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Segurança

Nova tecnologia do Reino Unido usa embarcações autônomas para combater no mar

A iniciativa "Atlantic Bastion" conecta embarcações, aeronaves e outros equipamentos a um sistema alimentado por IA para agilizar a tomada de decisões.

Avatar do(a) autor(a): André Luiz Dias Gonçalves

schedule08/12/2025, às 19:00

O Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou nesta segunda-feira (08) o Atlantic Bastion, uma nova tecnologia de guerra para combater ameaças relacionadas às movimentações da Rússia no Atlântico Norte. O sistema mescla embarcações autônomas com IA, navios convencionais e aeronaves de patrulha.

Trata-se de uma resposta ao ressurgimento de atividades russas na região, nas últimas semanas, principalmente relacionadas à presença do navio espião Yantar. Com a iniciativa, autoridades britânicas reforçam a proteção de cabos e dutos submarinos de grande importância.

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Como funciona o programa Atlantic Bastion?

Parte da Revisão de Defesa Estratégica do Reino Unido, a iniciativa cria uma força naval híbrida com capacidade de identificar, rastrear e, se necessário, agir contra ameaças em diferentes áreas do oceano. O projeto tem investimento inicial de £ 14 milhões, o equivalente a R$ 101,5 milhões pela cotação do dia.

  • A rede conecta navios, submarinos e outros tipos de embarcações a aeronaves por meio de tecnologia de detecção acústica alimentada por IA;
  • Esses equipamentos são integrados a uma rede digital de alvo que possibilita tomar e executar decisões no campo de batalha rapidamente, interceptando forças inimigas;
  • Os recursos estão sendo integrados à infraestrutura da Marinha Real Britânica e da Força Aérea Real, unificando as operações;
  • 26 empresas do Reino Unido e da Europa participaram do desenvolvimento de sensores antissubmarino e há outras 20 organizações envolvidas, desenvolvendo diferentes tipos de tecnologias.
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Embarcações autônomas como o XLAUV farão parte da rede Atlantic Bastion do Reino Unido. (Imagem: BAE Systems/Divulgação)

O Herne Extra Large Autonomous Underwater Vehicle (XLAUV) é um dos dispositivos incluídos no programa. Desenvolvido pela BAE Systems, o submarino não tripulado tem autonomia de várias semanas, transporta carga útil e pode participar de missões complexas em águas profundas.

Também vale destacar o planador subaquático SG-1 Fathom, capaz de realizar patrulhas por três meses, flutuando silenciosamente pelas águas ou no fundo do mar, enquanto seu sistema movido por IA vasculha o ambiente. A fragata Type 26 e a aeronave de patrulha P-8 Poseidon são outros equipamentos da rede.

Quando o sistema estará em uso?

Segundo o Ministério da Defesa britânico, a iniciativa tem registrado avanços rápidos nas fases de desenvolvimento e testes. A previsão do órgão é para que a implantação da tecnologia híbrida aconteça a partir de 2026, quando também serão feitos novos investimentos e a expansão do programa.

“Essa nova era de ameaça exige uma nova era para a defesa, e devemos inovar rapidamente em ritmo de guerra para manter a vantagem no campo de batalha enquanto cumprimos a Revisão de Defesa Estratégica”, comentou o secretário de defesa do Reino Unido, John Healey, em comunicado.

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