The BRIEF

"Nós não desistimos", diz CEO da Sony sobre filme proibido

Executivo coloca culpa do cancelamento nas salas de cinema, mas diz que há alternativas em jogo para "A Entrevista"

Avatar do(a) autor(a): Nilton Cesar Monastier Kleina

20/12/2014, às 08:17

"Nós não desistimos", diz CEO da Sony sobre filme proibido

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Imagem de "Nós não desistimos", diz CEO da Sony sobre filme proibido no site TecMundo

O hack massivo que atingiu a Sony Pictures foi mesmo de autoria (ou encomenda) da Coreia do Norte e a ameaça dos terroristas virtuais deu resultado: o filme "A Entrevista" teve a estreia cancelada em todo o mundo, assim como seu lançamento em mídias físicas e digitais. Porém, essa história digna de um filme de espionagem internacional ainda está longe de acabar.

Em entrevista ao canal CNN, o CEO da Sony Pictures, Michael Lynton, deu uma declaração interessante e reveladora sobre o caso. Ele diz que a companhia ainda busca uma alternativa para o lançamento do longa-metragem, apesar de não revelar as possibilidades.

"Quando o assunto é o momento crucial em que as ameaças foram publicadas pelos chamados Guardians of Peace, na hora em que ameaçaram os espectadores que iriam ao cinema, responsáveis pelas salas vieram a nós um por um em um período muito curto de tempo. Nós ficamos completamente surpresos por isso, elas anunciaram que não exibiriam o filme. Naquele momento, não tivemos alternativa a não ser não prosseguir com o lançamento em 25 de dezembro. Nós não nos acovardamos, não desistimos, temos perseverança e não recuamos. Nós sempre tivemos todos os desejos de que o público norte-americano assistisse a esse filme", diz. o CEO.

A resposta parece um pouco pronta demais — e ele coloca a culpa nos cinemas em vez de na própria produtora. Ainda assim, dizer que a empresa não desistiu e que alternativas são consideradas é uma boa notícia. Vale lembrar que até o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou a decisão da Sony Pictures ao cancelar a exibição.

De qualquer forma, o filme com Seth Rogen e James Franco parece longe de ver a luz do dia, ao menos legalmente. O site oficial de divulgação e todas as contas de redes sociais saíram do ar. Trailers e outras formas de marketing devem ter o mesmo destino — e só resta aos espectadores esperar para saber qual dos dois lados vai fazer a próxima jogada.


Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.