas cerca de 25 mil aparelhos de fax estavam em funcionamento, considerados caros e limitados em uso. O número ficou dez vezes maior na década seguinte e, em 1990, já passa de 5 milhões de unidades ativas.<h2>Afinal, ainda existem aparelhos de fax?</h2>Fabricantes japonesas como Canon, Epson, Panasonic, Brother e Toshiba dominaram o segmento ao lado de rivais ocidentais como a HP. Aos poucos, porém, o aparelho de fax começou a perder popularidade com a chegada de outros meios de comunicação e envio de imagens.O uso de email, a melhoria da qualidade em câmeras compactas (e depois a dos smartphones) e até a maior aceitação de documentos digitais foi ganhando espaço. Fabricantes deixaram de lançar novos modelos, exceto por poucas exceções.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/curiosidade/42055-7-tecnologias-que-sao-mais-velhas-do-que-voce-pensa.htm">7 tecnologias que são mais velhas do que você pensa</a></li></ul>O serviço, porém, não deixou de evoluir em várias frente. No início da vida dos aparelhos de fax, por exemplo, os documentos eram impressos em um papel térmico que ficava em uma bobina no interior do aparelho. As cópias tinham pouca qualidade e, ao longo dos anos, foram substituídas por folhas sulfite comuns e, por fim, em cópias digitais.Atualmente, o envio por modelos mais modernos, que parecem mais impressoras multifuncionais, <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/44228-como-enviar-fax-pela-internet.htm">pode ser feito até pela internet</a> e usando arquivos digitais em vez de cópias físicas. Nem mesmo o dispositivo é necessário, já que plataformas como a eFax enviam esses arquivos até de um smartphone para um aparelho de fax.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084903451006.jpg" alt="Uma máquina moderna de fax da marca Brother." srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084902888001.jpg 238w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/25/25084902888002.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>Um aparelho moderno de fax que imprime, escaneia e faz fotocópias. (Imagem: Divulgação/Brother)</figcaption></figure>E, por incrível que pareça, ele ainda é usado em alguns setores. O Japão, <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/279481-so-governo-japao-abandonar-uso-disquetes-cd-roms.htm#:~:text=O%20governo%20do%20Japão%20finalmente,ganharam%20força%20nos%20últimos%20anos.">também fã da tecnologia nostálgica dos disquetes</a>, recorre ao fax inclusive em setores do governo. Profissionais da saúde, advocacia e do segmento imobiliário também preferem o formato para certos processos.Essa insistência não é apenas teimosia: o fax é considerado mais seguro do que trocas por meios digitais, já que a conexão via linha telefônica é hoje menos visada por invasores. Além disso, o baixo custo e a intuitividade de uso são bem aceitos por quem tem menos familiaridade com tecnologias contemporâneas.<ul><li>Esqueça o fax: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402694-cupom-kabum-ate-75-off.htm" target="_blank">Aproveite cupom de desconto no KaBuM! para comprar um celular moderno!</a></li></ul>O fax, portanto, não deixou de existir completamente, apesar de ser cada vez mais raro ver um aparelho por aí. Essa forma de comunicação hoje é um nicho e está cada vez mais em desuso, mas o formato segue ativo e hoje é possível enviar documentos usando essa tecnologia até mesmo pela internet — justamente o serviço que tentou tomar o seu lugar.Quer saber o que aconteceu com o Google Glass, os óculos inteligentes que prometiam revolucionar o mercado e sumiram de repente? <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/403363-que-fim-levou-o-google-glass-aparelho-futurista-que-ia-substituir-os-smartphones.htm">Confira esse artigo especial no site do TecMundo</a>!

Que fim levou o fax, a tecnologia de enviar documentos impressos usando a linha telefônica?

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No túmulo descoberto, a múmia e o sarcófago do faraó haviam sido removidos, provavelmente por ladrões, que também danificaram os textos hieroglíficos com o nome do rei.

Em um ano particularmente “produtivo” para a arqueologia egípcia, mais uma enorme tumba de faraó foi desenterrada em uma necrópole pouco mais de um mês após o anúncio da descoberta da sepultura perdida de Tutmés II. Mas enquanto o governante da XVIII dinastia teve seu nome confirmado, o ocupante do túmulo atual não foi identificado.Segundo um comunicado do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, a descoberta foi feita por uma equipe arqueológica egípcia-americana na necrópole da Colina de Anúbis, no sul do país, no sítio arqueológico de Ábidos. A antiga cidade era um importante centro religioso especialmente ligado ao culto de Osíris, o deus dos mortos, do submundo e da ressurreição.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402776-tumulo-de-tutmes-ii-egito-anuncia-maior-descoberta-desde-tutancamon.htm" target="_blank">Túmulo de Tutmés II é anunciado pelo Egito como maior descoberta desde Tutancâmon</a></li></ul>Estimada pelos pesquisadores como tendo 3,6 mil anos, a tumba foi encontrada na base de um alto penhasco desértico, a quase sete metros de profundidade. Conhecida como local de sepultamento para os primeiros faraós, Ábidos fica perto da moderna cidade de Sohag, localizada no Alto Egito, na margem esquerda (oeste) do rio Nilo.<h2>Como é a tumba do faraó desconhecido?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203357720006.jpg" alt="41_2025-638775971166506935-650.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203357767009.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203357720005.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203357720007.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203357720008.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A tumba do faraó desconhecido tem abóbadas de tijolos de barro com cinco metros de altura. (Fonte: Ministério Egípcio do Turismo e Antiguidades/Divulgação)</figcaption></figure><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401438-arqueologos-encontram-tumba-de-4-mil-anos-de-medico-especialista-em-venenos.htm" target="_blank">A tumba recém-descoberta em Ábidos apresenta características impressionantes</a>, com uma entrada decorada, múltiplos cômodos e abóbadas de tijolos de barro com quase cinco metros de altura. As paredes são adornadas com cenas pintadas das deusas Ísis e Néftis, o que adiciona mais valor histórico e arqueológico à descoberta.&nbsp;Semelhanças com a tumba de Seneb-Kay, encontrada em 2014, levaram os arqueólogos a acreditar que o faraó ainda desconhecido pode ter pertencido à dinastia “perdida” de Ábidos. Mas, como foi saqueada ao longo dos séculos por ladrões de túmulos, a tumba perdeu grande parte de seu conteúdo original, incluindo um recesso destinado a jarros canópicos, destinados a armazenar órgãos, agora completamente vazio.O que mais frustrou os pesquisadores, no entanto, foi que, além de espoliar, os ladrões de túmulos tornaram ilegível o nome do governante sepultado. “Eles causaram danos suficientes à decoração para que agora tenhamos apenas a base do que seriam as colunas de texto de identificação”, explicou ao The New York Times o líder do lado americano da expedição, Josef Wegner, curador do Penn Museum da Filadélfia.<h2>Como era o Egito na época da construção da tumba do faraó desconhecido?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203902614015.jpg" alt="GettyImages-694064554.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203902677016.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203902708018.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203902692017.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27203902708019.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Na época em que a tumba foi construída, o Egito era dominado por faraós guerreiros. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Estima-se que a tumba derive do Segundo Período Intermediário, que durou de 1630 a 1540 a.C., e foi marcado por uma complexa divisão política no Egito. No Baixo Egito (Norte), os hicsos ("governantes de terras estrangeiras" em grego) estabeleceram seu domínio, trazendo contribuições culturais e tecnológicas, como a introdução do cavalo e da carruagem. Esses invasores asiáticos transformaram profundamente a parte norte do Antigo Egito.Enquanto isso, o Alto Egito, na parte sul do país, era governado por uma dinastia local de reis que acabaram sucumbindo à invasão dos hicsos. A falta de registros históricos tornava a chamada dinastia de Ábidos um mistério, até a descoberta da tumba do rei Senebkay em 2014, que ofereceu um raro vislumbre sobre aquele período da história egípcia.Para Wegner, foi uma era caracterizada por intensa instabilidade política e econômica, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124828-arqueologos-encontram-trofeus-de-guerra-macabros-no-egito-antigo.htm" target="_blank">dominada por “faraós guerreiros” em constante conflito</a>. Nesse cenário, líderes como Senebkay possivelmente morriam em combate. Paradoxalmente, esse período turbulento serviu como um “laboratório” para o Novo Reino, que fez do Egito uma potência regional.<h2>Implicações da descoberta da nova tumba</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27204036226021.jpg" alt="030aec2c6e7bd0ad3fe16c9a02ff5b17cc90a07f.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27204036194020.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27204036241022.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27204036257023.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/27/27204036272024.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Arqueólogos e pesquisadores no local do túmulo recém-descoberto em Ábidos. (Fonte: Josef Wegner/Penn Museum/Divulgação)</figcaption></figure>Para Wegner, "as novas descobertas sugeriram que a dinastia de Ábidos não foi uma espécie de fenômeno passageiro onde você tem um punhado de reis se separando do território original a que pertenciam", explicou ele ao The New York Times. Mesmo sem ter seus nomes conhecidos, “o uso do título de 'rei' sugere que eles tinham aspirações a algo maior”, conclui o arqueólogo Matthew Adam, que não participou da pesquisa, à publicação americana.Wegner indica que dois reis que deixaram monumentos em Abidos, Senaiib e Paentjeni, são elegíveis para terem sido os ocupantes da tumba recém-descoberta, uma vez que os seus locais de sepultamento permanecem até hoje desconhecidos.&nbsp;<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403510-a-piramide-de-quefren-esta-mesmo-em-cima-de-uma-cidade-subterranea-entenda.htm" target="_blank">A pirâmide de Quéfren está mesmo em cima de uma cidade subterrânea?</a></li></ul>Em sua declaração, o curador do Penn Museum assume dois compromissos importantes: gerenciar e proteger o local arqueológico descoberto e continuar escavando a área em busca de outras tumbas. “É sempre nosso sonho encontrar uma que esteja intacta ou parcialmente intacta”, afirma o arqueólogo. “Ainda pode haver tumbas como essa”.&nbsp;O que você achou da descoberta de duas tumbas de faraós no período de um mês, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128865-voce-sabia-que-tutancamon-tinha-pe-torto-e-seus-pais-eram-irmaos.htm" target="_blank">depois de mais de cem anos decorridos da descoberta da múmia de Tutancâmon</a>? 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Nova tumba real é achada no Egito; nome do faraó estava apagado e ainda é desconhecido

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A experiência com estátuas na Roma e na Grécia antigas era olfativa.

O estudo afirma que a experiência com estátuas no mundo antigo não se limitava à contemplação visual, mas incluía tocá-las e cheirá-las. 

Para quem acha entediante visitar um museu repleto de obras de arte greco-romanas, pelo visual monocromático e sem vida, uma nova pesquisa sobre essas esculturas revela um aspecto até então desconhecido. Além de extremamente coloridas e outros detalhes vibrantes, elas também eram perfumadas, o que teria tornado a experiência do contato “não apenas visual, mas também olfativa”, diz o estudo.&nbsp;Segundo o artigo publicado recentemente na revista Oxford Journal of Archaeology, as obras de arte da Roma e da Grécia antigas não eram apenas objetos de contemplação como hoje. Essas estátuas eram cobertas com substâncias perfumadas, como cera de abelha, óleo de rosa e azeite de oliva. A cobertura não só deixava as esculturas com um cheiro agradável, como possivelmente protegia a pintura e a integridade dos materiais contra degradação.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/por-que-ha-tantas-estatuas-romanas-sem-cabeca" target="_blank">Por que há tantas estátuas romanas sem cabeça?</a></li></ul>O uso de perfumes no corpo humano e em ambientes era uma prática bem documentada no mundo mediterrâneo antigo. Mas a sua aplicação em esculturas as transformava em uma representação poderosa, quase uma personificação viva integrada à vida social, religiosa e cultural. Isso deve ter permitido interações multissensoriais impensáveis nos dias de hoje.<h2>Como os aromas foram descobertos em estátuas greco-romanas antigas?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122609282128.jpg" alt="GettyImages-516652015.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122609251125.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122609282127.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122609266126.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122609251124.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A escultura de Ártemis era ungida com pomadas aromáticas. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Para a autora do estudo, Cecilie Brøns, pesquisadora e curadora do museu de arte o Ny Carlsberg Glyptotek, em Copenhague, na Dinamarca, a ideia de pesquisar aromas em estátuas clássicas veio de textos antigos. “Alguns autores mencionaram brevemente que as estátuas de culto poderiam ter um cheiro, mas eu não esperava quanta evidência estava realmente lá ao examinar as fontes mais de perto”, explicou ela ao All That’s Interesting.Também arqueóloga, Brøns afirma no estudo que os perfumes tinham uma relevância especial entre as estátuas de divindades. Entre as fontes literárias pesquisadas, o orador romano Cícero descreve, com detalhes, a unção de estátuas com óleos perfumados. Na antiga cidade de Segesta, na Itália, <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124633-o-que-aconteceu-com-as-7-maravilhas-do-mundo-antigo.htm" target="_blank">a escultura da deusa Ártemis era impregnada com pomadas aromáticas, antes de rituais</a>.&nbsp;No santuário de Delos, ilha grega onde, segundo a mitologia, nasceram os deuses gêmeos Apolo e Ártemis, inscrições descrevem os custos e os ingredientes usados para manter perfumadas as estátuas de Ártemis e Hera, como azeites de oliva, cera de abelha, natrão (um mineral desumidificador) e perfumes com aroma de rosas. Embora os métodos variassem, explica Brøns, a prática era comum entre os antigos gregos e romanos.<h2>Os tratamentos para perfumar estátuas em Roma e na Grécia</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122905128130.jpg" alt="GettyImages-87594207.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122905035129.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122905128131.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122905144132.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26122905144133.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A Estátua de Zeus era impregnada com azeite de oliva, para protegê-la da umidade. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>A experiência multissensorial aplicada às esculturas greco-romanas permitia que, durante festivais como o Floralia em Roma, as estátuas pudessem ser enfeitadas com guirlandas perfumadas de rosas e violetas, criando ambientes olfativos envolventes. Durante a modelagem, algumas técnicas usadas pelos escultores, como a chamada ganosis, permitiam o uso de ceras e óleos para preservar a coloração e transmitir fragrâncias agradáveis.Outra prática comum, a kosmesis, não apenas perfumava, como envolvia o revestimento das estátuas com tecidos delicados e joias. O escritor Pausânias documentou que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121084-estatua-de-zeus-em-olimpia-como-esse-monumento-gigantesco-desapareceu.htm" target="_blank">a famosa Estátua de Zeus em Olímpia</a> era regularmente ungida com azeite de oliva para proteger seus componentes de marfim contra a umidade local.Embora os perfumes originais tenham naturalmente se esvaído ao longo do tempo, evidências científicas modernas confirmam essas práticas. Vestígios de cera de abelha detectados no retrato da rainha egípcia Berenice II sugerem banhos de perfume. Os registros arqueológicos de Delos revelam oficinas especializadas na produção desses perfumes usados em rituais.&nbsp;<h2>Qual era a finalidade de perfumar estátuas?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26123130606134.jpg" alt="GettyImages-813291688.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26123130700136.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26123130700137.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26123130638135.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/26/26123130825138.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O estudo convida as pessoas a repensarem sua relação com a arte antiga. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Para Brøns, além usar perfumes em estátuas de culto como uma forma de veneração, “os aromas aumentavam a ilusão de que as estátuas 'estavam vivas'. Essas estátuas foram pintadas em cores realistas, às vezes decoradas com joias e acessórios, bem como tecidos, além de aromas”, afirma a especialista ao All That’s Interesting.&nbsp;Essa sensação de presença real da divindade nas estátuas faz com que a relação com as pessoas se torne profundamente orgânica. Como parte viva da cultura, essas obras não eram “arte” como entendemos hoje, mas manifestações concretas e perceptíveis de realidades míticas, históricas e divinas. &nbsp;<ul><li>Entenda: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125562-como-os-perfumes-sao-feitos-conversamos-com-perfumistas-sobre-a-arte-do-cheiro.htm" target="_blank">Perfumistas falam sobre a arte do cheiro e como os perfumes são feitos</a></li></ul>De certa forma, o estudo de Brøns ressignifica uma percepção moderna de que as estátuas antigas seriam originalmente brancas. Na verdade, da mesma forma que telas de pinturas, elas já foram coloridas, decoradas com pinturas vibrantes, joias, tecidos, flores e, como mostra o estudo, até perfumadas. Trata-se de uma nova forma enxergar a arte antiga muito além da estética atual, incorporando elementos históricos e culturais.Se você gostou desta matéria sobre como as antigas estátuas greco-romanas eram pintadas, adornadas e perfumadas, compartilhe a matéria em suas redes sociais, e investigue também a polêmica sobre a pirâmide de Quéfren. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403510-a-piramide-de-quefren-esta-mesmo-em-cima-de-uma-cidade-subterranea-entenda.htm" target="_blank">Ela está mesmo em cima de uma cidade subterrânea?</a>

Perfume dos deuses: estátuas greco-romanas eram perfumadas, diz estudo

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Cachorro mecânico mostra que os antigos egípcios também cultivavam o amor por esses animais.

Quando pensamos na cultura egípcia, dificilmente lembramos de cachorros, não é mesmo? Mas saiba que esse antigo povo também tinha bastante devoção por esses animais.Um cão mecânico esculpido em marfim, que foi encontrado dentro de uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/102096-pedra-de-roseta-a-chave-que-desvendou-os-segredos-da-civilizacao-egipcia.htm">tumba egípcia</a>, é a prova de que os cães já eram muito amados há pelo menos 3.400 anos.<h2>O cachorro mecânico egípcio</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101541538024.jpg" alt="main-image.jpeg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101541491023.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101541538025.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101541694027.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101541553026.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O cachorro egípcio contém um mecanismo arrojado que o faz mostrar a língua e os dentes. (Fonte: Met Museum / Reprodução)</figcaption></figure>Se você visitar o Metropolitan Museum of Art Fifth Avenue, em Nova York, vai poder admirar uma engenhoca bastante instigante. Trata-se de uma escultura de um cão de caça toda esculpida em marfim projetada para abrir e fechar a boca a partir de uma alavanca situada embaixo do seu peito.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122591-5-mumias-famosas-e-o-que-elas-nos-dizem-sobre-o-mundo-antigo.htm">5 múmias famosas e o que elas nos dizem sobre o mundo antigo</a></li></ul>A alavanca foi originalmente presa por meio de uma tira amarrada no buraco na parte de trás do pescoço e da garganta. Mais tarde, o mecanismo foi alterado para um pino de metal localizado no ombro direito. Quando a sua boca é aberta, dois dentes e uma língua vermelha se tornam visíveis.Mas o mais curioso dessa peça artística é a sua idade: ela provavelmente estava no túmulo de um membro da elite egípcia em algum momento durante o reinado de Amenhotep III, avô do Rei Tut, durante o século XIV a.C.&nbsp;A escultura é toda feita de marfim de elefante e mede cerca de 18,2 centímetros, considerando a distância entre o seu focinho até o fim das pernas esticadas. A obra foi colocada no museu, mas pertencia à coleção pessoal de Howard Carter, <a href="https://www.megacurioso.com.br/acontecimentos-historicos/42849-7-fatos-bizarros-sobre-tutancamon-e-sua-mumia.htm">o egiptólogo que descobriu o túmulo do Rei Tut</a> no Vale dos Reis em 1922. Não se sabe exatamente para que ela servia: pode ter sido um brinquedo ou um objeto cerimonial mágico.<h2>Os egípcios e os cachorros</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101633647033.jpg" alt="main-image (1).jpeg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101633773035.jpg 209w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101633804036.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101633867037.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21101633758034.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Relíquia explicita o apego que os antigos egípcios tinham à figura do cachorro. (Fonte: Met Museum / Reprodução)</figcaption></figure>A verdade é que os antigos egípcios gostavam muito de seus cães. Os animais eram usados para a caça, o pastoreio e a guarda, mas também serviam de estimação. Os historiadores afirmam que a escultura mostra um cão domesticado, já que as linhas incisas ao redor de seu pescoço formam uma coleira.Durante o período do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126729-revelando-o-passado-como-os-antigos-egipcios-redefiniram-o-tempo.htm">Novo Reino do Egito</a> — ocorrido entre 1550 a.C. a 1070 a.C. — os cachorros usavam coleiras que se tornavam cada vez mais ornamentadas. Era comum encontrar coleiras com inscrições do nome do próprio cão. Esse da peça, no entanto, não tem nome. Mas o Met Museum afirma que, entre os nomes mais comuns dos bichos nessa época, estavam Pretinho, Filho da Lua e Bom-para-nada (em traduções livres para o português, claro).<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115518-as-5-historias-mais-incriveis-sobre-o-nascimento-do-egito-antigo.htm">As 5 histórias mais incríveis sobre o nascimento do Egito Antigo</a></li></ul>Também não se sabe ao certo qual seria a raça do cão representado na escultura. Sabe-se, entretanto, que os antigos egípcios tendiam a preferir raças de cães mais cheias de energia, o que incluía ancestrais das raças de caça Basenji, Podengo ibicenco (também chamado de cão de Ibiza) e o chamado Cão do Faraó.Os egípcios também acreditavam que os cães eram ligados ao deus Anúbis e à vida após a morte. Muitas vezes, os animais eram vistos como intermediários entre os mundos dos vivos e dos mortos. Por isso, matar um cão (especialmente se ele estivesse de coleira) era um crime grave.&nbsp;Eles gostavam tanto de seus companheiros que, depois que os cães morriam, eram frequentemente mumificados. Assim, poderiam novamente encontrá-los em outra vida. Pelo visto, os antigos egípcios tinham mais coisas em comum conosco do que imaginávamos.Curtiu esse conteúdo? Aqui no TecMundo você sempre acessa as notícias mais interessantes do ramo da ciência. Siga retornando para acompanhar! &nbsp;

Escultura de cachorro mostra como os antigos egípcios adoravam seus pets

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Imagem de Ldwig van Beethoven em anúncio da sonata Appassionata

A análise genômica de Beethoven revê uma série de fatores de risco genéticos para doença hepática, além de uma infecção pelo vírus da hepatite B pouco antes de sua morte.

Em 26 de março de 1827, morria em Viena, na Áustria, o compositor alemão Ludwig van Beethoven, que, pelos critérios de inovação, impacto e universalidade, pode ser considerado o maior nome da música erudita de todos os tempos. Confinado ao leito desde o Natal anterior, ele tinha 56 anos e sofria de uma doença hepática avançada, provavelmente cirrose, que deixava sua pele amarelada e causava grande sofrimento físico.&nbsp;No dia seguinte, dois de seus colaboradores encontraram diversos documentos guardados em um compartimento secreto da sua escrivaninha, entre os quais o que ficou conhecido como o Testamento de Heiligenstadt. Era uma carta escrita pelo compositor em 6 de outubro de 1802, e endereçadas aos seus irmãos, Carl e Johann. No texto, ele pedia que seu médico descrevesse ao mundo sua perda auditiva progressiva, depois que ele morresse.<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/226333-inteligencia-artificial-compoe-fim-sinfonia-inacabada-beethoven-ouca.htm" target="_blank">Inteligência artificial compõe fim de sinfonia inacabada de Beethoven</a></li></ul>O médico Johann Adam Schmidt havia morrido quase vinte anos ants, e nunca soube a causa da surdez do compositor. Quase dois séculos depois, uma equipe de pesquisadores decidiu realizar o desejo de Beethoven, e divulgou na revista Current Biology, a análise do seu DNA, extraído e reconstruído a partir de mechas do seu cabelo.&nbsp;<h2>Por que Beethoven queria que seus registros médicos fossem divulgados?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21110611593136.jpg" alt="GettyImages-1976985959.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21110611468135.jpg 215w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21110611733139.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21110611733141.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21110611733140.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Devido à sua surdez, Beethoven tinha um comportamento reservado. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Embora saibamos hoje que o genial músico não conseguia ouvir sua própria música desde os 40 anos, durante grande parte de sua vida, Beethoven tentou ocultar sua deficiência auditiva do público e de seus colegas músicos. Aterrorizava-o a ideia de que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/226333-inteligencia-artificial-compoe-fim-sinfonia-inacabada-beethoven-ouca.htm" target="_blank">a revelação da surdez prejudicasse sua carreira e o respeito que conquistara como compositor e pianista</a>Mas, à medida que sua diversidade funcional piorava, foi impossível escondê-la completamente, e, por volta de 1819, sua condição já era de conhecimento público, pelo menos nos círculos musicais da capital austríaca. Ainda assim, o compositor insistia que, após a sua morte, houvesse uma explicação médica detalhada, para que o mundo entendesse que sua surdez não foi resultado de negligência, mas de uma doença específica.&nbsp;Feito por um médico, acreditava o compositor, esse esclarecimento permitiria que as pessoas compreendessem que seu comportamento reservado e suas dificuldades pessoais não eram fruto de descaso ou arrogância. O estudo foi uma tentativa de utilizar “uma análise genômica de Beethoven para esclarecer para elucidar potenciais causas genéticas e infecciosas subjacentes de suas doenças” dizem os autores.&nbsp;<h2>Quais foram as descobertas da análise de DNA de Beethoven?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21111730933173.jpg" alt="gr3_lrg.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21111730933174.jpg 185w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21111731074178.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21111731058176.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21111731058177.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Mecha autêntica do cabelo de Beethoven, afixada em uma carta de 1827.&nbsp; (Fonte: Begg et al., Current Biology , 2023)</figcaption></figure>Para o coautor Johannes Krause, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva na Alemanha, "Nosso principal objetivo era lançar luz sobre os problemas de saúde de Beethoven, que incluem perda auditiva progressiva, começando em seus 20 e poucos anos e, eventualmente, levando-o a ser funcionalmente surdo em 1818", explicou o bioquímico em um comunicado à imprensa de 2023.<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124937-5-coisas-que-o-cabelo-nos-ensinou-sobre-figuras-historicas.htm" target="_blank">O DNA foi extraído de mechas de cabelo de fontes independentes atribuídas a Beethoven</a>, das quais apenas cinco foram confirmadas como vindas como "quase certamente autênticas". Infelizmente, os autores não conseguiram encontrar no genoma nem uma explicação para o distúrbio auditivo do compositor, nem para os seus problemas gastrointestinais. No entanto, confirmaram que ele era geneticamente predisposto a doenças do fígado. &nbsp;Isso foi comprovado em estudos posteriores: as amostras de Beethoven sugeriram uma infecção por hepatite B ocorrida durante os meses que antecederam sua morte. “Juntamente com a predisposição genética e seu consumo de álcool amplamente aceito, essas explicações plausíveis presentes para a grave doença hepática de Beethoven, que culminou em sua morte”, conclui o estudo.<h2>Uma surpresa na análise genômica de Beethoven</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21112153925204.jpg" alt="GettyImages-1765240219.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21112153925203.jpg 201w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21112154082205.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21112154098206.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/21/21112154098207.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O cromossomo Y de Beethoven mostrou discrepâncias com seus ancestrais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Quando os pesquisadores começaram a se decepcionar por ter encontrado mais perguntas do que respostas sobre a vida e a morte do famoso compositor clássico, uma surpresa “escondida” nos seus genes veio à tona. Comparações do cromossomo Y (o marcador paterno) de Beethoven com os de seus parentes modernos mostraram uma incompatibilidade.A diferença genética sugere que, em algum momento entre 1572 e 1770, ocorreu um "evento de paternidade extrapar" na linha paterna direta da família. Isso quer dizer que um ancestral masculino de Beethoven teve um filho fora do casamento, o que causou uma quebra na continuidade genética da linhagem paterna.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403279-por-que-o-cerebro-das-mulheres-envelhece-mais-devagar-a-resposta-pode-estar-no-cromossomo-x.htm" target="_blank">Por que o cérebro das mulheres envelhece mais devagar? A resposta pode estar no cromossomo X</a></li></ul>A ocorrência se deu, segundo a pesquisa, entre o nascimento do ancestral Hendrik van Beethoven, em Kampenhout na Bélgica, sete gerações antes da concepção de Ludwig van Beethoven, ocorrida na cidade de Bonn, na Alemanha, em 1770. Além de significativa do ponto de vista histórico e biográfico, a descoberta pode ajudar a entender melhor algumas características ou condições de saúde do autor de "Ode à Alegria".Inspirado pela música e pelos mistérios da vida de Beethoven? Compartilhe a matéria nas redes sociais, e aproveite para explorar <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/128326-como-mozart-morreu-teorias-apontam-causas-diferentes-conheca-4-delas.htm" target="_blank">quatro teorias com as diferentes causas para a morte de Amadeus Mozart.</a>

DNA de Beethoven revela causa de sua morte e um segredo de família

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Selo cilíndrico sumério do Rei Ur- Nammu.

Os astrônomos babilônicos são considerados os primeiros cientistas do mundo pelas suas observações detalhadas, registros sistemáticos e previsões de fenômenos celestes. 

Embora os historiadores da ciência apontem a chamada Revolução Científica, entre os séculos 16 de 17, como o nascimento da ciência moderna, observações astronômicas e calendários primitivos já eram criados por sociedades neolíticas por volta do ano 10000 a.C.&nbsp;Os primeiros agricultores daquela época precisavam observar sistematicamente os ciclos sazonais, relacionar eventos celestes com mudanças climáticas e documentar isso, ainda que de forma oral. Bem antes disso, os caçadores-coletores desenvolveram conhecimentos sobre o comportamento animal, bem como compreensão dos habitats, técnicas de previsão de movimentos migratórios e métodos de rastreamento.&nbsp;<ul><li>Descubra; <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/226636-o-brasileiro-pensa-ciencia.htm" target="_blank">O que o brasileiro pensa sobre Ciência?</a></li></ul>Mas, embora esses conhecimentos tenham sido literalmente vitais para a espécie humana, não podem ainda ser considerados como ciência, ainda que incorporem alguns elementos como observação sistemática, reconhecimento de padrões, formulação de hipóteses simples, teste prático e transmissão e refinamento do conhecimento por gerações.<h2>As primeiras formas de conhecimento científico</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18122029705200.jpg" alt="GettyImages-1312335403.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18122029548197.jpg 199w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18122029533196.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18122029564198.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18122029674199.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A Árvore da Vida com o Rei Assírio e com criatura alada como guardiã e fertilizante da Árvore. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>As diferenças entre essas práticas sofisticadas de entendimento do mundo natural e a ciência moderna são: a formalização do método, uma documentação sistemática, a busca intencional por explicações causais (não mágicas) e, principalmente, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121048-babilonios-ja-usavam-geometria-mil-anos-antes-de-pitagoras.htm" target="_blank">a sua disposição para revisar afirmações anteriores quando novas evidências assim o determinam</a>.Ainda assim, esses conhecimentos foram imprescindíveis, pois a sobrevivência das pessoas dependia da precisão das observações e previsões. Essa dependência acabou criando um forte incentivo para o desenvolvimento desses primeiros sistemas de conhecimento baseados na observação do mundo naturalEm um artigo recente, publicado na plataforma The Conversation, o historiador da ciência James Byrne, professor da Universidade do Colorado em Boulder, nos EUA, diz considerar os astrônomos da antiga Babilônia, com seus observatórios e registros detalhados, como os primeiros cientistas do mundo.<h2>Por que a astronomia babilônica pode ser considerada científica?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18123732940258.jpg" alt="1a.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18123732940257.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18123732956260.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18123732940259.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>&nbsp;Tábua babilônica registrando o cometa Halley em 164 a.C., no Museu Britânico. (Fonte: Linguica/English Wikipedia/Reprodução)</figcaption></figure>Desenvolvendo-se na região onde é hoje o centro-sul do Iraque, entre os rios Tigre e Eufrates, a civilização babilônica floresceu há cerca de 2,5 mil e 4 mil atrás, e foi uma das mais importantes da Mesopotâmia antiga. Sua astronomia pode ser considerada científica pela abordagem sistemática e registros detalhados de seus escribas, além do uso da matemática avançada e da capacidade de prever eventos celestes com precisão.&nbsp;Em uma época em que não havia relógios, o céu funcionava como uma espécie de marcador universal do tempo. Durante o dia, o Sol indicava as horas, e à noite, as estrelas serviam de guia. Os calendários também se baseavam nos astros: um mês correspondia ao ciclo lunar, e um ano, à órbita da Terra ao redor do Sol. Além de relógio, o céu era considerado pelos babilônios como um mapa para prever colheitas, festivais e até mudanças políticas.Para fazer suas “previsões”, os babilônios observavam constelações fixas e planetas errantes, além de fenômenos como eclipses, e os interpretavam como presságios. Registrados em obras como o compêndio Enūma Anu Enlil, esses prognósticos acabavam por aprimorar o estudo detalhado da astronomia, que era, em grande parte, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263241-astronomia-astrologia-separaram.htm" target="_blank">separada das interpretações astrológicas</a><h2>Como os astrônomos babilônicos registravam suas observações?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18125032690270.jpg" alt="Sem Título-1.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18125032643269.jpg 175w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18125032784272.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18125032784273.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/03/18/18125032768271.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Tábua cuneiforme número do MUL.APIN no Museu Britânico. (Fonte: Museu Britânico/Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure>A fundação da astronomia babilônica foi compilada, por volta do século 7 a.C., em um livro chamado MUL.APIN, que servia como um guia prático para a observação dos céus. Ele continha informações obre constelações, movimentos dos planetas, estações do ano e calendários, além de técnicas para prever eventos celestes, como o surgimento e o desaparecimento das estrelas.&nbsp;Em seus Diários Astronômicos, os escribas babilônicos registraram, por mais de 700 anos, as posições da Lua, planetas, clima e preços de grãos, correlacionando presságios celestes a eventos terrestres. Os registros permitiram previsões científicas, como os "anos-objetivo", que calculavam o retorno de planetas às mesmas posições. Chamadas de efemérides no século 4 a.C., essas tabelas matemáticas são consideradas um marco na história da ciência.&nbsp;<ul><li>Entenda: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/35772-por-que-o-dia-e-dividido-em-horas-minutos-e-segundos-.htm" target="_blank">Por que o dia é dividido em horas, minutos e segundos?</a></li></ul>Para se ter uma ideia da precisão e da importância dessas obras da astronomia babilônica, basta dizer que, até hoje, contamos as horas como eles faziam. Em vez do nosso sistema decimal, os babilônios usavam um sistema sexagesimal. E é por isso que, até os moderníssimos relógios atômicos de rede óptica dividem uma hora em 60 minutos e um minuto em 60 segundos.&nbsp;Inspirado pela genialidade dos babilônios? Compartilhe a matéria em suas redes sociais, e descubra também <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113540-pesquisa-aponta-a-importancia-da-babilonia-para-a-matematica.htm" target="_blank">como a Babilônia foi importante para o desenvolvimento da matemática no mundo</a>.

Os astrônomos da Babilônia foram os primeiros cientistas do mundo? Entenda

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A descoberta do túmulo do faraó Tutmés II é a primeira revelação de uma sepultura real ocorrida em mais de um século, desde a abertura da câmara funerária de Tutancâmon.

Autoridades egípcias anunciaram recentemente a descoberta do túmulo do faraó Tutmés II. A revelação arqueológica está sendo considerada um evento histórico de proporções mundiais, por se tratar do primeiro achado de uma sepultura real no país desde que a câmara mortuária de Tutancâmon foi descoberta intacta, e depois aberta em 1922.&nbsp;A escavação foi realizada por uma missão conjunta, que envolveu a fundação britânica New Kingdom Research Foundation e o Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito. A sepultura foi encontrada nos chamados Vales Ocidentais, uma área que faz parte do complexo do Vale dos Reis, na margem oeste do Rio Nilo, próxima à antiga cidade de Tebas, hoje Luxor.&nbsp;<ul><li>Descubra também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/209924-missao-arqueologica-descobre-cemiterio-3-mil-anos-egito.htm">Missão arqueológica descobre cemitério de 3 mil anos no Egito</a></li></ul>A entrada da câmara mortuária, catalogada inicialmente como C4, foi localizada em outubro de 2022 em uma região chamada Wadi Gabbanat el-Qurud, a cerca de 2,4 quilômetros do Vale dos Reis. Na época, os pesquisadores achavam que aquele túmulo pertencia a alguma das esposas da chamada dinastia tutmósida, pela sua proximidade com as sepulturas das esposas de Tutmés III e da rainha Hatshepsut, a única mulher a reinar como faraó.&nbsp;<h2>Características de uma sepultura real</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225919753013.jpg" alt="1b.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225919691010.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225919753012.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225919956014.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225919706011.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption><span style="-webkit-text-stroke-width:0px;display:inline !important;float:none;font-size:14px;font-style:normal;font-variant-caps:normal;font-variant-ligatures:normal;font-weight:400;letter-spacing:normal;orphans:2;text-align:left;text-decoration-color:initial;text-decoration-style:initial;text-decoration-thickness:initial;text-indent:0px;text-transform:none;white-space:normal;widows:2;word-spacing:0px;">Fragmentos de gesso caídos descobertos no túmulo, com inscrições azuis e motivos de estrelas amarelas. (Fonte: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito/Divulgação)</figcaption></figure>Para o líder e diretor de campo, Piers Litherland, pesquisador do Instituto McDonald de Pesquisa Arqueológica da Universidade de Cambridge, “A descoberta de que a câmara funerária havia sido decorada com cenas do Amduat, um texto religioso reservado aos reis, foi imensamente emocionante e foi a primeira indicação de que se tratava do túmulo de um rei.Além disso, <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/230421-5-tecnologias-ciencias-egito-curiosidade.htm">duas características arquitetônicas sugeriram que se tratava do túmulo real de um faraó</a>. Primeiramente, a presença de uma escadaria larga, típica das entradas mais grandiosas e elaboradas que distinguia os túmulos dos reis dos demais membros da realeza. A outra particularidade foi a presença de uma câmara mortuária ricamente decorada com ilustrações mais complexas.&nbsp;Finalmente, entre os poucos artefatos descobertos dentro do túmulo, como fragmentos de jarros de alabastro, havia inscrições com os nomes de Tutmés II e sua principal esposa, a Rainha Hatshepsut, que não deixaram dúvidas quantos à propriedade definitivas do túmulo. Meia-irmã do faraó, Hatshepsut era sua principal esposa e o sucedeu no trono, após sua morte, pois o príncipe herdeiro Tutmés III tinha apenas três anos de idade.<h2>Como foi o reinado de Tutmés II?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225013557005.jpg" alt="GettyImages-2148051207.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225013822008.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225013588006.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225013854009.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19225013635007.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Estátuas monumentais de Tutmés II no Templo de Karnak, em Lúsor. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Há poucos registros históricos sobre o governo de Tutmés II. O que se sabe é que ele subiu ao trono ainda jovem, ficando conhecido como "o falcão no ninho". Seu reinado, entre 1493 a.C. e 1479 a.C., foi extremamente curto, estimado por alguns pesquisadores em apenas quatro anos. Casou-se com a filha de seu pai Tutmés I, Hatshepsut, com quem teve uma filha (Neferure). Seu herdeiro, Tutmés III, nasceu da esposa secundária Ísis.Após a morte prematura de Tutmés II, Hatshepsut assumiu como regente de Tutmés III. A princípio, ela atuou como uma rainha viúva tradicional, mas, após sete anos, conseguiu apoio político suficiente para se tornar faraó, assumindo o nome de Maatkare Hatshepsut.<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401438-arqueologos-encontram-tumba-de-4-mil-anos-de-medico-especialista-em-venenos.htm"> Sua iconografia era inteiramente masculina e incluía a barba cerimonial e o torso nu nas representações</a>.Se o reinado de Tutmés II foi ofuscado pelo de seu pai, que expandiu o império egípcio até a Mesopotâmia, o de Hatshepsut foi marcado por grandes realizações arquitetônicas, como o majestoso templo de Deir el-Bahari, além de expedições comerciais, especialmente para a terra de Punt. Sob sua liderança, o Egito viveu um período de paz e prosperidade que durou quase duas décadas, até sua morte por volta de 1458 a.C.<h2>E a múmia de Tutmés II?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19223657961004.jpg" alt="1a.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19223657523001.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19223657961003.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19223657883002.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/19/19223657523000.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A múmia de Tutmés II está no Museu Nacional de Civilização Egípcia, no Cairo. (Fonte: Museu Nacional de Civilização Egípcia/Divulgação)</figcaption></figure>Quando o túmulo foi descoberto, já se sabia que a múmia de Tutmés II não estava nele, pois ela havia sido removida, ainda na antiguidade, para ser protegida de saqueadores. Durante o Terceiro Período Intermediário do Egito, os sacerdotes da XXI Dinastia realocaram várias múmias reais, como Ramsés II e Seti I, para esconderijos, evitando que fossem roubadas.Transferida para um esconderijo conhecido como DB320 ou "esconderijo de Deir el-Bahari", a múmia de Tutmés II foi descoberta em 1881 e está hoje no Museu Nacional de Civilização Egípcia, no Cairo. No entanto, não apenas a múmia, mas também todo o conteúdo do túmulo foi transferido um pouco antes do sexto ano do reinado de Tutmés III, para uma segunda sepultura, pois a construção foi inundada por uma cachoeira.&nbsp;<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287071-mumias-egipcias-bacterias-virus-ancestrais-ameaca-mundo-moderno.htm">Será que bactérias e vírus ancestrais de múmias egípcias são uma ameaça ao mundo moderno?</a></li></ul>A missão atual descobriu também um depósito de fundação intacto, sugerindo que o segundo túmulo pode estar escondida no mesmo vale. Com isso, argumentam os pesquisadores, será que o corpo CG61066 encontrado no Royal Cache em 1881 é realmente de Tutmés II? Embora identificado por semelhança familiar com Tutmés I, a múmia exposta no museu tinha mais de 30 anos quando morreu, segundo testes realizados.Se você gosta de desvendar mistérios arqueológicos, compartilhe essa importante descoberta em suas redes sociais, e acompanhe nossas “expedições” por outras pesquisas no TecMundo. A cada escavação, uma peça do quebra-cabeça da história se encaixa. Até a próxima descoberta. &nbsp;

Túmulo de Tutmés II: Egito anuncia maior descoberta desde Tutancâmon

Papiro de Herculano lido por feixes de raios X

Um papiro carbonizado na erupção do Vesúvio foi escaneado pelos poderosos raios X de um acelerador de partículas, revelando suas palavras invisíveis. 

Entre as numerosas perdas causadas pela erupção do monte Vesúvio em 79 d.C., que soterrou as cidades de Pompeia e Herculano, no sul da Itália, estava um tesouro cultural único: os chamados Papiros de Herculano. Os quase 1,8 mil volumina (nome dados a esses “livros”) estavam em uma extensa biblioteca na Villa dos Papiros, uma luxuosa residência que se presume ter sido a casa do sogro de Júlio César.Mais grossas que o papel moderno, essas folhas feitas da medula da planta de papiro eram enroladas em torno de uma haste de madeira (umbilicus). No entanto, quando pesquisadores tentaram desenrolar alguns desses documentos carbonizados pelo vulcão, eles simplesmente se desintegraram aos pedaços.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120867-como-os-egipcios-antigos-fabricavam-o-papiro.htm">Como os egípcios antigos fabricavam o papiro?</a></li></ul>Recentemente, pesquisadores do Desafio do Vesúvio, Bibliotecas Bodleianas e Universidade de Oxford conseguiram gerar com um sucesso a imagem digital de um desses manuscritos recuperados de Herculano. Foi como se o tivessem “desembrulhado” digitalmente, proporcionando a primeira leitura do seu interior após quase dois milênios.<h2>Desvendando os segredos dos papiros de Herculano</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330264193.jpg" alt="text-bcb-smaller.jpeg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330279194.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330279195.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330295196.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>15 passagens foram decifradas do pergaminho desenrolado. (Fonte: Desafio Vesúvio/Divulgação)</figcaption></figure>Lançada em 2023, a iniciativa científica Desafio Vesúvio propôs à comunidade uma missão “impossível”: ler os papiros carbonizados sem os abrir ou realizar qualquer manipulação física. A ideia é decifrar os conteúdos, usando métodos não invasivos. Para isso, além de prêmios em dinheiro para os pesquisadores que conseguirem desenvolver métodos de leitura, a iniciativa obteve o apoio de diversos cientistas e instituições.A disponibilização de uma solução de alta tecnologia permitiu que uma equipe retirasse um dos preciosos papiros do armazenamento na Biblioteca Bodleiana de Oxford. Ele foi depositado em uma caixa feita especialmente para esse propósito e transportado para o laboratório Diamond Light Source, em Oxfordshire.Lá, o antigo manuscrito enrolado foi colocado em um tipo especial de acelerador de partículas circular que produz raios X extremamente potentes e precisos, capazes de escanear o papiro sem o danificar. Para o diretor de ciências físicas da Diamond, Adrian Mancuso, "Ele consegue ver coisas na escala de alguns milésimos de milímetro", explicou ele à BBC.&nbsp;<h2>Como foi feita a digitalização do papiro de Herculano?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330201190.jpg" alt="ca5fedf0-e309-11ef-a319-fb4e7360c4ec.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330170189.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330389202.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330201191.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/02/11/11115330248192.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>É difícil manusear o pergaminho carbonizado, pois ele é muito frágil. (Fonte: Biblioteca Bodleiana/Divulgação)</figcaption></figure>A tecnologia funciona acelerando elétrons em um grande anel circular, a uma velocidade próxima à da luz. Quando essas partículas mudam de direção, liberam a radiação síncroton, uma forma intensa de luz que pode ser usada para “enxergar” através dos papiros carbonizados, e detectar a tinta antiga, mesmo praticamente invisível no fundo escuro da peça.&nbsp;Essas microtomografias computadorizadas de raios X 3D geram diversas saídas digitalizadas na forma de "volumes", disponibilizados como uma pilha de arquivos .tif 2D, ou fatias horizontais de baixo para cima. O tamanho do arquivo e o número de arquivos .tif para cada volume dependem do tamanho físico de cada rolo, que contém 10 metros de papiro.O segredo, diz Mancuso, é "descobrir qual camada é diferente da próxima para podermos desenrolá-la digitalmente". Terminada essa parte do processo, a IA entra em cena para detectar a tinta. Para distinguir entre ela e o papiro, ambos carbonizados, as técnicas avançadas buscam sinais microscópicos de pigmento, que é então reproduzido digitalmente.<h2>O que já foi decifrado nos papiros até agora?</h2>Agora, a imagem do chamado Rolo 5 (PHerc. 172) foi virtualmente desenrolada e revelada. O resultado é uma exibição considerável de diversas colunas de texto, com cerca de 26 linhas cada. Com isso, os pesquisadores foram capazes de decifrar as primeiras palavras em grego, o que o que deu aos autores da façanha as recompensas prometidas:Mas a iniciativa tem pressa. Por isso, “enquanto os esforços estão em andamento por acadêmicos da Universidade de Oxford para interpretar o texto, o Desafio do Vesúvio está convidando outros a se apresentarem e se juntarem ao esforço coletivo para decifrar completamente seu conteúdo”, diz um comunicado de imprensa.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/papiro-antigo-recemencontrado-traz-novidades-sobre-a-infancia-de-jesus">Papiro antigo recém-encontrado traz novidades sobre a infância de Jesus</a></li></ul>Uma das primeiras palavras detectadas foi traduzida do grego antigo como διατροπή, que significa “desgosto”, e aparece duas vezes em algumas colunas de texto. Segundo os papirólogos de Oxford, o provável autor pode ser o filósofo epicurista e poeta Filodemo de Gádara. A boa notícia é que o papiro é possivelmente um livro finalizado, e não apenas “em andamento”, como alguns já encontrados.Gostou da matéria sobre os papiros de Herculano? Se você se interessar pelo assunto e quiser participar do Desafio Vesúvio, que já distribuiu mais de US$ 1,5 milhão em prêmios, basta se inscrever no site da iniciativa. Boas pesquisas!

Os papiros de Herculano: lendo 2 mil anos depois o que o Vesúvio queimou

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