Cidade de Nova York proíbe acesso ao ChatGPT nas redes escolares

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O departamento de educação da cidade de Nova York bloqueou o acesso ao software de inteligência artificial ChatGPT, da OpenAI, em todos os dispositivos e redes escolares ligadas ao órgão. A informação, divulgada na terça-feira (3) pela rede de notícias Chalkbeat, foi confirmada por funcionários da agência.

Falando à publicação, a porta-voz do departamento de educação de NY, Jenna Lyle, explicou que o bloqueio se deu “devido a preocupações com impactos negativos no aprendizado dos alunos e preocupações com a segurança e precisão do conteúdo”.

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A habilidade do chatbot em entregar de forma instantânea sugestões de redação perfeitas a prompts de alunos em diversas áreas do conhecimento está preocupando alguns educadores, que veem na nova ferramenta uma ameaça à própria tarefa escolar de redação, ao facilitar a trapaça e o plágio entre os estudantes.

O que pensam os professores sobre o ChatGPT?

Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte: Shutterstock/Reprodução.Fonte:  Shutterstock 

A capacidade do programa da OpenAI em produzir trabalhos com argumentos lógicos em uma escrita perfeita (que pode até incluir erros gramaticais se o usuário solicitar) está apavorando alguns professores. Um artigo publicado pelo professor de Inglês Daniel Herman no The Atlantic declara que o chatbot representa o “fim do Inglês no ensino médio”.

Já para outros educadores, como o antigo professor de História, Adam Stevens, da Brooklyn Tech, os temores em torno do ChatGPT são parecidos com os que ocorreram quando o Google surgiu e foi considerado o destruidor das pesquisas acadêmicas porque “os alunos podiam ‘encontrar respostas online’”, disse ele ao Chalkbeat.

O argumento de Stevens é que a melhor maneira de desencorajar o uso do ChatGPT é estimular as habilidades de escrita crítica entre os alunos, propondo-lhes temas “que os convidem a explorar coisas que valham a pena conhecer”. Para o velho mestre, o problema é que “treinamos toda uma geração de crianças para buscar a nota e não o conhecimento”.

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